Pain Of Love - 1ª TEMPORADA

Cap 19

*AVISO: conteúdo sensível:
o capítulo a seguir contém cenas de guerra; sangue; mortes violentas.*

Bill e eu corremos em direção ao som, encontrando Georg com uma espada curta no caminho.
— O que aconteceu? — Bill perguntou.
— Cheguei ainda agora com Dante. A porta estava aberta. Tinha um no jardim, vi o brasão de Lanark.
— Como diabos eles entraram aqui? — pergunto.
Não houve resposta. Chegamos no quarto de Carmilla e havia 6 homens com ela, e ela estava com cortes no braço. Bill e eu adentramos, empurrei Carmilla para o canto na direção de Georg.
— Hannes está sozinho. Tem mais com ele. — Carmilla diz.
— Você consegue me levar até ele? — Georg diz e os dois saem pelo corredor, deixando eu e Bill com os seis homens.
— Aposto que consigo mais do que você — Bill me diz.
— Isso é um desafio?
— Pode apostar que sim.
Me viro para os homens e três deles me encaram como se eu fosse uma divindade.
   — Pela Mãe, eu não quero fazer isso— um rapaz menor diz, de maneira assustada.
  — Precisamos dela viva — um mais velho diz.
      — Não podemos mata-la — o ruivo sussurra.
   — Mas eu posso matar vocês — digo e sorrio.
   Não penso muito até avançar e eles tentarem se defender. Giro a adaga cortando a garganta do ruivo, o sangue espirra em meu rosto antes mesmo dele tentar se defender.
  O mais velho e o menor me olharam de olhos arregalados, mas não demorou até o de cabelos grisalhos me atacasse. Desviei do golpe e cortei-o na cintura, pela distância que estávamos um do outro, enfiei a adaga no meio do peito. O corpo caiu sem vida no chão. Bill estava apenas com um, e foi quando cheguei por trás e bati em seus joelhos, fazendo-o cair e Bill arrancar a cabeça, fazendo o sangue jorrar. Meu cabelo claro ficou manchado de vermelho vivo.
— Tudo bem? — Bill pergunta me analisando e passa o polegar pela minha bochecha. Tenho certeza que saberia de longe se algo tivesse acontecido.
— Sim. Tudo bem. — digo — Temos um problema.
Aponto para o garoto mais jovem sentado no chão olhando o quarto.
— Vai, eu fico com ele — Bill diz, e apesar dele se preocupar, fico feliz dele não tentar me prender — precisamos conversar um pouco, não é, rapazinho?
Saio do quarto tendo a certeza de que Bill não machucaria o jovem rapaz. Procuro por Dante, ou Georg ou qualquer outro que esteja por aqui. Há dois corpos no chão ensopando o tapete, e pego o arco e flecha que um carregava. É a arma que eu domino. Passo pelos quartos abertos e tudo que vejo é mais meia dúzia de corpos e cabeças.
   Chego ao saguão e vejo Georg e Hannes, com Carmilla sentada um pouco mais distante.
    – Tudo bem por aqui?
    — Na medida do possível — Carmilla diz e geme ao mudar de posição.
    — Onde está Dante e Xylia?
    — Boa pergunta. A última vez que vi Dante foi quando chegamos, e nem lembro quando vi Xylia a última vez — Georg diz.
    — Consegue levantar? — Hannes pergunta à Carmilla.
    — Sim, consigo — ela diz e se levanta tentando não apoiar os braços cortados.
    — Você vai ficar bem? — pergunto
    — Claro que vou. Só um pouco de sangue e já estarei novinha em folha — Carmilla diz e sorri.
  Ela e Hannes saem me deixando a sós com Georg.
    — Vamos procurar por Dante e Xylia.
    Georg e eu seguimos pelas escadas e chamando pelos dois. Assim que viramos o corredor, vemos o rastro de sangue para dentro de um dos quartos. Eu e Georg corremos armados até a porta, acenamos e entramos. O rosto de Georg perde a cor ao ver a cena e meu coração bate descompassado.
Dante está amarrado com os pulsos para cima e uma faixa na boca. Seu rosto está virado para baixo, sangrando. Acima dele, as seguintes palavras:

"Thig mi air ais. Agus thig sinn air ais nas làidire."

— Dante? — chamo e rezando aos deuses para que esteja vivo.
— Pela Mãe...
Me ajoelho ao lado dele e levanto seu rosto. O som que fiz a seguir parecia não ter vindo de mim. Dante estava sem um dos olhos.

"Eu voltarei. E voltaremos mais forte"
.

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