Sombras do meu passado

31

Oiie, estamos entrando na reta final! 🤍
————————————-

DOIS DIAS DEPOIS

- Mamãe, me passa a geleia por favor? - Izabel dizia. Estavam tomando café da manhã - Mãe? MÃE?

- OH MÃE? - disse mais alto e ela "despertou" de seu transe - Tá aí? -Nina ajudou a irmã a pegar a geleia de uva enquanto sua mãe olhava todos assustada.

- Desculpa, meus amores. Desculpa a mamãe, sim! Mas acho que chegou a hora de vocês saberem de uma coisa, já são maduros o suficiente pra isso. - suspirou. Era melhor falar logo, era sábado e iria aproveitar que os filhos não tinham aula para resolver tudo. Precisava acabar com isso. - Para começar eu quero que me escutem até o final e depois façam perguntas. - respirou fundo e limpou o suor das mãos. Estava nervosa - Tem a ver com a minha história com Christopher

- Aquele senhor não é e nunca vai ser nosso pai - Matheus diz irritado

- Espera a mamãe, terminar, seu idiota - Bebel disse brava

- Obrigada por me defender, minha pequena, mas não precisa xingar seu irmão. - fez carinho na mão dele - Ele vai ouvir sim! Já não é mais criança. - lançou um olhar autoritário para o garoto que ficou quieto. - Bom, voltando ao assunto. O assunto é sim sobre Christopher, o PAI de vocês - olhou pra eles bem seria, mas dessa vez foi interrompida por Marina!

- Mãe, prometo não intrometer mais, mas por agora ele é nosso amoroso pai? Já vi você chorar várias noites e noites por, sério mesmo que já mudou tão rápido assim com relação a ele? Seu amor por ele é tão forte assim que não pode ver que falar sobre ele com a gente nos machuca? - já chorava demais nessa hora e não era diferente da mãe - Será que dá pra entender que ele não quis ser nosso "pai"? Que ele escolher isso quando nos expulsou naquela noite! Eu lembro até hoje de cada gota gelada daquela chuva que pegamos aquela noite até irmos pra algum lugar.

- Foi tudo um grande mal entendido tudo isso, Nina! Tudo! - cortou a filha - Tudo aconteceu de forma que não tivemos de tempo de saber o lado do outro! Por favor, deixa a mamãe explicar! - suplicou e ouviu um silêncio como resposta e alguns soluços também ainda de Nina.

- Pois bem, meninos, Ucker tinha um amigo de longas datas, pra ser mais específico desde a faculdade del... - Dulce explicou tudo, claro poupando alguns detalhes porque Izabel estava presente, mas falou tudo, tudo que ele havia lhe contato. E os filhos ficaram quietinhos ouvindo tudo. - Agora sim, podem falar.

- Não sei nem o que dizer, mãe! - Matheus disse - Não mesmo. Foram anos perdidos, anos que ele poderia ter acompanhado nosso crescimento e principalmente o nascimento da Bebel. - olhou pra irmã pequena que tinha os olhinhos vermelhos mas estava quieta - Não da pra assimilar tudo assim.

- Você não vai falar nada, Marina? - Dulce disse depois de mais um tempo de silêncio

- Eu não acredito que perdi anos da minha vida ao lado do meu herói - sorriu ao se lembrar o jeito que ele falava quando ela era pequena - Por culpa de uma história mal resolvida, eu não acredito que passei quase a minha vida toda odiando ele sem ele ter culpa, mamãe! Eu não acreditava que eu passei anos sonhando com o dia que ele aparecesse e dissesse que era tudo mentira. - falava o que estava engasgado a muito tempo na sua garganta. - Eu me odeio por isso, mãe!

- Ei ei, meu amor! - correu até o lado onde estava a filha. - Não fica se martirizando meu amor, tudo aconteceu muito rápido e muito sem explicações. Ninguém nessa história teve culpa além do idiota de Fernando! Mas nós vamos melhorar essa situação, tá bom?

- Me deixa ligar pra ele? - foi a primeira coisa que Isabel falou durante toda aquela conversa e todo mundo olhou pra ela espantado - Que foi? Eu também mereço conhecer ele, afinal é meu pai também né?

- Ohhh meu amor! - agora Dulce correu para abraçá-la - Era tudo que mais queria, vocês se prontificando de ir até ele. Ele vai amar te conhecer, meu amor! Vou agora mesmo pegar o telefone. Já volto