067 - POV RACHEL

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Nota da autora

Esse capítulo não iria sair hoje, eu estava tão desanimada com umas coisas que eu li aqui na caixa de mensagens e que me desanimou muito, pensei em até parar de escrever. Mas eu tenho uma pessoa incrível ao meu lado, então esse capítulo é dedicado para Elly. Elly, sem seu apoio eu não estaria mais aqui, My Boyfriend não estaria chegando aos seus 70 capítulos em menos de um mês, obrigada por todo apoio de verdade, e nunca duvide que eu não amo você! Você consegue me alegrar com suas mensagens de apoio apenas dizendo que gostou do capítulo que foi lançado, muito muito obrigada por tudo, eu amo você!!

POV RACHEL

Você está... - Tiana até mesmo respira fundo na porta do meu quarto — Acho que bonita não será o suficiente, está muito mais do que isso.

— Eu me sinto bonita. - digo sorrindo tímida.

— Nunca vi você com esse vestido, principalmente ele não sendo preto. - ela franze a ponta do nariz.

É um azul celeste, em um modelo soltinho com mangas bufantes, da cintura para cima, um corset se ajusta em meu corpo realçando meus seios. A cor do vestido destaca meus olhos e me deixa com cara de uma menina de 15 anos. Escolhi uma sandalia de salto na cor preta, decidi deixar meu all star um pouco de lado somente por hoje.

Confesso que estou nervosa, não estava certa se aceitava ou não o pedido de Tom. Mas nossas conversas por telefone andam se tornando mais frequentes e eu estaria mentindo dizendo que não sentia falta disso, mas mamãe me disse para seguir meu coração e cá estou eu, me arrumando para um encontro com Tom Kaulitz.

— É porque ganhei hoje. - respondo apontando para a caixa em cima da cama. — Tom me mandou como sugestão para vesti-lo no jantar, posso admitir que eu acho que isso tem dedo da Aika, porquê ele jamais me viu com um vestido tão elaborado assim. - dou de ombros.

— Ele está realmente tentando - Tiana diz.

— Sim, ele está.

— E aparentemente está conseguindo. - ela diz e eu permaneço em silêncio, ainda está tudo uma confusão dentro de mim. — Sabe aonde vão?

— Ele me mandou mensagem dizendo para eu ir até o Sushi KTCH e confiar nele, ele pediu para seu segurança vir me buscar.

— Achei que você não quisesse sair na mídia por agora. - ela diz confusa

— E eu não quero, não sei o que ele fez, mas prefiro acreditar que isso esteja reservado. - digo me virando para ela — Estou pronta!

— E está linda. Muito linda Rachel. - ela diz com um brilho nos olhos. — Qualquer coisa é só me mandar mensagem, que irei te resgatar no instante seguinte ok? Posso seguir o carro do motorista dele e ficar em um restaurante perto.

— Não precisa amiga, tudo bem. Caso aconteça algo, duvido que Tom irá me deixar voltar sozinha para casa.

— Você gosta mesmo dele - ela diz me acompanhando até a porta.. — Ele é mesmo um sortudo filho da puta.

— Não fale assim - a repreendo — Nos dois cometemos erros e estamos nos dando uma segunda chance, confesso que estou com medo do que possa acontecer e pretendo dizer isso para ele, se formos para termos um relacionamento sério, quero ser totalmente sincera com ele.

— E você está certa amiga, qualquer coisa me mande mensagem, ok? - ela diz e eu dou um beijo em sua bochecha indo em direção ao motorista de Tom.

Sou guiada restaurante a dentro vazio até uma mesa mais ao fundo, bem longe das janelas da frente. Me sinto tão nervosa que minhas mãos estão suando. Tom se levanta assim que me vê, pegando um buquê lindo de girassóis e abrindo um sorriso que enfraquece minhas pernas, ele estava tão lindo que chega a ser pecado e me lembro como sua beleza sempre foi um ponto fraco em mim, antes mesmo de nos tornamos algo mais que amigos.

Ele mantém seu olhar em mim, como se não existisse mais nada no mundo e é assim que eu me sinto, mal conseguindo agradecer ao senhor que me acompanhou da porta até aqui.

— Você está.... Você está tão linda, Rachel - ele sussurra em meu ouvido quando se aproxima, deixando um beijo demorado em minha bochecha..

— Obrigada pelo vestido - digo, ainda me sinto atordoada por ele estar tão próximo a mim.

— Isso é pra você - diz me entrando o buquê de girassóis pequenos.

— Obrigada - murmuro

— Obrigada por aceitar - diz se sentando também, consigo perceber seu nervosismo. — Espero que tenha gostado da surpresa. - diz com um sorriso de canto.

— Você conseguiu fechar meu restaurante favorito apenas para jantar comigo - indago, rindo dele, mas me sentindo sem fôlego ao declarar isso em voz alta.

Tom apenas dá de ombros sem jeito.

Um garçom se aproximar  com um vinho e Tom me olha, questionando. Dou um aceno e nossas taças são servidas. Ele me pede para guia-lo pelo cardápio e peço meus pratos favoritos para cada parte do jantar e Tom me segue pedindo o mesmo.

— Quando volta para a turnê - pergunta bebendo um gole de vinho.

— Na verdade, volto na quinta-feira para Alemanha para passar um tempo com minha mãe. - fala. — Mas voltamos com a Turnê na semana que vem, na Australia.

O jantar segue tranquilo, me deixando completamente quente, acolhida. Estar assim com Tom me faz esquecer todo o resto, me faz esquecer o que aconteceu nos últimos meses, me faz esquecer que existe vida após esse jantar. Enquanto rimos, falamos sobre inseguranças, rotina e torcemos um pelo outro, me pego desejando que esse jantar nunca acabe.

Talvez eu não devesse ter aceitado o convite, mas aceitei porque não queria me despedir tão cedo. Talvez ele não devesse ter feito o convite, mas ele fez o porque, assim como a saudade falta explodir meu coração, também sei que faz isso com ele.

Nenhum de nós quer se despedir, porque vai ser um despedida temporária e de verdade agora. Em menos de vinte quatro horas Tom está voltando para Alemanha e não sabemos quando iremos nos ver novamente, e não quero nem pensar nisso.

Deixo minha bolsa em cima da bancada da cozinha e observo o apartamento com nervosismo. No caminho para cá, ele me disse que está em um apartamento dos seus padrinhos. Sinto meus pés descalços tocarem o chão gelado.

— Eu sinto muito por ter estragado tudo entro nós dois - sussurro, fazendo ele se virar para mim. — Sei que já disse isso e posso estar soando repetitiva, mas eu realmente me arrependo das escolhas que fiz, mas todas as vezes que sinto que você está inseguro perto de mim, me lembro como fui burra — continuo caminhando até parar no meio de suas pernas, ele está sentado na ponta da cama — Sei que está nervoso, eu também estou. Sinto como se você tivesse em uma linha querendo ceder e se entregar mas está com medo.

Mordo minha bochecha, fechando as mãos em punhos para controlar o desejo de tocá-lo.

— Tenho medo - ele confessa

— Do quê? - pergunto

— De nós dois - sussurra — Nós não pensamos da outra vez, não nos questionamos sobre nada. Fomos burros e tenho medo da gente se perder de vez agora.

Meus olhos estão úmidos pelas lágrimas e quero muito derramar. Tom se levanta e ficamos próximos demais, seu cheiro quase me derruba, me deixa com saudade de casa, do meu lar favorito. Dos seus braços. Ele parece querer apagar o momento que toda merda aconteceu e eu também gostaria.

A lágrima cai, escorrendo pela minha bochecha e ele pega com o polegar.

— O que eu fiz com nós dois? - murmuro triste.

— Acho que nós dois fizemos algo - ele diz colocando as mãos em meu rosto — Não fomos honestos um com o outro, fomos medrosos de encarar a realidade e nos afastamos.

Nosso erro compartilhado, o pior de todo, o mais ingênuo, o amor. Mas também a melhor coisa que compartilhamos.

— Não sei se consigo só te beijar hoje, meu amor - ele alerta baixinho, respirando com dificuldade, como se estivesse se segurando.

— Não quero que só me beije essa noite, Tom - respondo — Quero que me lembre como é ser sua. - sussurro contra sua boca e ele não hesita mais nenhum segundo até colar seus lábios nos meus.

My boyfriend | Tom KaulitzOù les histoires vivent. Découvrez maintenant