consentimento

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Mirella:

Casamento pra mim ia além de uma cerimônia luxuosa e cheia de familiares e amigos importantes.

Bragança nunca foi um alguém tão bom, ela era egocêntrica, fria e impiedosa tanto quanto eu. E talvez nosso jeito de ser, nos conectasse de alguma forma. Eu a amei sim, e isso nunca poderia ser negado. Mas... O sentimento era completamente diferente em relação ao que eu sentia por Stéfani. A psicóloga me transmitia algo puro, sem interesses financeiros ou reputacional. Eu podia olhar nos seus olhos e sentir a sinceridade emocional em cada detalhe expressivo.

Era a primeira e a única vez que eu me casaria na igreja. Religiosamente isso era algo muito importante como mencionado pelos pais da loira. Era uma união única emocional, que permaneceria por todos os anos das nossas vidas, mesmo que um dia fisicamente nos separássemos.

- Stéfani: Eu estou com frio. - ela mencionou baixo.

Estávamos sentadas sobre um fino pano sobre a areia enquanto de longe observávamos o céu estrelado e a vista da cidade que não era tão longe assim. Podíamos ver a iluminação urbana perceptível de longe, mas nem se quer podíamos ouvir o barulho que toda aquela população fazia. Era bom estar em silêncio, ao lado de quem eu amava.

A guiei pela mão para que sentasse entre minhas pernas e apoiasse seu corpo ao meu. Minhas mãos envolveram seu abdômen e meu rosto descansou sobre seu ombro.

- Mirella: Melhor? - questionei baixo ao seu ouvido e ela moveu a cabeça em afirmação.

Deixei alguns beijos demorados em seu pescoço ao mesmo tempo em que sentia seu cheiro inconfundível inebriar meus pulmões em sequência. Sua mão mantinha-se entrelaçada a minha enquanto repousavam sobre seu abdômen de forma dispersa.

- Stéfani: Nunca imaginei que chegaríamos onde chegamos. - relatou.

Eu confesso que já havia imaginado, e dado o meu melhor para que estivéssemos ali. Eu me sentia orgulhosa por não ter estragado tudo no primeiro mês...

- Mirella: Eu mentiria se dissesse que não. - sussurrei.

- Stéfani: Lembra quando disse que eu ainda seria sua? - questionou sorrindo, movendo uma das mãos até minha nuca mesmo que de forma desajeitada. - Que precisávamos aprender a dividir as coisas pois ainda nos casaríamos - ela manteve o sorriso intenso e eu senti as pontas finas de suas unhas arranharem minha pele.

- Mirella: Bem... acho que eu consegui. - eu disse quase convicta e ela me fez ter certeza assim que afirmou.

- Stéfani: É você conseguiu... - ela sussurrou.

Ela virou-se de forma paciente, nos deixando em uma posição adequada para que eu a tivesse em meu colo. Com as mãos envolvidas em meu pescoço e a boca colada na minha em um beijo quente e lento.

- Stéfani: Obrigada por tanto. - ela sussurrou em meio ao beijo, enquanto acariciava meu rosto. Eu apenas me mantive em silêncio.

(...)

Depois de um tempo a peguei no colo, nos tirando do chão e a levando pra cama na área externa. Em meio a sorrisos e abraços carinhosos eu me perdi no seu olhar, até que chegássemos aonde queríamos.

Seu corpo se aconchegou ao meu, sua cabeça deitou em meu peito e suas pernas meio que se entrelaçaram as minhas. Eu podia sentir cada parte do seu corpo semi nu, coberto apenas pela lingerie branca vestida mais cedo e uma blusa larga minha.

Eu era a noiva mais feliz do mundo naquele exato momento, eu me sentia extraordinariamente amada. Era inegável o quando tudo aquilo estava me fazendo bem.

La MáfiaWhere stories live. Discover now