Eu te amo, Nico Robin. - One Piece.

Qual é o limite?

Ikari direcionava seu olhar a Kanji que estava ensanguentado no chão, o nariz e os lábios do mais novo sangravam enquanto ele tossia recuperando o fôlego devido aos chutes que recebeu minutos antes. Kanji olha de canto para Ikari que já não mais olhava para ele, o Sakazuki admirava a arma em sua mão e na outra segura o celular que antes estava em uma ligação com Akira, Ikari olha de relance para Kanji que desvia o olhar tossindo levemente sentindo dores em seu corpo.

— Sabe, eu comprei essa arma assim que você veio me falar sobre a Kira. — Ikari quebra o silêncio que estava na casa. — Koji tá morto, aquele idiota ganancioso..

Kanji suspira deitando sua cabeça sobre o chão, Koji realmente estava morto e sua ficha não caia que ele seria o primeiro a morrer se não fosse pela arqueóloga, ele devia tanto a ela, principalmente sua vida e assim ele faria, ele fará tudo para protegê-la. Kanji após despertar de seus pensamentos solta um sorriso de canto sarcástico.

— Irônico você falar de ganância. — Mesmo fraco, Kanji diz olhando.

— Vá se fuder! Ela vai atrás de você e eu vou atirar na cabeça dela, e depois na sua. Meu pai vai entender, não foi a primeira pessoa a me incomodar e nem será a última. — Ikari tinha um tom de voz despreocupado.

Kanji olha pensando se realmente Ikari conseguiria o que quer, se ele realmente conseguiria matar Kira. Kanji olha de relance para baixo e morde o lábio parecendo segurar o choro devido a dor que sentia, Ikari notando aquilo se levanta, ele caminha lentamente girando o revólver entre seus dedos com um sorriso malicioso em seus lábios. Ikari pisa com sua bota na cabeça de Kanji, Kanji evita gritar porém suas pernas se debatiam.

— Seu fedelho, fracassado e incompetente. — Ikari tinha um tom calmo e irônico, havia malícia em seus olhos e prazer pela situação deplorável que estava o filho do pescador. — Você muda de lado como um belo covarde que você é, perdeu a puta da mãe, perdeu o pai, perdeu amigos, você perdeu tudo seu imbecil do caralho.

Kanji não sabia expressar o quanto parecia acostumado com situações parecidas, ele consegue sentir a dor da sua cabeça sendo esmagada e o fato de sempre ser humilhado e rejeitado em algum momento da sua vida, onde o único acolhimento que recebeu em sua vida é Nico Robin. Enquanto Kanji morde o lábio com força fazendo o sangue escorrer pelos seus lábios, Ikari se afasta e volta a sentar-se na mesa se mostrando impaciente com a demora da Kira.

— Sabe, eu acho que eu vou te matar agora e mato ela depois, essa vadia está me fazendo esperar demais. — Ikari afirma. — Mas que filha da puta dramática, agindo como se sua esposa tivesse morrido, aquela vadia da Nico Robin que começou isso tudo, eu deveria ter matado ela.

Kanji arregala os olhos desfalecidos sobre o chão, aquilo era tudo que ele não gostaria de ouvir. Ele espera Ikari mudar tal pensamento enquanto procura um jeito de ajudar em algo mas se sentia impotente devido a tantas feridas. Ikari escuta um som na porta que desperta ambos, Ikari corre em direção a Kanji apertando seu cabelo apontando a arma e seu rosto, ele tinha um sorriso ansioso e perverso nos lábios.

— Lá vem ela. — Ikari sussurra com um sorriso ansioso em seus lábios, como se estivesse esperando um enorme presente.

Os passos em direção a porta se tornam pesados e Kanji sente seu coração acelerar, ele jamais iria se perdoar se algo acontecer com Kira, e por ele saber que Kira pode morrer sem fazer as pazes com a Robin o amedronta ainda mais. Kanji respira fundo, ele cansou de ter medo, está cansado de ser sempre sinônimo de fraqueza ou um completo "saco de pancadas" assim que a maçaneta da porta mexe, Kanji estufa o peito soltando o berro de seu corpo e de toda sua força.

— KIRA ELE ESTÁ ARMADO, NÃO ENTRE! — Berrar com toda força que tinha em seus pulmões.

— SEU FILHA DA PUTA! — Ikari grita com o jovem furioso, por ele, Kanji morria por ali mesmo. — Chega! Eu vou te matar seu imbecil de merda!