Vamos pescar?

320 22 18
                                    


ATENÇÃO: PALAVRAS DE BAIXO CALÃO (MUITAS INCLUSIVE)



[11:39]


Kanji caminhava lentamente para um lugar que ele conhecia muito bem, afinal o cheiro de peixe exalava em suas narinas ao ponto de deixá-lo enjoado. Ele caminha em direção a uma velha porta de madeira e entra, o cheiro parecia ainda mais deplorável e enjoativo. Kanji suspira caminhando passando por cima de latas e garrafas de cerveja, ele se aproxima da cozinha que tinha passagem pela sala vendo uma figura forte e fria o observando, seu sangue gela e seu corpo se arrepia completamente.

Onde você estava, seu pedaço de merda? — Questiona o homem em um tom frio e ríspido.

Não venha bancar o pai preocupado não, cuzão! — Kanji murmura a última parte ouvindo uma forte batida sobre a mesa.

Você acha que está falando com quem, seu filha da puta! — O homem questiona irritado. — Olha, um vagabundo que nem você usando curativos como uma menininha depois de apanhar que nem uma puta das pessoas da rua, um covarde pau no cu!

CALA A BOCA! EU NÃO SOU COVARDE!

Antes dele sequer reagir, seu pai havia se aproximado e o arremessando na parede. Suas costas colidem com a parede e ele sente uma enorme dor, seus machucados não estavam cicatrizados e ele não fazia ideia se aguentaria mais uma surra. O homem o segura pela camisa, seu olhar fixo e seu cheiro de peixe velho misturado com seu hálito de bebida alcoólica deixava Kanji tão enjoado que ele poderia sentir uma imensa sensação de desmaio, o homem aperta o pescoço dele e o menor tenta se soltar.

BAIXE O SEU TOM! — O homem ordena em fúria. — Você só é um puto, igual a vagabunda da sua mãe! Eu pedi um homem a ela e ela me deu um viadinho que nem você!

Kanji segura as lágrimas, sua respiração faltava e seu rosto ficava avermelhado por estar sendo sufocado. Logo seu pai o solta, ele atinge o adolescente com um soco forte em seu rosto, diretamente em um dos curativos o fazendo cair no chão, Kanji não tinha mais forças, ele não conseguia respirar, ele apenas sente seu coração acelerar e a todo momento sua ansiedade e medo da morte gritava dentro dele.

Levanta! Você vai pescar no meu lugar hoje. — O tom de voz do seu pai sai autoritário. — Eu estou de ressaca, e vê se trata os peixes para a venda.

Eu..não.. vou. — Kanji apenas consegue dizer isso buscando respirar.

PORRA PARA DE ENCHER MINHA PACIÊNCIA SEU FILHO DA PUTA! — Grita o homem pegando uma garrafa vazia de cerveja.

Kanji fecha os olhos apenas esperando o impacto, e ele sente, o som da garrafa se quebrando em sua cabeça e a ardência pois aquele ataque havia ferido sua testa. Ele morde o lábio com tanta força que sangrava, ele não queria chorar, ele não podia chorar, não na frente do seu pai! Ele sente diversos impactos sobre seu estômago, seu pai o chutava com uma frequência violenta e tudo que Kanji conseguia fazer era proteger sua cabeça.

Seu imbecil, fracassado e maldito! — O homem o chuta. — Você é um completo fracasso! Sua mãe preferiu morrer daquela maldita doença do que confessar para o mundo que alguém tão desgraçado como você era filho dela! Você é uma vergonha, somos iguais seu puto, mas você é uma versão mais humilhante e decadente de mim! Você é nojento, repugnante, um covarde! VOCÊ É UM COVARDE FROUXO SEM ESCOLHAS PRÓPRIAS! Você é minha maldita marionete seguinte aquele vagabundo rico que pisa na sua cabeça! Seu imundo! Imundo! Imundo!

Eu te amo, Nico Robin. - One Piece.Onde histórias criam vida. Descubra agora