CAPÍTULO 31

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Acordamos aquela manhã, mais cedo que os dias normais. O Presidente Lula havia designado Simone para vários trabalhos, antes de sairmos de viagem, e eu teria que adiantar meu trabalho no congresso, antes de pedir ausência. Segundo o presidente não seria bom para nós estarmos aqui, quando toda aquela papelada fosse jogada no ventilador, e sabíamos que isso iria causar problemas para nós duas. Mas estando longe, o impacto seria menor, a nossa segurança devia ser prioridade nesse momento. A Nossa tão sonhada viagem não havia sido programada, era como se tivéssemos fugindo, não sabíamos pra onde Iríamos apenas vamos sair do país por um tempo.

— Amor hoje só iremos nos vê no aeroporto, já conferiu sua mala?—  Perguntou Simone, arrumando o cabelo frente o espelho.

— Já sim, hoje vou encontrar Bernardo, estou bem ansiosa.

— Vai dar tudo certo. — Simone veio até mim, e me deu um beijinho na testa. — Essa sensação de estar fugindo é horrível.

—Não pense assim, pense que é nossas férias. Ou nossa pré núpcias. Vamos estar só nós duas, em um quarto de hotel. Vamos passear, conhecer alguns restaurantes.

— Fazer amor.— Digo agarrando seus lábios chupando lentamente.

—  Isso é o tópico mais importante da minha lista.

— Muito sexo. — Sussurro segurando no colarinho de sua camisa vermelha.

— é tão gostoso vindo de você. — Simone aperta minha cintura, colando nossos corpos, e me encostando na parede fria daquele quarto.

— Vamos transar frente uma lareira talvez, você de meia e toquinha de senhora.

— Isso não é nada atrativo.

— Pra mim sim, adoro a sensação de fuder uma mulher mais velha. Com caráter duvidoso e um gosto peculiar para sapatos.

— É uma crítica Senadora? Meus sapatos são muito charmosos.

— Se você os vê assim.— Beijo seu pescoço, o cheirinho suave de lavanda em sua pele é tão bom. — Já estou com saudades.

Deslizo minha perna pela lateral da sua coxa, a mão de Simone logo a segura, apertando ainda mais meu corpo contra o seu.

—  Eu queria arrancar esse vestido. — O Olhar dela, queimava a espinha e fazia eu me sentir a mulher mais sexy e desejada do mundo. Aqueles olhos negros de jabuticaba, te hipnotiza e te faz fazer coisas mais absurdas. Simone facilmente conseguiria me convencer a cometer um crime apenas por me olhar daquela maneira.

— Você quer sentir como estou? — Abaixo minha perna e seguro sua mão para deslizar dentro da minha calcinha. — Eu vou ficar o dia todo pensando em você.

O toque suave de seus dedos sentindo como estou estupidamente molhada, e excitada apenas por estar assim com ela, aquele olhar satisfatório de quem gosta de me ver sedenta de desejo, aquele maldito olhar que te faz ser submissa a suas vontades.

— Vocês já...— A Voz de Dona Fairte dentro do quarto foi como soco na boca estômago. Meu corpo se retraiu, meu rosto parecia arder. O Clima quente quase congelou quando meu olhar encontrou dela.

—  Mãe. — Tebet falou, ficando de costas pra mim, juntando as mãos atrás de seu corpo.

O Olhar confuso de Dona Fairte encarando-a, o constrangimento de Simone e minha vontade que um buraco surgisse diante meus pés.

— Parece que viu fantasma. — Diz a mãe de Simone. Ela colocou o cesto de roupas sobre a cama. Sai detrás do corpo de Simone alinhando o vestido. — Eu trouxe as camisas que você havia pedido, e o vestido da Soraya.

PertencerWhere stories live. Discover now