Capítulo 26 - A forma sólida da palavra "casa".

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"Porque todas as pequenas coisas que você fazSão o que me lembra por que me apaixonei por vocêE quando estamos separados e eu sinto sua faltaEu fecho meus olhos e tudo que vejo é vocêE as pequenas coisas que você faz— New West"

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"Porque todas as pequenas coisas que você faz
São o que me lembra por que me apaixonei por você
E quando estamos separados e eu sinto sua falta
Eu fecho meus olhos e tudo que vejo é você
E as pequenas coisas que você faz
— New West".

— Como assim? – Eu tiro o celular da orelha para conferir as horas. – São oito da noite.

— Ele me ligou a cinco minutos, avisando que vai ter que adiantar o vôo para Nova York, e que amanhã ele ia estar sem tempo. Você consegue pegar Sofia?

— Consigo... – eu digo, olhando pela janela do seu quarto. Estava acesa. – Ela estava no banho, vou chama-la. O que precisa levar?

— Estou levando o cartão de memória dela, mas, se ela tiver algum outro, peça a ela para levar – eu concordo com a cabeça, como se ela pudesse me ver.

— Ok – retiro meu cinto. – Você vai?

— Estou a caminho, amor. Eu já estava perto, então não vou demorar muito a chegar, te mando o endereço por mensagem – ela estala um beijo. – Até daqui a pouco.

— Até, beijos – eu desligo a chamada em seguida.

Abro a porta do carro, e assim que salto para fora, sinto minha pressão ir ao chão. Eu apoio a mão no carro, sentindo aquele pesar na cabeça, como se algo tivesse despencado encima dela. Meu olhar roda por uns quatro segundos, e eu balanço a cabeça, piscando pesadamente para conseguir voltar ao normal.
Não era muito comum essas quedas de pressão, já que eu sou perfeitamente saudável, exceto quando eu não comia direito.

Não me lembro de ter deixado de me alimentar hoje, mas acabo deixando esse motivo como explicação para não ter que me preocupar com isso agora, e, assim que minha pressão começa a se estabilizar, e me sinto segura para atravessar a rua outra vez, o faço, já discando o número de Sofia.

Eu aguardo na porta, e é necessário cerca de quarto toques para que ela me atenda.

— Sofi?

— Eu ouvi sua voz na sala quando sai do banho, mas quando cheguei da escada, você já tinha ido embora – ela reclama. – Que tipo de irmã é você?

— Você pode discutir comigo depois, preciso que se arrume, Rogério remarcou a reunião para agora.

— O quê?! – Ela quase grita no telefone. – Onde você está?

— Na porta da sua casa – eu digo, e não é preciso mais que cinco segundos para que eu veja uma Sofia de toalha e cabelos molhados se debruçando na janela. Eu aceno pra ela. – Se arruma e desce logo.

— Meu Deus, ok! – Ela some da minha vista. – O que preciso levar?

— Lauren disse para você levar outros cartões de memória, caso tiver.

Em Outra Vida, Talvez?Where stories live. Discover now