Autorização Para Amar | Kai Havertz [Finalizada]

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"As entrelinhas de nosso amor logo serão escritas."

1 mês depois

Dasha anda de um lado para o outro freneticamente, em seu apartamento, já tinha pouco mais de um mês que tinha se mudado para Londres e não tinha trocado uma palavra com sua mãe, aquilo esta sendo cada vez mais angustiante, principalmente por estar fazendo terapia, já não suporta isso mais.

Se sentou na mesa de jantar, respirou fundo e foi até o botão para iniciar a ligação. Suas mãos suam frio, seu coração bate forte, apertou seus olhos como se tentasse imaginar o que ela falaria, era muito tempo para simplesmente fingir que não aconteceu nada, sua mãe estaria brava.

-Alô ? Aqui é da casa dos Rodríguez, com quem eu falo ?- Ela pôde ouvir a voz de sua mãe, claramente sem entender, provavelmente pelo número ser de outro país.

-mãe sou eu Dasha- Ela quase atropelou as próprias palavras, um silêncio aconteceu deixando Dasha constrangida.

-Aconteceu alguma coisa ?- Seu tom de voz havia mudado nitidamente, antes confuso agora embargado.

-Eu queria me desculpar, eu tenho sido uma filha horrível, uma irmã horrível e uma tia horrível- Dasha acabou se cortando, para tentar engolir o choro eminente -Eu não fui correta, não podia ter feito isso com vocês, sei que me avisaram, mais eu não dei ouvidos, eu me arrependo muito, de tudo que perdi das festas, dos aniversários, me lembro que um dia você me ligou querendo saber como eu estava, me contando como foi seu dia e dizendo que foi estressante, que meus irmãos bagunçaram a casa e que o jantar estava queimado, eu sempre atendia o telefone irritada ou querendo desligar logo para ir treinar, mas hoje depois de quatro anos sem nenhuma das sua ligações para me falar como seu dia foi chato e me contar apenas as coisas comuns, mais que fizeram parte do seu dia, vejo que me faz falta, vejo que vocês me fazem falta e o pior de tudo, vocês estão aqui, bem, mas eu cortei o contato, me dói saber que tenho uma família que me amava, mas eu joguei fora por atitudes que hoje não me levaram a nada eu amo vocês, de verdade, vocês fazem falta, eu espero que um dia, você possa me desculpar por isso- O silêncio foi a resposta, não podia reclamar, fez isso por muito tempo.

-Dasha não sabe como isso me deixa feliz, não se preocupe eu te amo, seu pai te ama, seus irmãos te amam, seus sobrinhos te amam, acima de tudo Joe te ama, só não entendem porque você desapareceu- Ela ficou emocionada.

-Me desculpa, eu nunca devia ter feito isso- Dasha secou as lágrimas.

-Temos que nos ver, onde está morando ? Faz muito tempo-

-Me mudei para Londres não faz muito tempo-

-Esta em um time inglês ?-

-Sim, agora estou em um time inglês- Ela responde sem mais detalhes.

-Eu só quero saber uma coisa Dasha, você realmente mudou, porque não estou disposta e acredito que seus irmãos também não estão, a tentar fazer isso funcionar, se você não nos ajudar como vai ser, você vai tentar fazer dar certo ?- Dasha concorda, precisa se esforçar e mostrar.

-Sim, eu vou tentar-

Dasha sentiu uma sensação boa de alívio, precisava daquilo, mal podia acreditar que sua mãe tinha atendido, ela precisa falar com seus irmãos, mas já tinha sido emoção demais, não ia aguentar, a pior parte eram seus sobrinhos, eram pequenos e Dasha sempre foi presente ate um certo momento, se perguntava o que estava passando por sua cabeça, sempre se esforçou por um time que a dispensou, por culpa exclusiva de um remédio, era cirurgia ou remédio, o único problema era seu uso desenfreado que foi visto em exames, logo a taxaram de viciada ao invés de tentar conversar, explicar ou mudar, era assim, no fundo ela sabia que provavelmente eles queriam apenas demiti-la e não sabiam como.