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Mirella:

Stéfani havia descido até a entrada do hospital pra
buscar algo. Já era madrugada e eu estava sem sono por ter dormido o dia inteiro. Aquela sensação de "cabeça pesada" já não me incomodava mais, somente o corpo ainda dolorido.

A morena havia trago meu celular mais cedo, e isso tinha ajudado o tempo passar consideravelmente mais rápido. Porém, depois de um tempo, passou a ser enjoativo.

O quarto estava escuro e algo passava na televisão, mas era tão entediante que eu cheguei a colocar na opção silenciosa. Não havia nada interessante que pudesse me chamar atenção... permaneci em silêncio, naquele cômodo escuro após desligar o celular. Me contentando apenas em esperar por Stéfani.

(...)

Um tempo depois a morena entrou calmamente pela porta, a fechando seguidamente, e caminhou até mim.

- Stéfani: Não quer mesmo tentar comer? - ela questionou paciente e baixo, após ligar o abajur.

- Mirella: Não sinto fome. - respondi.

- Stéfani: Pode ao menos tentar beber isso? - ela mostrou-me o copo que claramente tinha recebido durante sua saída. - Eu comprei do sabor que você gosta.

Narrador:

- Stéfani: Por favor... - pediu carinhosa.

Mirella mesmo um pouco tímida e indecisa, não recusou, segurou o objeto em mãos e enquanto era encarada por Stéfani, tentou ingerir um pouco do líquido. Stéfani conhecia praticamente todos os gostos de Mirella, ela era sempre muito observadora quando se tratava da empresária.

- Stéfani: Viu, não foi tão difícil. - ela comentou sorrindo de canto, interiormente orgulhosa.

Stéfani notou o quando Mirella estava entediada e cansada daquilo, mesmo que fosse a consequência de suas ações. A loira permaneceu em silêncio enquanto bebia o suco de maçã e a psicóloga a observava. Após terminar, Mirella devolveu a embalagem biodegradável, e Stéfani jogou no lixo.

Confusa, ao ver Stéfani retirar os saltos a loira permaneceu analisando-a em silêncio.

- Stéfani: Vem... - ela chamou, pedindo que Mirella descesse da cama. - Eu ajudo você.

- Mirella: Por que? - a loira questionou confusa, esforçando-se para buscar uma posição mais confortável e por fim sair da cama.

Stéfani se manteve em silêncio e cuidadosamente a ajudou descer, caminhou ao seu lado dando suporte. Com a mão livre, a psicóloga levou o suporte para soro, evitando que machucasse a perfuração qual neste momento Mirella recebia uma bolsa de sangue.

- Stéfani: A gente pode fazer algo que você gosta... - a morena comentou após abrir a porta da sacada, que tinha a visão central da região onde estavam.

Mirella costumava olhar para as estrelas quando se sentia insegura, amedrontada ou calculista de certa forma Aquilo de alguma maneira a deixava confortável e Stéfani já havia percebido.

Mirella:

Stéfani me abraçou de maneira calma, evitando me machucar. Pude deitar a cabeça em seu peito e envolver sua cintura mesmo que de maneira falha, por ainda me sentir fragilizada. Uma de suas mãos fez cafuné na minha cabeça e eu fiquei ali por longos minutos, eu literalmente estava em casa.

- Stéfani: Vamos passar por isso juntas, tudo bem? - ela sussurrou, mas eu não pude ver sua expressão, apenas ouvir sua voz delicada.

- Mirella: Me desculpa... - sussurrei aquilo que ainda me incomodava.

La MáfiaWhere stories live. Discover now