16 (mini maratona)

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OUTRO DIA PELA MANHÃ

- Dulce, bom dia! - Bruno chegou no quarto um pouco mais alegre - tenho uma ótima notícia pra você, a taxa de anemia dela está se normalizando, claro que os cuidados continuam pois ela ainda está com a doença, mas vou poder dar alta pra ela acredito que em menos de 10 dias

- Ahhh dr Bruno, não acredito - abraçou ele - Esse é o melhor bom dia que poderia ter me dado - sorriu abertamente

- Fico feliz em saber mas vamos combinar uma coisa?

- Claro, pode falar dr.

- Sem formalidades comigo, sim? - piscou - Pode me chamar só de Bruno, tá bem?

- Claro claro, dou... - riram - Bruno. Combinado!

- Assim está melhor

- Tá bom... então, tchau? - disse Dul sem jeito começou a se despedir de Bruno pois tinha escutado sua filha chamando - Acho que alguém acordou - apontou pro quarto

- Claro vai lá - deu um abraço nela - qualquer coisa já sabe, né? To ali no meu cons...

Enquanto conversavam ali na porta do quarto onde estava Isabel chegava alguém pelo corredor que ao ouvir a voz dele fez o coração de Dulce quase saltar pela boca.

- Bem bonito, né? - disse ele - Realmente você não perde tempo!

- Ucker? - disse Dulce depois uns segundos calada - O que faz aqui? Como sabia que estava aqui?

- Não muda de assunto. - disse ríspido - Já tava aí se atracando com o médico, que pouca vergonha, dona Maria.

- Dulce, você conhece esse cara? Posso chamar o segurança se quiser - disse Bruno que ainda estava por ali e observava tudo

- Infelizmente eu conheço , Bruno. - limpou uma lágrima, estava decepcionada - Ele é o pai dos meus filhos. - disse ainda olhando pra Ucker

- Pai vírgula né? - riu irônico - Eu não vou ser idiota de acreditar nesse teatro. Nunca foi mulher de um homem só mesmo, não é? - não deu outra e levou um tapa estalado em seu rosto.

- Eu vou respeitar porque aqui é um hospital e minha filha está aqui atrás dessa porta - respirava ofegante com Bruno segurando sei braço - Mas agora sou eu quem peço, sai da minha vida, Uckermann, vai viver a sua vida, me esquece. Esquece que um dia me amou, me deixa em paz. - ia entrando no quarto e voltou - Você total razão eles não são seus filhos, crianças tão maravilhosas como eles não poderiam mesmo serem seus. Eles, a partir do momento que jogou pra fora de casa, são só meus de ninguém mais e espero que você se lembre disso quando descobrir toda a verdade espero que lembre do que acabei de falar agora - engoliu em seco e foi a vez dele falar.

- Então é mesmo você que está me ameaçando com essas mensagens - disse irritado já pegando o celular - só digo uma coisa, para. Para que tá feio você fazendo isso e envolvendo uma criança no meio disso tudo.

- Do que está falando? - franziu o cenho - Vá se tratar, homem. Eu lá perderia meu tempo te ligando ou enviando mensagens seja lá o que for.

- Dulce, já chega. - Bruno pegou no ombro dela - Não vai fazer bem pra você nem pra sua filha você ficar assim, ela precisa de você bem.

- Já deu mesmo, Bruno. Isso aqui tá me dando náuseas - pegou na maçaneta da porta do quarto - Agora vou mesmo entrar porque tem alguém muito mais importante precisando de mim. - entrou no quarto sem olhar pra trás e fecho a porta não podendo chorar porque tinha alguém que não poderia ver ela mal, como disse Bruno

- Passar bem - disse dr Bruno irônico saindo dali.

- passar bem - imitou ele bufando - Vou embora, nem sei o que estou fazendo aqui.

Saindo do hospital e já entrando no seu carro quase que deu de cara com os gêmeos que vinham conversando sobre alguma coisa e bem distraídos e por sorte não viu o pai ali.

- Como eles estão grandes - disse entrando no carro - Tudo poderia ter sido tão diferente.
Disse baixo para si mesmo e foi ligando o carro para sair.

Era uma pena ter essa desconfiança de alguém que amou tanto.
E se no fundo fosse verdade tudo aquilo que ela falava? Se eles realmente fossem seus filhos?

Sua filha estaria em um hospital e ele sem fazer nada?

Em meio a esses pensamentos seu celular vibrou mais uma e dessa vez era Ana Brenda o chamando para jantar em seu apartamento, pensou em recusar mas logo lembrou de Dulce e sabia que deveria seguir sua vida.
A noite lá estava ele, na casa de Ana.


(Capítulo 3 da maratona será postado a noite)
Espero que estejam gostando 💙

Sombras do meu passadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora