CAPÍTULO 30

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Todos estavam à mesa, Maria Eduarda, Maria Fernanda, Simone, Soraya e Dona Fairte. Havia um silêncio ensurdecedor, apenas havia o barulho dos talheres, e das notificações constantes do celular de uma das meninas. Apenas olhares era o meio de conversa.
Dona Fairte encarava Simone e logo direcionava seu olhar para Soraya que estava do outro lado da mesa. As meninas que observava do outro lado tentavam conter o riso.

— O Jantar está delicioso. — Comentou Simone quebrando o gelo.

— Sim, a Maria tem mãos de fada. — Completou Soraya.

— Não foi a Maria. — Soraya desfez o sorriso, e ficou bastante envergonhada.

— Perdão Dona Fairte.

— É uma receita de família.

— A Simone já havia me dito que a senhora era incrível na cozinha. — Soraya olhava de canto para Simone que sorria. Por vê-la tão constrangida.

— E você?

Aquele olhar da Senhora era assustador convenhamos.

— Eu...eu o quê?

— Sabe cozinhar?

— Na-não. Quer dizer mais ou menos.

— Então vocês duas vão viver de fast food?

— Eu sei cozinhar mamãe. — Questionou Tebet de imediato.

— Você acha que fazer um macarrão é saber cozinhar querida?

Simone revirou os olhos.

— Para vovó, a mamãe cozinha super bem. — Disse Maria Eduarda.

— Eu não sei cozinhar, mas garanto aprender rápido. — Comentou Soraya dando a última garfada. — A Senhora poderia me ensinar alguns pratos.

— Talvez você seja melhor aluna que essas três. — Soraya sorrio sentindo mais tranquilidade em suas palavras.

Após o Jantar Dona Fairte foi para cozinha, ela e Maria gostavam de tomar café juntas e conversar sobre tudo. As meninas decidiram encontrar alguns amigos. Soraya subiu para o quarto para tomar banho, enquanto Simone terminava de dar uma entrevista para CNN em seu escritório. O Clima um tanto tenso do jantar havia sido bastante constrangedor para ambas, Dona Fairte não disse ainda se aprovava ou não a relação,  e sua opinião ainda era duvidosa para todos. Até mesmo para Simone que mais cedo levou um bom puxão de orelha de sua mãe.

— Amor. — Simone abriu a porta do quarto. Soraya estava no banho, cantarolando uma música de coldplay - paradise. Ela foi até a porta do banheiro e ficou alguns minutos vendo a loira se ensaboar, o vidro embaçado não deixava ver tão nitidamente o corpo de sua mulher, mas as curvas eram impecáveis. Parecia ter sido desenhada pelos Deuses.

— Que Delícia! — Ela disse um pouco mais alto. Aproximou-se do vidro encostando a testa.

— Faz tempo que está aí?

— Tempo suficiente.

Soraya ligou o chuveiro enxaguando seu corpo, deixando a água escorrer em abundância.

— Você não devia estar aqui. Sua mãe entra aí no quarto, e ferrou.

— Nem fala na minha mãe. — Encostou-se na parede ao lado. Cruzando os braços. — Eu estou preocupada com ela.

Soraya saiu, e se enrolou em uma toalha. Colocando a outra na cabeça.

— E você acha que eu não? Sua mãe fica me olhando, parece que está me julgando. Eu tenho medo dela.

PertencerWhere stories live. Discover now