19

217 21 19
                                    

COM DULCE

- Mãe, que dia a gente volta, hein?

- Matteo, já te falei que não depende de mim - estavam no mercado comprando algumas coisas pra os gêmeos lancharem no hotel e itens de higiene pra pequena - Sua irmã se Deus quiser vai ficar boa até semana que vem aí quem sabe a gente some daqui - disse olhando as prateleiras

- Mãe - parou na frente dela - Fala pra mim, aquele cara não quis saber da gente, né? - olhava nos olhos da mãe

Perdóname por ver colores en un cielo gris
Por convencerme que a tu lado iba a ser feliz
Perdóname por entregarme a ti
Te imaginé sincero cuando no era así
Y si tenías ojos eran para mí
Discúlpame pero que tonta fui

- Adianta mentir pra você? - pegou um biscoito e olhou pra ele que negou e ela suspirou - Não, ele mal olhou pra minha cara e d... - suspirou mais uma vez - Vamos mudar de assunto? Ele não merece nem nossos pensamentos

- Tá bom! Vou respeitar que não quer falar sobre isso - abraçou a mãe, odiava ter que ainda ter respeito por cara daquele, mas por respeito a mãe resolveu não tocar mais naquele assunto.
Foram caminhando pelos corredores até chegarem nas bebidas.

Te idealicé a mi lado en mis noches y días
Y me aferré a la idea que tu eras el amor de mi vida
Hoy te pido perdón, perdón, perdón
Por haberte confiando sin dudar mi corazón
Entregar mi alma a tus brazos
Por confiar mi cuerpo en tus manos
Perdón, perdón, perdón
Por crearme esta falsa historia de amor
Y te pido perdón
Por haber esperado demasiado
De un perdedor


- Mãe, olha aqui. - pegou um suco que a irmã caçula amava - A Bel ama es... - quando virou pra mostrar pra mãe não acreditou no que viu. Era ele, bem ali na sua frente

- Que foi, filho? - ela apareceu no corredor e parou quando também viu aquela cena. Era Ucker com Ana Brenda, abraçados. Abraçados!!

- Não acredito nisso - disse Matteo com a voz embargada.

- Não compensa, Matteo! Vamos embora - disse empurrando o carrinho e se aproximando dele.

Me dabas las señales pero no las veía
Creía que un día de pronto tu cambiarías
No puede ser que estúpida me vi
Te idealicé a mi lado en mis noches y días
Y me aferré a la idea que eras el amor de mi vida
Hoy pido perdón, perdón, perdón
Por haberte confiando sin dudar mi corazón
Entregar mi alma a tus brazos
Por confiar mi cuerpo en tus manos


- Deixa o menino, Dulce! - falou ele pela primeira vez depois de escutar tudo calado. Só ele e Deus sabia como estava seu coração naquele momento - Vocês em algum momento teriam que ficar sabendo que minha vida andou - Matteo estava calado com um nó na garganta vendo tudo aquilo - Ou achava que iria ficar sofrendo por você todo esse tempo? - Ana Brenda estava só observando agarrada no pescoço do rapaz e com um leve sorrisinho no rosto.

- Ora essa, você nem sabe o que é sofrimento, Christopher! - disse o menino magoado e ouvi-lo chamar Ucker pelo nome doeu nele, mas claro que o homem não iria admitir - Você nem sabe o que passamos e estamos passando!

Perdón, perdón, perdón
Por crearme esta falsa historia de amor
Y te pido perdón, perdón
Hoy pido perdón, perdón, perdón
Por haberte confiando sin dudar mi corazón
Entregar mi alma a tus brazos
Por confiar mi cuerpo en tus manos

- Já disse que não compensa, Matteo! Vamos embora - foi puxando o filho e empurrando o carrinho - Já deu de mercado por hoje.
Saíram deixando o "casal" ali com um homem estático e perplexo com o que ouvira.
Mãe e filho foram rapidamente para o caixa e pagaram tudo o mais rápido possível para saírem dali. E Dulce percebeu que o filho embalava tudo com lágrimas nos olhos. Maldito Uckermann!
Precisavam ir embora o mais rápido possível.

Deixou o filho no hotel que ficou o caminho todo calado olhando pela janela. E ela resolveu deixar ele quieto.

Cerca de 15 minutos depois estava no hospital e deu de cara com o dr Bruno saindo do quarto da filha.

- Oi Dulce - abriu um sorriso - Como vai?

- Aguardando por boa notícias, Bruno! - suspirou e cruzou os braços - Me diz que você tem uma pra mim hoje.

- Então você está em um bom dia, já ia mesmo te chamar pra conversar. - arrumou o jaleco

- Ai que alívio. - deu um sorriso em meio ao nó na garganta - Pode falar.

- Bom, vou falar aqui mesmo! - se referiu ao corredor que estavam - Estive analisando os exames da Isabel de hoje pela manhã e ela melhorou um pouco - nos olhos de Dulce já caíam lágrimas de alívio e felicidade

- Isso quer dizer...?

- Quer dizer que, apesar de ainda estar com hepatite, ela vai poder ir com vocês pra Inglaterra. - disse sem rodeios

- Mas essa é a melhor notícia que poderia ter me dado hoje - deixam abraço apertado e demorado nele que por ele foi sentido também de uma outra forma e quando estavam se separando ele deixou escapar um beijo no canto da boca dela, fazendo ela ficar muito sem graça.

- Err - ele começou - Me perdoa.

- Porque está pedindo perdão? - disse singela

- Uai, não sei! Não é respeitoso beijar uma mulher a força - ele estava visivelmente nervoso e Dulce achou lindo

- Mas não foi a força. - beijou a bochecha dele - Eu não fiquei nada magoada. Mas agora tenho que ir ver minha filha e dar a notícia pra ela.

- Tá bom - disse ainda atordoado.

Ela entrou no quarto e assim terminou o dia, ao lado da sua pequena e pensativa com o que havia acabado de acontecer.

Sombras do meu passadoWhere stories live. Discover now