Disfarce

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7 dias depois da prisão.

Tábata

Eu mantinha o disfarce exemplarmente. Mirella era maluca, e ver que ela aceitava ser torturada apenas para que seu plano desse certo só me mostrava que sua melancolia estava além dos limites.

O aviso de morte foi dado por mim. Uma forma falsa de impedir que Lipe ou Bianca a procurasse. Ele nunca desconfiaria pois nesse momento eu não me chamava Tábata. Me passava por uma agente da CIA e fazia um personagem invejável.

Minha irmã era uma cadela, manipuladora e psicótica.

Tirar Lipe da jogada foi algo complexo, de sua ideia, mas dificultoso. Ele claramente não aceitaria vê-la ser machucada e isso correria o risco de nos por em falha. Mirella estava sobre posse de Dynho, mas ele já confiava cegamente na agente que o acompanhava. Amanda sabia ser persuasiva, mas um tanto quanto habilidosa.

Quando ela disse que não tinhamos outra opção, não mentiu. Sua escolha era fugir e pôr as filhas, Stéfani e sua família em risco, ou... aceitar essa maluquice até que descobríssemos um nome certeiro e por fim o pudéssemos tirar do caminho. Eu tinha a obrigação de mantê-la viva, custe o que custasse. Ela tinha a obrigação de confiar em mim, por mais que nos odiássemos significativamente.

Márcia:

No dia em que brigamos na sala principal, fui praticamente expulsa e arrastada de casa. Mas algo me chamou atenção, um dos seguranças de Isabella falava ao telefone, o que não era permitido. Ele o jogou na lixeira, e disfarçadamente fingi não perceber.

Por mais que Mirella fosse uma maníaca, ainda era minha filha. E se alguém tinha o poder de machucá-la, esse poder era completamente meu.

Entrei em contato com alguns subornados no FBI, equipes táticas da polícia americana e até mesmo INTERPOL. Não encontrei nada e confesso que aquilo me desesperou. Algo me dizia que precisava descobrir, ou minha família seria arruinada outra vez.

Notifiquei Mirella por mais que ao atender o telefone o que se foi falado por ela era apenas xingamentos de baixo calão.

Ela entrou em contato com seus infiltradas na CIA, e com alguns dias fazendo ilegalidades dentro da agência, descobrimos. Dynho Alves era o maldito nome do comandante da operação. Investigamos um pouco mais e descobrimos que a operação havia se apressado mais, estávamos ficando sem tempo.

O que eles não sabiam era que Mirella tinha uma irmã bastarda. Escolhi uma de suas "mulheres de diversão" digamos assim... e bem, ela tinha uma mira perfeita, boa lábia e Tábata seria um bom complemento. Tínhamos a dupla perfeita. Fabricamos tempo de trabalho falso e uma transferência arquitetada com assinatura de um contato dentro da CIA foi formulada. Logo teríamos quase tudo...

Passamos semanas enlouquecedoras montando o plano perfeito e tentando descobrir o mandante. Tábata e Amada usaram identidades falsas e começaram um belo trabalho... participaram de alguns casos e com um tempo conseguiram ganhar confiança dos investigadores principais.

Amanda fugiu do personagem e dormiu com um deles, mas vamos fingir que isso não aconteceu.

Ambas as meninas conseguiram entrar na operação sigilosa. Seja lá como fizeram isso, não me importa. Amanda possuía um bom histórico de comunicação e no currículo era uma ótima investigadora. O que no caso nunca existiu, Tábata era só uma outra melancólica que saiu do mesmo útero que os outros filhos. Mas eu admirava sua disposição, disciplina e manipulação.

Amanda era uma ótima mercenária, que por muitas noites foi o corpo de desejo de Mirella.

Foi tudo bem elaborado e em três meses já tínhamos tudo completamente arquitetado. Mirella só precisava dar um jeito de afastar Lipe, tirar a maldita garota que estava apaixonada de perto para não colocá-la em risco como insistido por ela, e mandar as filhas pra longe.

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