Um mundo governado pela tecnologia, onde as máquinas cada vez mais tomam o seu espaço. Onde o aperfeiçoamento genético e o aprimoramento biológico, já não são um mito. A luta entre gigantes ficou diferente, mas o desprezo contra humanidade ainda per...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Acordei sentindo o cheiro de bacon. Mas quem estaria fazendo o café? Tena era um desastre na cozinha e Alê não se atrevia a cozinhar. Fiquei curioso para descobrir. Me levantei indo para o banheiro fazer minha higiene pessoal e tomar um banho, quando vi as peças de roupa que a ruiva estava vestindo ontem, e me lembrei de tudo que aconteceu, ficando com raiva daquela roupa. Se é que poderia ser considerada uma peça de vestuário, isso devia ser proibido de se vestir em público.
Sorri com meu ciúme evidente, ficando indignado com o que a ruiva estava me fazendo sentir. Foquei no que pretendia fazer no banheiro, depois vesti uma roupa simples e desci para cozinha. Porém nada me preparou para a visão que tive. A ruiva estava de costas, ainda com a minha camisa.
Normalmente xingaria qualquer pessoa que pegasse alguma coisa minha, contudo por algum motivo, não conseguia fazer o mesmo com ela. Pelo contrário, eu gostei de vê-la com a minha camisa ontem, e permanecia o mesmo hoje. No entanto, antes que pudesse dizer algo, ela notou minha presença. Conversamos um pouco e fomos interrompidos por um batalhão que parecia estar morrendo de fome para chegar daquele jeito. Mas não podia culpá-los. Eles a conheciam melhor que eu, então provavelmente já sabiam que não era só o cheiro e aparência que estavam bons.
Minha mãe realizou um comentário sobre isso, e Tena respondeu toda animada, e da forma mais irreverente que já ouvi ela falar com outra garota. Soube que elas se tornaram boas amigas, pelo modo como se defendiam. Contudo quando vi elas chamando uma a outra por nomes que os homens costumavam usar ao falar das mulheres, logo percebi que elas eram mais que simples amigas, se tornaram melhores amigas. Falando com total liberdade uma com a outra. Não consegui deixar de sorrir com a atitude da minha irmã, porém pouco tempo depois a ruiva disse que ia embora, e tentei não prestar atenção nela despedindo de todos.
Por que afinal ela tinha que beijar Alê e Daniel nos lábios? Alê não era gay? Tinha que tirar isso a limpo em outro momento.
E quando chegou a minha vez, ela quase me matou como sempre. Essa mulher ia me deixar maluco ou me matar do coração. Até tentei não expressar sentimento algum quando ela se despediu de mim, mas sabia que tinha falhado e ela conseguia ver o impacto que gerou.
Com sua saída, continuei tomando meu café como se nada tivesse acontecido.
- Não vai dizer nada mesmo? - Alê provocou.
- O que ele tem para dizer? Ele sabe que era só provocação, na verdade ela vai se casar comigo. - Ben afirmou convicto, antes que eu respondesse.
- Do que vocês estão falando? Enlouqueceram? - Perguntei tirando os olhos do prato. - E você não vai se casar com ela Ben. - Completei, irritado.
- Você não sabe maninho, mas somos prometidos em casamento. Quando eu for maior de idade, vamos nos casar. - Ben provocou rindo com deboche.
- Que seja. - Rebati bufando. Não queria pensar nisso agora, já estava com a cabeça cheia do dia anterior. Tinha sido um verdadeiro inferno.
