CAPÍTULO 39

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Pisar no Brasil em meio ao caos, foi um tanto assustador eu senti um frio na espinha quando as portas daquela aeronave se abriram. Olhar o sol de fim tarde, a temperatura e o cheiro daquela cidade me trouxe uma certa insegurança, e foi tão notório que Soraya teve que segurar minha mão para me impulsionar a descer. Não que eu quisesse voltar, na verdade eu tinha medo, medo de enfrentar as pessoas, de enfrentar Eduardo.

— Vai dar tudo certo. — Seus olhos brilhantes, seu sorriso me passou uma segurança momentânea. Talvez tudo realmente dê certo e possamos viver nossa vida.

— Bom dia, bom dia. — Cumprimentei o chefe de segurança que nos aguardava.

— Bom dia Ministra. O presidente Lula pediu pra senhora encontrá-lo. — Observei e havia vários carros, e seguranças á nossa volta. Logo mais a frente notei que haviam muitos repórteres, os flashes eram constantes. A Movimentação de tantas pessoas foi um tanto surpreendente, ate porque poucas pessoas sabiam da nossa volta.

— Vamos Soraya. — A Chamei mas percebi o olhar do segurança para ela. — O Que aconteceu?

— Senhora, sob recomendação do presidente a Senhora Soraya irá em outro carro.

— Ela fica comigo. — Isisti. Mas tinha algo errado.

— Não senhora, e eu preciso que colabore comigo. A Senadora Soraya vai para um lugar seguro, e logo mais a senhora pode encontrá-la.

— Mas que inferno, o que está acontecendo? — Disse Soraya impaciente.

— A Senhora não viu as notícias de hoje? — Soraya pegou o celular e entrou em uma de suas redes sociais, e logo notou que havia chamadas perdida de sua acessoria, muitas mensagens e e-mails constantemente. Abriu sua conta no Twitter e logo notou a enxurrada de mensagens, seu nome associado ao meu, os olhos dela era de quem acabava de ver algo assustador. E na verdade era, inquieta me juntei a ela.

— Simone acho melhor você ver isso.— Soraya me entregou o telefone em um trecho de um vídeo onde Eduardo falava que eu e Soraya éramos amantes. Em tentativa de auto defesa, ele me expôs em rede nacional. Eu senti minhas pernas bambearem, senti meu corpo estremecer, e meu sangue correr quente em minhas veias. Ele falava de forma suja, como se a minha relação com a Soraya fosse o motivo para tudo.

Não consegui ver o vídeo todo, me enojava a forma em que ele falava, a forma que ele quis se defender usando isso como motivo por atentar a minha vida. Me afastei dos dois, parecia me faltar ar.

Era repugnante!

— Amor, você está bem? — Perguntou Soraya com voz branda, tocando meu ombro.

— Como que ele faz isso? — Perguntei, ainda conseguia me surpreender suas maldades.

— Ministra precisamos sair daqui. — Disse o chefe de segurança.

— Você vai ficar bem? — Perguntei a Soraya.

— Vou sim pode ir tranquila, logo mais a gente se encontra meu amor.

— Não se preocupe senhora, ela não vai estar sozinha, o filho dela já está no apartamento esperando por ela, o local é totalmente sigiloso e está sendo vigiado, ela estará em segurança. 

Não me senti nada bem em deixar a Soraya ir em outro carro, mesmo com o chefe de segurança me passando tudo sobre a estadia dela, para mim ela só ficaria segura comigo. Porém eu precisava estar a par de tudo, e teria que estar com o presidente Lula. Tudo ainda estava muito confuso, pelo celular eu tentava acompanhar tudo, mas eram tantas coisas tantas histórias descabidas que me enojava.

— Peço a senhora que não dê nenhuma palavra quando descer do carro, obviamente vai estar cheio de repórteres. Será bem conturbado, mas fique do lado.

PertencerWo Geschichten leben. Entdecke jetzt