050 - POV AIKA

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Conteúdo sensível ao final do capítulo, se não se sentir confortável, por favor preserve sua saúde mental e não leia!!

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— Por que você está tremendo? - pergunto para Rachel.

— Não é nada. - ela diz apressada. — Preciso tomar banho. - ela diz se levantando da cama e correndo para o banheiro.

Dou de ombros e deixo esse assunto para lá, desde que conversamos com o presidente da Sony a Rachel anda muito estranha, nessa madrugada eu acordei e ela estava andando de um lado para o outro no quarto, tentei falar com ela e ela não me respondia, ajudei ela a deitar e no dia seguinte quando toquei nesse assunto, ela disse que não lembrava de estar acordada.

Cheguei a perguntar se ela tinha episódio de sonambulismo em casa mas ela disse que nunca aconteceu isso com ela. Achei estranho mais deixei para lá.

Daqui algumas semanas iremos assinar o contrato em definitivo com a Sony quando os meninos conseguirem uma pausa na turnê, confesso que estou muito animada com isso e não vejo a hora de voltar a subir aos palcos. Minha vida é assim, eu gosto da euforia de estar cantando, gosto de interagir com fãs da minha banda e nada melhor do que dividir isso com pessoas que eu amo e Rachel é uma delas. Falta apenas três semanas para nosso tratamento acabar e sinceramente não vejo a hora de voltar ao mundo real.

Como estou sozinha no quarto enquanto Rachel toma um banho, decido ir para sala de música me distrair, nos últimos dias ando pensando muito no Bill e no que aconteceu entre nós dois na sala de visita, desde aquele dia não vimos mais eles, apenas visitas dos nossos familiares.

Sento-me ao lado da bateria e pego um caderno que achei quando estava fuçando o quarto quando estava sem nada para fazer e escrevo uma letra que faz dias que não sai da minha cabeça.

I'm standing on the bridge
I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound
Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I, I'm with you
I'm with you
I'm looking for a place
I'm searching for a face
Is anybody here I know?
'Cause nothing's going right
And everything's a mess
And no one likes to be alone

I'm With You (pesquisem a tradução)

Não sei como expressar meus sentimentos pelo Bill, não sei quase nada sobre ele, sobre a pessoa que ele é fora dos palcos, mas sinto algo a mais em relação a ele, sinto que preciso estar perto dele, como se fôssemos almas gêmeas e no dia que resolvemos ficar, nossas almas tenham se conectado. Posso estar maluca, posso estar somente confusa, pode ser que ele nem goste de mim.

Após passar horas dentro do estúdio resolvo ir dormir pois meu corpo clama pela cama após ficar horas sentada pensando nessa letra. Quando entro no quarto não vejo a Rachel e vejo que a luz do banheiro ainda está ligada.

— RACHEL TÁ FAZENDO OQUE? - grito — EU QUERO USAR O BANHEIRO. - grito novamente mas ninguém responde

Saio do quarto pra procurá-la e encontro uma enfermeira no corredor.

— Oi, você viu minha colega de quarto? - pergunto. — Ela é loira e tem umas mechas rosas.

— Desculpa, mas todas as salas de lazer estão fechadas, ninguém está fora do quarto. - ela diz. — Pode voltar para seu quarto por favor? - ela fala e eu bufo nervosa.

Bato a porta do quarto e tento entrar no banheiro, mas a porta está trancada.

— RACHEL É SÉRIO, PARA DE BRINCADEIRA. - grito mas não tenho resposta.

O pânico toma conta de mim e tento empurrar a porta com o ombro mas não consigo abrir, abro a escrivaninha do lado da minha cama e começo a jogar tudo no chão atrás de um grampo de cabelo para que eu consiga abrir a porta e ver o que está com ela.

Começo a suar frio e depois de várias tentativas achei um grampo na cabeceira da Rachel. Fico vários minutos tentando abrir e quando finalmente consigo, meu mundo desaba sobre meus pés.

Rachel está dentro da banheira com os pulsos cortados, a água está vermelha e quase transbordando, eu caio no chão desesperada. Nesse momento não sei se estou gritando por socorro e chorando. Só sei que alguém precisa me escutar.

My boyfriend | Tom KaulitzWhere stories live. Discover now