027 - POV TOM

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Acordo com apitos no meu ouvido e quando abro os olhos vejo que estou no hospital, de longe consigo ouvir a voz de Bill conversando com alguém.

— Foi somente uma infecção alimentar, fizemos a lavagem e ele está bem. Porém irá ficar em observação pelas próximas horas para então receber alta.

— O que pode ter causado isso doutor? - Bill pergunta

— Como vocês não são daqui, provavelmente o tempero não deve ter caído tão bem. Mas jajá ele está melhor, podem reagendar os shows, assim que recobrar a consciência e acordar, ele estará novinho em folha.

Ouço ele saindo da sala e abro os olhos, vejo Bill ao lado da cama, Gustav e Georg dormindo no sofá ao lado.

— Não é para reagendar os shows. - digo com a voz ainda grogue e Bill se assusta.

— MEU DEUS TOM QUE SUSTO - ele me dá um soco no braço e eu reclamo de dor. — Como está se sentindo? - ele pergunta

— Parece que um caminhão passou por cima de mim, me lembra de nunca mais comer tacos. - digo

— Pelo jeito foi somente o tempero mesmo. Mas que bom que você está bem, agora você pode me explicar o porque os shows devem ser mantidos cancelados?

Fico em silêncio por um tempo, pensando se devo ou não contar o que estou planejando, mas se eu não contar ele não irá concordar em manter os shows adiados.

— Quero ver a Rachel, eu preciso me resolver com ela. - digo por fim.

— Tom... acho que não é uma boa ideia.

— Eu já aguentei um mês Bill, um mês vendo ela grudada todos os dias nesse Paul, um mês sem ser respondido ou ter uma ligação atendida. Eu preciso vê-la nem que seja por dez minutos, mas por favor, eu preciso disso.

Bill suspira fundo e me olha com cautela, ele sabe que eu tenho aguentado firme até aqui por causa da banda porquê se dependesse de mim há um mês atrás eu teria pegado o primeiro avião para Alemanha quando ela me disse que não queria mais nada.

— Tudo bem... só, só não diga depois que eu não avisei se der alguma merda maior. - ele diz indo se sentar na poltrona ao lado da cama.

Horas mais tarde.

Já são quase cinco da tarde no México e estou entrando no avião, quase não consegui convencer Andrew a me deixar voltar pra Alemanha e no final ele só deixou eu ficar um dia. Tenho que está de volta ao México na quinta-feira.

Não sei o que estou sentindo, o plano de pedir para minha mãe chamar os pais da Rachel e ela para jantar vai ter que ser deixado de lado, está muito em cima, o que me resta uma única saída, aparecer na casa dela de surpresa e rezar para que ela esteja em casa.

Não consigo dormir durante o voo de ansiedade e fico mais nervosa ainda quando piso em Munique, o trajeto de quarenta minutos da capital até nossa cidade parece virar quatro horas, a cada esquina virada meu coração erra uma batida. Até que enfim, chego á casa da Rachel.

Demoro uns dez minutos para descer do carro e tomar coragem para tocar a campainha, rezo aos deuses para que ela esteja em casa. Toco duas vezes e ouço um grito de "já vai" e que não parece ser a voz dela. Mas quem abre a porta é alguém que eu não gostaria de estar vendo, Paul.

— O que você está fazendo aqui? - pergunto ficando irritado.

— Acho que eu que deveria fazer essa pergunta amigão. - ele diz cruzando os braços.

— TOM? - Rachel grita atrás de Paul.

My boyfriend | Tom KaulitzTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang