Um mundo governado pela tecnologia, onde as máquinas cada vez mais tomam o seu espaço. Onde o aperfeiçoamento genético e o aprimoramento biológico, já não são um mito. A luta entre gigantes ficou diferente, mas o desprezo contra humanidade ainda per...
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7:30 A.M
Acordei com os braços do loiro envolvendo minha cintura, sentindo um sorriso crescer em meus lábios ao lembrar da noite anterior. As carícias que nunca imaginei que fosse do tipo dele trocar, e de cada beijo que demos.
Tentei me desvencilhar de seu abraço sem acordá-lo, contudo, meu esforço acabou sendo em vão. O loiro logo respondeu me apertando ainda mais contra si.
- Está tentando fugir de mim, ruivinha? – Perguntou em meu ouvido, com a voz rouca por causa do sono. O que automaticamente me fez arrepiar.
- Não. Eu só ia descer para preparar o café para todos. – Agradeci aos céus por minha voz não ter falhado, me virando para olhar para ele.
- Hoje vamos ficar sem café, ou todos ajudam a preparar quando se levantar. Quero ficar aqui com você mais um pouco. – Argumentou ainda com olhos fechados, me puxando para mais perto de seu corpo.
Sorri com o jeito manhoso que ele estava, imaginando em que universo eu pensaria que um dia isso poderia estar acontecendo? E a resposta era simples, em nenhum deles.
Nunca passou pela minha cabeça que poderíamos acordar juntos um dia. Não desse jeito, pelo menos. Mas parecia que o Loiro só me surpreendia a cada passo que nos conhecíamos mais.
Ele estava sendo fofo, carinhoso, e ontem ele não tentou nada além do que aproveitarmos o momento um com outro calmamente. O que eu até poderia achar estranho diante do seu histórico, e ele poderia facilmente ter escolhido ir mais devagar, pelo fato de eu ter me machucado a pouco tempo, ou algo assim, mas pelo que conhecia dele e de tudo que já escutei, ir com calma não fazia parte de seu lema, e com certeza passar a noite com uma mulher, sem transar com ela, nunca tinha acontecido antes. Contudo, fiquei feliz ao vê-lo acordar de bom humor, e aparentemente não ter se arrependido de como as coisas fluíram.
E eu sabia que ele não avançou porque não me desejava, pelo contrário, eu vi – e senti – o quanto ele desejava, mas ainda assim optou em deixar que tudo seguisse seu curso com tranquilidade, e aproveitou cada momento como se fosse único.
- Parece que alguém está com preguiça de se levantar. – Fiz uma observação enquanto encaixava meu rosto na curva de seu pescoço depositando alguns beijinhos, e comecei a traçar linhas imaginárias em seu peitoral.
- Só não vejo por que levantar agora, se aqui está tão bom, e não temos nada de urgente para fazer. – Respondeu dando um beijo em minha cabeça, enquanto fazia carinho em minhas costas por baixo da camisa que estava vestindo.
- Urgente? Não. Mas, importante? Sim. – Sorri ainda com o rosto escondido em seu pescoço. – Temos a festa do Ben para irmos, e não podemos nos atrasar. Então se quisermos ficar aqui até mais tarde um pouco, vamos ter que tomar banho juntos. – Argumentei, pensando no tempo que cada um ia gastar para se arrumar antes de descer.
