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chapter eighteen, promessa

Eliza Black pov:

Recebo uma ligação e sorrio ao ver seu nome em meu celular.

- Bom dia, moreno

- Bom dia, princesa - Sorrio ainda mais ao escutar sua voz rouca que arrepia meu corpo todo. - Sabe, a um mês atrás, quando você foi para Los Angeles para pegar o resto das suas coisas, eu prometi que te levaria num encontro quando voltasse, e percebi que ainda não cumpri com a minha promessa - Me lembro da cena e meu sorriso não para de crescer. - Está livre às oito?

- Pra você acho que posso abrir uma exceção - Brinco convencida e ele ri fraco na outra linha.

- Vou te buscar na sua casa, até mais, linda

Até - Encerro a ligação, soltando um gritinho animado e me jogando na cama.

Já fazia uma semana desde o almoço em "família", eu e Paul estávamos muito bem, agimos como um casal mas não temos nada sério, por enquanto.

                               [...]

Estou retocando meu batom quando ouço batidinhas na porta. Murmuro um "entra" e Jacob abre uma fresta dela para falar comigo.

- Seu cachorrinho chegou - Ele avisa com um sorriso claramente forçado e debochado, dando uma de irmão ciumento e protetor, mesmo sendo alguns anos mais novo que eu. Sorrio involuntariamente e sinto meu coração palpitar. Dou uma última olhada no espelho e pego minha bolsa, me preparando para ir.

Escolhi vestir um vestido curto vermelho, e um coturno preto, com uma jaqueta enorme de couro por cima. Algo simples, porém arrumado. Antes de sair da porta meu irmão me chama.

- Liz - Viro para ele, que estava escorado na parede de braços cruzados, me olhando seriamente. - Você 'tá linda, não faz nada que vai se arrepender depois - Fala e eu sorrio e reviro os olhos, indo em direção do mesmo e o abraçando carinhosamente.

- Obrigado maninho, e não se preocupe, eu sei me virar - Afirmo ao me desvencilhar do abraço.

- Eu sei que sabe - Fala por fim sorrindo e eu vou em direção à porta, a abrindo e vendo Paul escorado no carro. Ele nota minha presença e vem até mim, com um sorriso de canto no rosto e um ar confiante.

- A mulher mais linda do mundo na minha frente - Fala passando suas mãos pela minha cintura e me dando um selinho demorado.

- Então, para onde vamos? - Pergunto ao descolar nossos lábios, me aproximando do carro onde Paul faz questão de abrir a porta para mim, e só me responde quando se senta no banco do motorista.

- Surpresa, morena, você já vai descobrir - Responde me deixando ainda mais curiosa.

Paro para admirá-lo enquanto dirige. Nos traços marcantes de seu rosto, sua mandíbula trincada e olhar fixo e concentrado na estrada. Em suas mãos firmes no volante, exibindo as veias que saltavam de seu braço, deixando tudo mais atraente. Cada vez que o fito me sinto mais apaixonada por ele, e por sua beleza exuberante.

- Vou acabar me desconcentrado na estrada se continuar me olhando desse jeito - Comenta me fazendo despertar de meus pensamentos. Reviro os olhos rindo levemente, um pouco sem graça.

- Eu sei que você adora, Lahote, sei o quanto é convencido - Rebato e ele ri, dando de ombros.

- Você me conhece bem demais, Black - Fala e me olha nos olhos, sorrindo para mim e voltando sua atenção para a estrada, enquanto coloca a mão em minha coxa exposta, acariciando o local.

- Melhor do que você mesmo - Murmuro e vejo um sorriso ladino aparecer em seus lábios.

Paul passa o resto do caminho me provocando e brincando comigo, e de repente parecia que tínhamos voltado no tempo. A estrada era escura e vazia, mas de um jeito que me trazia paz e segurança, ainda mais na companhia do moreno.

- Beleza, chegamos, agora eu quero que você feche os olhos, eu guio você - Afirma estacionando o carro e eu cerro os olhos, desconfiada porém curiosa.

- Tá, mas se me deixar cair de cara no chão eu te abandono aqui, Lahote - Ameaço brincando e ele ri.

- Fica tranquila, amor, sabe que pode confiar em mim - Sinto borboletas em meu estômago ao ouvir tais palavras, e deixo escapar um sorriso em meus lábios.

Ele abre a porta do veículo para mim e obedeço seu pedido, fechando meus olhos. Seguro sua mão e ele segue me guiando com a outra em minha cintura. Eu estava morrendo de curiosidade, pensando no que Lahote aprontou dessa vez, ele sempre foi cheio de surpresas, mas confesso que não sou muito diferente disso.

- Pronto, pode abrir os olhos - Afirma em meu ouvido e eu faço, ficando espantada com o lugar.

- Paul! Como você ainda lembra? - Pergunto eufórica, e às memórias voltam a minha mente.

A alguns anos atrás, eu e Paul achamos uma casa na árvore abandonada, e a transformamos em nosso ponto de encontro, onde fugimos várias vezes para nos livrar de momentos tensos e estressantes, em busca de um pouco de paz. Lembro de receber ligações de Paul para que eu fosse ao seu encontro em nossa cabana, como chamávamos, geralmente após alguma briga com seu pai, já que eu era a única que conseguia dar conforto para ele. Sempre precisamos muito um do outro, nossa relação sempre foi muito forte, e mesmo nunca entendendo direito o que tínhamos, sabia que ele estaria sempre ao meu lado, e eu estaria disposta a fazer o mesmo por ele. Nunca hesitava em sair correndo de casa para encontrá-lo e cuidar dele, como sempre fiz.

- Como eu poderia esquecer? - Responde fazendo graça, com sua voz suave que era música para meus ouvidos. Abraço seu pescoço fortemente e ele entrelaça os braços em volta de minha cintura, me girando no ar em seguida, arrancando um riso divertido de mim.

Observo detalhadamente a casa, que não havia mudado nada. Paul havia enfeitado toda a árvore, a escada e a própria casa com diversas luzes, e eu reconhecia seu esforço. Ele estende sua mão para mim e eu a seguro, fazendo com que ele me guie gentilmente até lá. Ao chegar na portinha de madeira e abri-la, meu sorriso só aumenta, e diversas memórias percorrem minha mente. Várias velas acessas, que iluminavam o interior do local, transmitindo conforto e tranquilidade. Uma cama improvisada no meio, que foi montada por nós dois a alguns anos. Ele havia trocado os lençóis e limpado todos os cantos. Olho para a direita e a pequena varanda possuía um colchão no chão, algumas cobertas, bebidas e comidas, besteiras no geral,  uma imitação do que fazíamos aqui ao nos encontrarmos. Estava tudo impecável, e o fato de Paul ter arrumado  isso para mim me deixava nas nuvens!
Olho para o moreno escorado na porta, que me olhava com um sorriso de canto. Ele vem até mim lentamente.

- Obrigado, meu amor - Sussuro com o rosto a centímetros do dele. O mais alto me puxa para perto pela cintura. Ele me olha intensamente, segura meu rosto e me beija suavemente.

- Tudo por você, linda - Responde após separar o beijo, com a testa encostada na minha. O abraço novamente e deito a cabeça em seu peitoral, enquanto ele abraça minha cintura e beija o topo de minha cabeça.




Voltei amores, já já lanço outro capítulo 💕

Espero q gostem, amando esse casal!



FOR US, paul lahote Onde histórias criam vida. Descubra agora