CAPÍTULO 23

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Ao Chegar no hospital em total desespero, sou recebida por uma enxurrada de repórteres que queriam informações sobre a Simone. A Minha entrada é bastante conturbada, mas enfim consigo entrar tudo parecia um show de horrores. Na recepção logo pergunto sobre ela, sobre seu estado de saúde. Mas sou interrompida pela voz de Eduardo.

- Soraya.

- E aí como ela está? - Pergunto desesperada.

- Está estável. - Me incomoda sua frieza e o jeito como me olha.

- Eu posso vê-la?

- Não. - Diz ríspido. Mas por que ele está me tratando assim?

- Como não? A Simone é minha...a-miga.

- Mas, eu sou marido dela e não permito visitas.

Eu tinha pouco contato com Eduardo, é fato. Porém sempre nos tratamos com respeito, e com educação. Mas eu logo percebi algo em seus olhos que não era comum,e me soou desagradável.

- Com todo respeito Eduardo, a Simone também gostaria ter as pessoas que ela gosta próximo a ela.

- Você acha que a Simone, gosta de você?

- Não entendo porque disso tudo. Eu apenas quero saber como ela está.

- Sabe de uma coisa pode ir pra casa, quando tivermos informações avisamos a imprensa.

Ele desdenha, colocando todos os impecilhos para que eu possa vê-la. E eu não entendo o motivo de toda aquela cisma, para que eu eu não possa vê-la.

- Compreendo sua aflição, mas isso não é motivo para ser grosseiro comigo. Eu vou ficar aqui, e eu vou ver a Simone sim. E não ouse tentar me impedir, não cutuque uma onça.

Sento no sofá próximo a recepção, ele me encara mas não questiona por estar ali. Meu coração está em frangalhos, eu queria bater em cada quarto á procura dela. Queria olhar nos olhos dela, e ouvir dela que estava tudo bem que isso nada mais era que um terrível pesadelo. As Horas se passaram, e nenhuma resposta, ninguém falava como ela estava. O Eduardo estava dormindo em uma poltrona logo a minha frente. Como ele conseguia dormir? Como ele estava tão tranquilo diante disso?

- Senhora. - Disse uma médica, com voz doce e calma. - A Senhora é amiga da família?

- Sim, claro que sim. - Respondo de imediato.

- Olha o estado da Simone está estável, estamos monitorando ela.

- Graças a Deus. - Interrompo.

- Porém, ela vai precisar passar por uma cirurgia delicicada. Pois ela teve uma fratura nas costelas, e ocasionalmente uma lesão no pulmão.

Meu corpo entra em um modo silencioso, e a voz da médica se tona lenta e quase inaudível. Como se ela estivesse distante e falando uma língua na qual não conheço. Vejo á minha frente, todas as cenas que tivemos juntas. Os nosso momentos, nossos sorrisos, aquele sorriso. Os planos que eu fiz para pedir ela em casamento no próximo final de semana.

- Estamos fazendo tudo por ela.

- Obrigada. Quando vou poder vê-la?

- Ainda não posso liberar visitas.

- Eu te imploro, me deixa vê-la. Eu prometo ser bem rápido. - Minhas lágrimas escorrem incessante. - Por favor.

Imploro

- Apenas 5 minutos.

A Médica me leva até o fim do corredor, onde me deixa entrar antes dela. Havia uma equipe médica em volta dela. Cheia de aparelhos, fios, havia sangue em seu rosto, em sua roupa. Ela completamente imóvel, o amor da minha vida estava sendo monitorada por uma droga de aparelho.

PertencerWhere stories live. Discover now