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       ─────  cinco anos atrás  ─────

Os sentimentos do Lahote ficaram cada vez mais fortes depois do dia de sua lutinha com a Black mais velha.

Era como se isso fervesse dentro de seu corpo cada vez que a garota se aproximava, algo que nunca experimentara antes.

Desde então, o Lahote fazia de tudo para ficar ao lado da morena, mesmo que apenas por alguns minutos. Implicâncias, provocações e trocas de olhares faziam parte da rotina da relação esquisita dos dois.

A relação entre os dois. Eliza não sabia dizer o que acontecia entre ela e o garoto. Uma mistura de sentimentos deixava a garota confusa, mas com uma sensação quente em seu peito. Ela não podia negar, era como se fosse um imã que atraía Paul fortemente, sempre trazendo-o para perto dela, seja fazendo suas brincadeiras provocativas ou aparecendo em seu quarto praticamente todas as noite.

E por acaso essa era mais uma delas. Eliza senta em sua cama com um livro praticamente colado em seu rosto, na tentativa de conseguir absorver todo o conteúdo de matemática para sua prova que aconteceria na manhã seguinte.

Seus olhos começam a pesar e um bocejo invade seus lábios, fazendo-a espreguiçar-se e checar as horas de seu relógio. Meia-noite.

A determinação e o espírito competitivo infelizmente sempre foram aliados muito fortes para a garota, que se recusava a dormir antes de entender perfeitamente o conteúdo de álgebra.

Um estalo vindo diretamente de sua janela a faz despertar, prevendo que se tratava de mais uma das vezes que Paul Lahote vinha à sua procura. Isso já havia se tornado uma rotina.

Pelo visto ela estava certa, abrindo sua janela e olhando para baixo, sorrindo ao ver o Lahote esperando por ela com um sorriso maior ainda em seu rosto.

- Boa noite, princesa - Ele sussura, fazendo o rosto da garota ganhar cor.

- Boa noite, Lahote - Responde, olhando-o subir para dentro com facilidade. Ele já estava acostumado.

- Não achei que estaria acordada à essa hora - Ele percorre seus olhos pelo quarto, como gostava de fazer.

Paul sempre foi muito observador, principalmente quando se tratava de observar a garota e qualquer coisa que a envolvia.

- Álgebra está tirando meu sono - Choraminga, afundando seu rosto em seu peitoral, recebendo um cafuné do maior em seus cabelos.

- Vem, vou te salvar dessa chatice - Ele segura suas mãos, ajudando-a a escapar pela janela, andando calmamente com a garota até seu lugar favorito, a praia.

Eliza instantaneamente sorri ao sentir o cheiro de mar e ouvir o barulho das ondas invadir seus ouvidos, fazendo-a esquecer de seus problemas rapidamente.

Eles se sentam na areia em silêncio, preservando a melodia marinha que emanava entre ambos.

A Black fecha os olhos e respira fundo, sentindo o olhar descarado de Paul sobre ela. Era como se tentasse memorizar cada detalhe de seu rosto.

- Pare de me olhar assim - Ela finalmente abre os olhos, esboçando um sorriso tímido.

- Assim como? - Seu coração palpita.

- Como se estivesse tentando ler meus pensamentos - O olhar do Lahote não consegue evitar descer para seus lábios desenhados. Ele não sabia se conseguiria se conter.

- E o que está pensando agora? - Ela volta seu olhar para as ondas dançantes.

- Desejando que eu pudesse ficar aqui para sempre - Revela, sem saber muito bem se seu desejo era só por conta da praia.

- Eu desejo estar com você para sempre - Passa seus dedos delicadamente pelos cabelos castanhos da garota, colocando uma mecha para trás de sua orelha, fazendo seus olhos encontrarem os dele.

- E você vai - Promete, assistindo seus lábios se aproximando.

Ela fecha os olhos ao sentir o selar de suas bocas, transmitindo-a uma sensação de borboletas no estômago.

Ele gentilmente segura seu rosto, controlando sua vontade avassaladora de realizar seus sonhos mais intensos com a morena, tentando memorizar cada segundo do beijo mais esperado de sua vida.

Suas mãos passeiam lentamente por suas costas, descendo até sua cintura e puxando-a para mais perto. Eliza sorria, mesmo que seus lábios ainda estivessem colados aos seus, já que a cada toque do garoto ela podia sentir seu corpo se arrepiar. Toda a adrenalina e intensidade a faziam arfar, canalizando essa mistura de sentimentos e sensações enquanto apertava seus cabelos escuros, fazendo o Lahote delirar. Ele poderia ficar ali por horas, sem se cansar.

A falta de ar os obriga a separar seus lábios, e a felicidade que transbordava pelo Lahote o faz prender seus braços ao redor de sua cintura e deitá-los na areia, fazendo a garota rir histericamente, ainda com o garoto colado em seu corpo.

FOR US, paul lahote Where stories live. Discover now