15 (mini maratona)

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- Porque você está fazendo isso, Ucker? Porque fez isso comigo? Porque fez isso com a gente? - já não segurava mais as lágrimas.

- Eu não fiz nada, Dulce! Só fiz o que era necessário, tudo isso não foi culpa só minha - lamentou como se escutasse do outro lado a voz se sua (ex) amada - Foi você quem acabou com o nosso amor.


Nunca imagine la vida sin ti
En todo lo que me plante, siempre estabas tu
Solo tu sabes bien quien soy
De donde vengo y a donde voy
Nunca te he mentido nunca te he escondido nada
Siempre me tuviste cuando me necesitabas
Nadie mejor que tu sabrá
Que di todo lo que pude dar

- A gente tinha tudo pra dar certo. Quão idiota eu fui para cair na lábia daquele seu amigo também, nunca deveria ter deixado ele entrar aquele noite em nossa casa - lamentou - Burra, burra burra - repetia pra si mesma.

- Você me traiu com meu amigo. - suspirou - Tá que eu e ele já tínhamos uma rixa antiga por conta da Júlia, e já não falávamos há um bom tempo, mas logo com ele, Maria? - dizia decepcionado ao lembrar da pior noite de sua vida - Porque?


Y ahora y tu te vas
Así como si nada (y tu te vas)
Acordándome la vida, agachando la mirada
Y tu te vas
Y yo que me pierdo entre la nada (y tu te vas)
Donde quedan las palabras
Y el amor que me jurabas y
tu te vas


- Eu nunca fiz nada, não foi culpa minha e o dia que você descobrir isso, Ucker, pode ser tarde demais e o meu amor você não terá mais - disse olhando pela janela daquele hospital - Por orgulho seu vice perdeu os melhores primeiros anos e primeiras vezes dos nossos filhos e está perdendo a oportunidade agora de se reaproximar deles. - levantou e vou até a filha que continuava a dormir - Tenho dó de você, que não tem a chance de sentir o amor mais puro queniana mãe ou um pai pode sentir. - acariciava os cabelos da filha - Seu pai é um bobo, né meu amor?

Si es que te he fallado dime como y cuando a sido
Si es que te has cansado y ahora me hechas al olvido
No habrá nadie que te amara
Así como yo te puedo amar

Alguém por perto continuava a observar Dulce naquele hospital, ou melhor Bento, e dessa vez ele resolver tirar uma foto daquela cena de uma mãe triste no hospital acompanhando a filha. Estava realmente incomodado com essa situação e enviou novamente no celular de Ucker que despertou de seu transe.

- Uai, mais uma mensagem daquele número - ele pegou o celular que vibrou no bolso - Meu Deus - seus olhos arregalaram quando viu aquela foto - Será mesmo que é você Dulce que está enviando essas mensagens? Porque se for pra me fazer chantagem peço que pare pois não vai me convencer - falava isso pensando alto quando mais mensagem chega dessa vez uma frase

"Tá vendo essa cena? É de uma mãe desesperada sem saber o que fazer com sua filha e cansada. Você um dia vai se arrepender, Uckermann"

- Para Dulce Maria, PARAAA DE ME ENCHER, deixa eu viver minha vida, mulher. - jogou o celular longe - Amanhã mesmo vou nesse hospital tirar satisfações com você, precisamos conversar.

E logo ele foi dormir com a promessa de que no outro dia iria até Dulce resolver esse assunto.

Com os filhos de Dulce

- Teteo, acha que a mamãe conseguiu falar com aquele cara - estavam no quarto do hotel lanchando enquanto Nina começou a falar, ela se referia ao pai

- Acho que sim - engoliu seu pedaço de sanduíche - E sendo bem sincero, acredito que ele tenha desprezado e tratado ela mal

- Ele era tão diferente, né? - falou com tom de tristeza

- Muito - suspirou - Ele era outra pessoa, amoroso, carinhoso, paciente. Ele amava a mamãe mais que tudo nessa vida e a gente também - engoliu em seco e olhou pra irmã - Mas eu não permito que ele nos deixe assim, vida que segue maminha. Ele quem quis assim.

- Falar é fácil, né Matteo? - levantou da mesa e foi até a janela - Mas, parou pra pensar que eu era muito apegada a ele, muito. Meu "papa" era tudo pra mim, quando eu tinha medo ele estava lá. E agora? Não é fácil esquecer.

- Eu sei bem o que sente, mas eu prometi a mim mesmo e a mamãe que não deixaria ele interferir mais na nossa vida, o que nos resta é viver nossa vida como temos feito até agora. - abraçou ela por trás - Eu te amo, tá mana?

- Também te amo, seu chato - limpou seus olhos molhados e logo foram dormir, pois no dia seguinte iriam trocar de turno com a mãe no hospital.

Sombras do meu passadoWhere stories live. Discover now