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- Deu certo, papai? - Dulce disse assim que o vou sair do quarto depois de umas duas horas - Seus outros filhos ficaram com ciúmes - brincou

- Oh Deus, me esqueci completamente deles. - colocou as mãos na cabeça - Mas deu super certo, rimos, choramos e comemos tudo - mostrou a bandeja com o prato vazio - Obrigado novamente, Dulce! Quero fazer isso muito mais vezes.

- Isso só dependerá de você, Ucker! Seus filhos precisam ser reconquistados dia após dia, eles sentiram muito sua falta - suspirou lembrando o tanto que não foi fácil.

- Eu me culpo toda hora por isso, Dulce! Pode ter certeza - deixou a bandeja no aparador do lado - Mas... e quanto a você? - foi direto

- Co..Como assim eu? - gaguejou pela aproximação

- Quando vamos voltar a ser eu e você? Juntos - disse com a respiração ofegante

- Não acha que está confundindo as coisa, Ucker? Tem que estar aqui por nossos filhos - suspirou - O que foi nosso, foi lindo, mas já foi!

- Não! Não foi! - se aproximou ainda mais dela - E eu estou aqui por eles, mas antes deles existirem, já tinha nos dois. - falou sincero

- Eu preciso de um tempo, Christopher! Eu preciso pensar. Foram anos odiando te amar e te culpando, foram anos levando minha vida sozinha com as crianças, foram anos sem você. Por favor... não me cobre nada agora. - disse enquanto escorria uma lágrima

- Mas, eu te amo, Dulce! E sei que você também me ama.

- E você não tem ideia do quanto - confessou e suspirou de olhos fechados - E eu não sei se o amor é suficiente, Ucker!

- Por favor, Dul...

- Por favor digo eu, Christopher! Me dá um tempo, por favor! - pediu pela milésima vez - Eu preciso desse tempo, preciso entender o que realmente estou sentindo.

- Você está certa! - deu um beijo na testa dela - Mas saiba que estarei aqui te esperando, não importa quanto tempo passe. Viu?

- Ob...

- MÃE! MÃE... - Matteo veio correndo até ela - Ah oi, pai! - parou ofegante

- O que foi, garoto? - disse prontamente

- A Bel, ela... tá vomitando de novo. - Dulce só fechou os olhos, contou até três e foi indo até ela sendo seguida pelo filho e por Ucker.

- De novo não, meu Deus. De novo não...

- Ei, calma. Eu voltei, sei que é tarde mas agora eu to aqui com você - disse a confortando - O que minha pequena tá sentindo hein? - disse pra Izabel assim que chegaram nela - Ei, bebê?

- Tá doendo minha garganta, mãe! - disse enquanto abraçava a perna do pai. Estava bem molinha.

- Ôh, meu amor! Mamãe promete que vai passar, tá bom? - abaixou na altura dela - Vai passar (tem que passar - pensou)

- Agora o papai tá aqui e não vai sair do seu lado, pequena! - passou a mão nos fios de cabelo dela - Tudo vai ficar bem! Vamos lá na sua caminha? Papai vai contar uma história e te colocar pra dormir um pouquinho! - sugeriu e ela acatou. E ele pegou ela no colo.

Meia hora depois ele novamente aprece na sala e dessa vez só estava Dulce e Matteo, o que fez ele ficar um tempo prestando atenção na conversa deles.

- Você tem que acreditar que vai dar certo dessa vez, mãe! Vamos dar esse crédito pra ele e a Izabel vai ficar boa -  deitou a mãe em seu colo - Tudo vai passar!

- O que mais me preocupa é a minha bebê - limpou uma lágrima - Quanto ao seu pai eu vejo como o tempo responderá com essa reaproximação dele.  - suspirou

- Senhora quem sabe.

- Vai dar certo, Dul! Você vai ver. - apareceu na visão deles, tava doendo saber que Dulce ainda tinha tanta desconfiança com ele - Pelo pouco que conheci da pequena, da pra ver o tanto que ela é forte e determinada. Vamos sair juntos e bem dessa. - piscou pra ela

- Deus te ouça - ela levantou - E obrigada!

- Não faço mais que minha obrigação é que já deveria ter feito desde sempre - suspirou - Bom, agora já vou indo! Tá ficando tarde e preciso ainda resolver algumas pendências do passado. Se cuidem! Amanhã passo aqui de novo!

- Tchau!

- Até amanhã, pai!

Sombras do meu passadoOn viuen les histories. Descobreix ara