Like a Sunflower Lauren/you

Capítulo 16

Trauma, uma lesão que é produzida por uma ação externa ao corpo, é causado por muitos fatores, como violência física ou química, também há níveis de traumas do mais leve ao mais intenso.

O trauma leve pôde ser desencadeado por coisas simples na visão de terceiros, porém para a vítima não é. Bem como: queimaduras, quedas, um barulho, até mesmo um filme de terror, entre outros.

O trauma intenso é desencadeado por coisas mais duras, como por exemplo: violência física, traições, abuso mental e físico, manipulações e entre outros. Esse desencadeamento mais intenso causa uma bagunça na vida da vítima, afetando assim sua vida inteira como seu futuro. Traumas de situações preocupantes como abuso tanto mental quanto físico, marcam completamente a vítima, causando problemas como: insegurança na vida, na vida amorosa, insegurança com seu corpo e outros, medo de falar em público, de se relacionar intimamente sexual ou não com alguém.

O que o trauma de um grito gera na pessoa? Os gritos ativam a produção do hormônio do estresse, levando a pessoa a um estado de alerta constante. Esse som desagradável faz a vítima se sentir vulnerável, em estado de alerta e muitas vezes a faz recordar das memórias do que desencadeou esse trauma. O grito desferido na vítima faz ela se contrair, se fechando para todos, seja lá o que ela estava fazendo antes de ouvir os gritos, é largado de imediato, aquilo perde o interesse e seu único foco é o barulho desagradável. Também existem pessoas que tem fortes traumas por barulhos específicos, bem como: barulhos de máquinas, batidas em portas, até mesmo um simples "Xiiu", entre outros.

flashback on.

S/n entrou cautelosa na enorme casa, cuidadosamente ela fechou a porta não querendo fazer nenhuma barulho. A ruiva respirou fundo indo em direção as escadas com certa pressa.

- Onde está seu irmão? - a voz rouca preencheu o silêncio do lugar, S/n parou de imediato, sentindo seu corpo entrar em alerta e suas mãos suarem.

- Ele foi para casa de uns amigos - murmurou, ela manteve um pé no primeiro degrau enquanto tinha a cabeça baixa.

- Tudo bem. E onde você estava?

S/n apertou as alças da mochila sob o ombro, se sentia nervosa quando ouviu barulhos de passos se aproximando.

- Eu estava com Manuel.

- O que estava fazendo com ele? - a pergunta venho com uma clara malícia, aquilo fez a jovem sentir seu estômago embrulhar.

- Nada, somos só amigos - S/n falou sincera, seus olhos nunca ousaram pousar na mulher a sua frente.

- Uma puta como você na casa de um garoto? Não minta para mim, mocinha - Miranda rosnou irritada, ergueu a mão segurando o braço da ruiva e puxou para si.

S/n apertou os olhos com força, ouvir um simples "mocinha" lhe deixava em pura desespero, seu corpo ficou rígido e sua respiração pesada.

- Mas pensando bem - a mulher murmurou, soltando a jovem - Ninguém iria querer uma aberração como você.

A ruiva segurou o braço que antes era apertando brutalmente por Miranda, ela respirou fundo tentando ao máximo não deixar aquelas palavras duras lhe atingir.

- Nem sua queridinha quis - riu debochada.

S/n rapidamente ergueu a cabeça e encarou a mulher mais velha.

- Não fale dela! - seu tom saiu ameaçador, aquilo fez a ruiva arregalar os olhos internamente surpresa. De onde havia vindo tanta coragem? Ela não sabia.