Madrid

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Mirella:

- Mirella: Aí! Amor... - reclamei de dor entre dentes.

- Stéfani: Fica quieta, Mirella.

Estávamos na sala enquanto eu tinha Stéfani em meu colo. A morena estava entediada e eu me arrependia amargamente de ter deixado ela "fazer" minha sobrancelha com uma maldita pinça. Era como me levar ao inferno e deixar o diabo se divertir espetando agulhas em meu rosto.

- Mirella: Para, não quero mais... - eu falei e ela me olhou nos olhos. - Eu pensei que não doía assim.

- Stéfani: Cala a boca. - ela disse antes de segurar meu maxilar e virar meu rosto um pouco para a lateral. - Não vou te deixar com uma feita e a outra toda torta.

- Mirella: Não seria um "estilo" legal? - perguntei com um sorriso forçado tentando me livrar.

- Stéfani: Não... - ela disse focada. - Seria horrível.

(...)

Stéfani:

Depois do momento sofrido de Mirella, qual no fim ela comemorou... Márcia recebeu uma cabeleireira sigilosa qual colocaria uma lace na mafiosa.

Mirella já havia sido vista em Amsterdã quando foi me buscar, e isso era um problema. Até então a Bad Mi estava "morta" e a Mirella Fernandez não tinha sua vida exposta. Mas qualquer um que soubesse seu segundo lado, saberia que ela estaria viva em qualquer fotografia vazada. Mirella não tinha mais o luxo de andar pelas ruas de Xangai ou qualquer outro lugar.

Ela abriu mão disso quando decidiu me buscar.

Guiei a jovem mulher até o escritório da loira e enquanto ela falava com a italiana, me sentei na poltrona para esperá-la. Ela havia me confessado e eu já havia percebido seu desconforto em estar sozinha... eu sempre a acompanhava no banho, ou ficava no quarto enquanto ela fazia alguma coisa. E ela como sempre... ficava focada o suficiente ou falava mais do que devia.

Mirella:

Havíamos conversado sobre ir a Madrid, e enquanto a italiana fazia seu trabalho, Stéfani cuidava dos preparatórios do voo até lá. Eu nunca acreditei em "anjos da guarda" mas se realmente existissem e eu tivesse um devido aos meus tantos pecados, Ohana era esse.

A morena tinha os cabelos longos e Castanhos soltos, a deixando autoritária, seu corpo escultural parcialmente visível, vestido apenas em um top branco e um shortinho de seda no mesmo tom. E confesso que meu colar Serpenti Viper da BVLGARI ficava mais estiloso em seu pescoço.

Ela ficava tímida e sempre recusava, mas.. eu a incentivei o suficiente.

Flashback:

- Mirella: Quando casarmos vamos dividir o mesmo sobrenome, então acho que já da pra gente começar com os acessórios além das minhas roupas que cabem em você... - A loira disse sorrindo e ela corou.

- Stéfani: Por que você sempre tem que me deixar tímida?

- Mirella: E por que você ainda se intimida comigo? - Questionou óbvia. - Coloca isso, vou te esperar lá embaixo. Não demora. - a loira entregou uma caixa mediana e preta da Bulgari antes de sair do closet.

Flashback off.

3 horas depois... - Narrador:

As malas já estavam arrumadas e Mirella esperava a Morena na cama enquanto mexia no celular. O relógio já marcava 19:45 da noite e pressa elas não tinham. A criminosa ouviu algumas vozes, Stéfani falava ao telefone... mas apesar de ser um ser humano completamente fora das legalidades governamentais ainda sim respeitava a morena de todas as formas, o que era completamente surpreendente já que qualquer pessoa imaginaria que pelo seu histórico violento, psicólogo parcialmente crítico também possuísse também ações magoáveis ou abusivas aos seus envolvimentos amorosos.

Cerca de quinze minutos depois, Stéfani saiu do banheiro e o triondas em seu cabelo estava extremamente bem feito.

- Mirella: Você não sente frio não? - a morena questionou ao avistar a pequena caminhar pelo quarto somente de lingerie.

Stéfani a olhou rapidamente e um sorriso idiota foi ocupando seus lábios rosados. Ela negou com a cabeça em um movimento rápido e curto. Mirella levantou indo em sua direção, deixando um beijo em sua testa ao mesmo tempo em que segurava na sua cintura.

- Mirella: Lembra o que a gente fez ontem? - a morena questionou já com seus corpos colados.

- Stéfani: O que? - Stéfani questionou baixo após pensar um pouco, mas ficou confusa.

- Mirella: O que a gente fez a noite, lembra? - a morena assentiu com um sorrisinho. - Quer repetir antes de irmos?

- Stéfani: Você não merece... - ela disse sorrindo e Mirella retribuiu.

- Mirella: Quer? - a morena questionou outra vez, pressionando firmemente a cintura da menor.

- Stéfani: Quero. - aceitou em um quase sussurro.

- Mirella: Então se veste rapidinho pra gente ir no restaurante que pedimos a comida ontem. Eu dou um jeito de termos uma mesa privativa e de entrarmos sem ninguém nos ver.

Stéfani a olhou com um mix de expressões: Frustrada, séria e irritada.

- Stéfani: É sério isso? - ela questionou dando um tapa no braço da empresária, qual dava um sorriso marcante acompanhado de uma gargalhada gostosa. - Nossa, sério... você me estressa.

- Mirella: Desculpa... - ela pediu sincera enquanto sorria, Stéfani revirou os olhos, caminhando em seguida. - Amor, ainda quer? - ela questionou, seguindo a menor até o closet.

- Stéfani: Sai daqui, Mirella. - a morena disse baixo ao sentir aos mãos geladas da maior tocarem sua cintura nua.

- Mirella: Olha... - ela debochou, abraçando a morena por trás enquanto a mesma procurava um moletom dentre os tentos de Mirella. - Ainda da tempo.

- Stéfani: Não quero mais, passou a vontade. - ela disse baixo, ganhando um beijo no ombro direito. - E a gente pode fazer isso outra hora...

Mirella escutou paciente.

- Stéfani: Não quero te por em risco outra vez. - a morena explicou virando-se de frente para a outra, que a encarou carinhosa. - A gente pode esperar... faltam poucos dias.

A mais recente morena assentiu e tomou isso como o certo. Não podia mesmo sair por aí como se não fosse um alvo sob mira.

Márcia:

Amanda fumava um cigarro na varanda enquanto dividíamos um Bourbon inglês, seus cabelos longos e castanhos estavam presos em um coque e seu olhar parecia cansado.

- Amanda: Mirella é tão teimosa. - a morena reclamou.

- Márcia: Não posso negar. - comentei com um sorriso de canto e a mais nova me entregou a garrafa.

- Amanda: Se juntássemos os Fernandez incluindo Lipe, teríamos os próximos sucessores do "trono" ou seja lá o que for no inferno. Ou quem sabe os novos seres propícios a povoarem Chernobyl.

- Márcia: Uh.. você está mal. - ressaltei e ela assentiu milimetricamente.

- Amanda: Acho que sim... - a morena confessou em um tom sofrido, baixo, sério... antes de me tomar a garrafa e ingerir um grande gole da bebida.

Mentira gente, a fic não tá acabando não, faltam muitos capítulos KKKKKKKKKKKKKKKK

Adoro ser palhaça.

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