059 - POV TOM

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Assim que saio do motorhome o arrependimento me atinge feio, eu não deveria ter dito aquelas coisas, caído em sua armadilha. Eu deveria ter sido mais forte, mas não.

Eu amo a Rachel, ela é a mulher da minha vida e eu não tenho dúvidas disso. Mas não é o momento de ficarmos juntos, sinto tanto sua falta que eu sinto a dor na minha alma, mas se ficarmos juntos agora, só iremos nos destruir e eu não quero isso com ela, eu quero ser feliz ao lado dela novamente, mas agora, esse não é o momento certo.

Estou com milhões de pensamentos na cabeça, pensando em como irei pedir para ela não ir até o hotel depois de tudo que aconteceu há cinco minutos atrás, minhas mãos começam a soar frio e meu coração dispara de repente, estou ofegante tentando me acalmar. Quando sinto meu celular vibrar dentro no meu bolso, peço que não seja a Rachel.

— Alô? - atendo sem olhar o nome na chamada

— Onde você está? - uma voz que eu conheço bem diz do outro lado da linha e sinto um arrepio percorrer meu corpo.

— Mayla? - pergunto assustado

— Onde você está Tom? - ela pergunta novamente

— Longe da Irlanda. - digo seco, ela acha que vou esquecer esse um mês com ela me ignorando.

— Olha que ironia, porquê estou nesse momento em São Francisco há cinco minutos do seu hotel, no Hotel Capri. - ela diz do outro lado da linha.

— O que você quer Mayla? Por quê pelo o que eu me lembro, você não respondeu nenhuma das minhas mensagens durante esse último mês e nem agradeceu as minhas tentativas de desculpas. - digo começando a ficar irritado.

— Vou dizer novamente onde eu estou, Hotel Capri, cinco minutos a pé, dois de carro. Décimo quinto andar, quarto 567 Kaulitz. - ela diz e desliga.

Não sou bobo ou otário de não ir ao encontro de Mayla, pego a chave de um dos carros da equipe que está no painel. Talvez eu esteja querendo descontar minha raiva em alguma coisa, ou apenas conversar com ela. Aliás, não vou somente o fato dela se parecer com a Rachel que me atraiu nela.

Mayla é autêntica, engraçada, me enxerga além de um guitarrista de uma banda famosa. Eu estraguei tudo beijando-a aquele dia mas dessa vez eu não irei fazer nenhuma burrada. Preciso me desculpar pela última noite em que nós vimos.

Não demoro chegar ao Hotel Capri e a recepcionista me reconhece e me deixa subir sem fazer nenhuma pergunta, durante o caminho do elevador do térreo até o décimo quinto andar. Pensei em inúmeras possibilidades de como começar uma conversa com a Mayla depois de um mês tentando me desculpar com ela e sendo totalmente ignorado.

Quando chego ao décimo quinto andar e desço do elevador, dou de cara com o número do quarto ao qual ela me disse na ligação. A porta está entreaberta e acredito que ela esteja me esperando.

— Mayla? - digo entrando no quarto mas não tenho nenhuma resposta, todas as luzes estão apagadas, somente um abajur dentro do banheiro está acesso.  — Mayla você tá ai?

Quase morro do coração quando ela surge na minha frente, ela é um pouco mais alta que a Rachel, mas ainda sim, sou maior que ela.

— Te assustei? - ela pergunta praticamente sussurrando.

— Você quase me mata, isso sim. - digo colocando a mão no peito.

Um silêncio longo se estende, consigo ouvir somente as nossas respirações cada vez mais pesada. Não sei porquê ela me chamou aqui, aliás, ficou um mês sem falar comigo e sem me procurar.

— Mayla. - digo quando a sinto se aproximar de mim.

— Kaulitz - ela repete no mesmo tom que o meu

Ela para quando nossos corpos estão próximos demais e puxa minha mão, consigo sentir que ela está nua, agora eu entendi as luzes apagadas.

— Mayla. - digo novamente. — O que você quer de mim? - pergunto

— O que eu quis fazer desde a primeira vez que você me enviou uma cesta de flores e chocolate. - ela diz e ataca minha boca.

Minha primeira reação é ficar assustada com sua ação, mas não demora para que eu comece a retribuir o beijo e aprofundando em busca de sua língua. Acho que de alguma forma, estou buscando esquecer meus sentimentos pela Rachel, depois que eu a vi naquele motorhome há menos de uma hora, eu quero ofuscar o que aconteceu com algo. Bom, Mayla é algo muito bom.

My boyfriend | Tom KaulitzWhere stories live. Discover now