Não atire

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- Mirella: Esse corpo é uma benção, garota... - foi um sussurro de Mirella assim que terminou de assistir a cena da bela mulher sob ela ter um orgasmo forte.

Mirella:

Ainda naquela noite e madrugada turbulenta nos encontrávamos na cama, nuas após um sexo demorado. Eu havia acabado de voltar do banho e me aninhado ao seu corpo.

Stéfani estava sentada enquanto me tinha em seus braços. Ela acariciava meus cabelos enquanto dividíamos uma taça de vinho tinto. Seu cheiro doce e delicado emanava pelo quarto, me fazendo sentir-me inteiramente sua.

- Stéfani: Não está cansada? - ela questionou baixo.

Neguei em um sussurro rouco e falho. Ela apoiou minha cabeça em seu peito, escondendo meu rosto parcialmente na curva do seu pescoço ao mesmo tempo em que as pontas finas de suas unhas arranhavam com lentidão meu maxilar e pescoço.

- Stéfani: Como contou aos seus pais que gostava de mulher? - ela questionou baixo. E pelo seu tom de voz era notável que estava envergonhada em fazer a pergunta.

Stéfani:

- Mirella: Eu não contei. - ela se aninhou mais a mim. - Meu pai simplesmente me arrancou do armário com ameaças e insultos após me tirar de uma festa a força com alguns seguranças.

Ok, aquilo era completamente fora do imaginado por mim. Ela sempre falava tão bem do pai, mas no fim parecia esconder as piores partes dele.

- Mirella: Não gosto desse dia. - ela aparentou estar desconfortável.

- Stéfani: Tudo bem, não precisamos falar sobre isso.

A morena assentiu com um movimento milimétrico e eu sorri de canto. Beijos molhados foram deixados em meu pescoço ao mesmo tempo em que eu sentia sua mão acariciar meu abdômen despido.

Depois de um tempo fui sentindo sua respiração se tornar mais leve próximo a minha pele. A chamei baixinho e tudo que recebi foi seu silêncio, ela havia dormido. Confesso que colocá-la em uma posição confortável foi até fácil, mesmo que ela fosse maior.

Tomei um banho rápido e quando voltei o sol já

nascia lá fora, olhei para a cama e la estava ela...

O fino lençol cinza de seda cobria apenas sua bunda e parte de uma de suas pernas. Suas costas definidas estavam a mostra, seus cabelos castanhos intercalado em mexas claras se espalhava pelo travesseiro e alguns fios até teimavam em cair sobre seu delicado rosto. Eu amava sua melanina, seu corpo esculpido e seu jeito cuidadoso.

Relembrei seu sorriso e imaginei o quanto seria difícil deixá-la para trás se a decisão de me permitir deixá-la entrar não fosse algo fácil de aceitar.

Apaguei as luzes fortes, deixando apenas o fraco led ligado e me deitei ao seu lado. Afastei alguns fios de cabelo que insistiam em cair sobre seu rosto, o analisei com carinho e deixei um beijo em sua testa, descendo até seu maxilar bem marcado que me era uma das coisas mais atraentes. Repousei minha mão sobre sua cintura nua e fechei os olhos em busca de sono.

(...)

Acordamos no horário e tomamos banhos rápidos e separadamente. Vesti uma calça jogger preta e um moletom, da mafiosa, no mesmo tom.

Comemos ainda mesmo no hotel com a companhia de Rafa e Bianca, depois embarcamos para Minnesota lado a lado. Quem nos visse com toda certeza diria que éramos um casal, em todas as ações de Mirella isso ficava visivelmente claro. E eu logicamente gostava disso.

Sentada ao meu lado Mirella mexia em algo no celular, algo bobo que a fazia entreter-se. Eu sorri de lado ao analisar e perceber como ela podia ir, regredir de uma adolescente idiota e cheia de marra, ou alcançar uma mulher foda, cheia de si e completamente autoritária.

La MáfiaWhere stories live. Discover now