Manuel calmamente levou a caneca de café até os lábios, seus olhos encaravam os da cubana. Lauren franziu o cenho quando percebeu o olhar intimidador do homem.
- Se quer me matar - Lauren observou Manuel largar a caneca no balcão - Faça isso logo.- Antes, já tive vontade de fazer isso - ele murmurou vendo a expressão surpresa de Lauren.
- S/n - começou cautelosa - Disse que você me odeia e me culpa por ela ter ido embora - Lauren fez uma leve careta.
- A parte de te culpar é verdade, já a outra - ele murmurou despreocupado.
- Culpada? Então eu deveria ter mentindo pra ela? Ter dito que também senti o mesmo? Quando não era verdade - Lauren rebateu indignada por culparem a si de algo que ela não teve...culpa.
Manuel encarou a mulher, ele sabia que Lauren tinha razão. Não ia adiantar mentir para que os gêmeos ficassem, mas ele também sabia que Lauren estava se fazendo de vítima numa parte da história.
- Você tem razão nisso - ele cruzou os braços - Mas não tente se passar por vítima, por que você está longe de ser uma - o homem suspirou tentando controlar sua raiva - Sabe você faz todo esse teatrinho de boa samaritana e as pessoas caiem - riu sem humor - Eu sei que você também a machucou muito, e não satisfeita! Voltou pra pisotear o coração dela - Manuel se ergueu indo até Lauren.
Ambos se encararam. Lauren não fazia nenhum movimento de que ia recuar, Manuel sabia que a cubana nunca foi de se intimidar.
- Mas também sei que ela não foi a única machucada, sei que no dia que S/n foi embora Vocês duas criaram uma enorme ferida, e estão cutucando algo que já devia ter se cicatrizado - sua voz soava cansada, cansado do mesmo assunto.
- Você não entende!
- Lauren! Me faça entender - Manuel a encarou em súplica - Me faça entender!
A cubana o encarou, seu olhar não se sustentou por muito tempo no rosto do moreno.
- É engraçado, sabe quando contam apenas um lado da história - ela riu olhando para o chão, o homem viu que não tinha humor nenhum. Lauren estava rindo por que não queria chorar, era doloroso ver aquilo - Eu a amo...muito!
- Você já disse isso
Lauren negou erguendo sua cabeça, seus olhos estavam inundados.
- Eu a amo - ela repetiu e Manuel franziu o cenho. Ele não queria acreditar no que realmente estava acontecendo ali.
- Lauren..
- Eu a amo! Manu - ela se engasgou com o soluço.
- E só depois de anos...você foi descobrir isso? - ele ergueu sua mão e deslizou pelo rosto vermelho de Lauren.
Ela negou fechando os olhos.
- Eu só não pude...fazer nada
- Nada do que você tá falando, faz sentido Lauren
- Eu senti algo, quando ela me beijou pela primeira vez - ela riu em meio às lágrimas que rolaram pelo seu rosto - Mas eu fiquei tão assustada, foi ensinado para mim desde cedo que aquilo era errado - soluço - Eu pensei no que minha mãe iria dizer, se meu pai iria me expulsar! Eu não podia acabar com minha família - Manuel a encarou silenciosamente.
- Então você apenas a deixou ir, se ela não estivesse lá...o que sentia também não estaria - o homem murmurou vendo Lauren concordar com suas palavras - E funcionou Lauren? - ele zombou seriamente.
ESTÁ A LER
Like a Sunflower Lauren/you
RandomS/n e Lauren eram melhores amigas de infância, ela passou a metade da sua adolescência ao lado da cubana, eram inseparáveis, mas tudo mudou quando Lauren soube que S/n nutria sentimentos fortes por ela. Tomada por um medo absurdo, a cubana faz algo...