17 | Luca.

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Minha avó está internada

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Minha avó está internada. O maior medo dela se concluiu a noite passada quando os médicos perceberam que ela não estava bem o bastante para receber alta e a levaram para a unidade de internação no andar de cima. Foi assustador, porque embora eu tenha em mente que isto é bom pra ela e que ela saíra disso logo, eu nunca vi minha avó nessa situação, e pra mim isto é absurdamente assustador. Ontem meu pai não me deixou ficar, resumindo, as uma e meia da madrugada eu fui pra casa e dormi sozinha em meu quarto, morrendo de medo de alguém entrar e me sequestrar, mesmo sabendo que a casa é cercada de seguranças em todas as partes, e o meu próprio segurança geralmente fica do lado da janela do meu quarto só para prevenir qualquer situação indesejada. Eu queria ter ido pra casa da Hanna, cheguei a enviar uma mensagem pra ela perguntando se por algum milagre ela estava acordada, mas ela obviamente não estava e não seria eu que acordaria os pais dela só para eles me deixarem entrar.

Meus pais ainda estão no hospital com minha avó, eles não vieram pra casa desde ontem à tarde, então tive que me virar na hora do café da manhã antes de ir buscar Hanna na casa dela e viemos para o colégio. Hanna ainda não está cem por cento, hoje ela comeu bem pouco na hora do almoço, não quis saber de frango e muito menos de arroz, só comeu seis pedacinhos de brócolis, tomou suco de laranja e disse estar satisfeita. Eu não reclamei, até porque a mãe dela disse que hoje ela comeu panquecas no café da manhã, então ela se alimentou bem até certa parte. E agora estou encostada na grade já que estamos na hora do intervalo, analisando-a enquanto conversa com Yas. Yas está me irritando hoje, ela parece cem por cento focada em me tirar do sério desde o momento que me viu chegar. Hoje de manhã ela teve a ideia brilhante de falar para a treinadora que eu não tinha dormido direito e que não deveria participar do jogo para não atrapalhar a performance do restante, eu fiquei tão irritada com ela que quase parti pra agressão, mas só expliquei a situação real para a professora e ela me deixou jogar. Eu quis matá-la quando ela abriu a boca pra falar isso, isto porque eu mandei no grupo do time que minha avó estava internada e que estava indo dormir sozinha as uma da manhã em casa. Parece que ela está disposta a ferrar com a minha vida, e eu não duvido de mais nada.

Yas esta mais entretida que o normal com Hanna, está literalmente oferecendo suas batatas com bacon para ela, que está com um sorrisinho fraco no rosto. Fecho a cara, embora saiba que isto não tem absolutamente nada a ver comigo e que Hanna é perfeitamente capaz de se resolver com Yas sozinha, passo à frente e olho para minha colega de time com cara feia.

— Ela não come carne, Yas.

— Ela comeu frango semana passada.

— Ela não come nada além de frango, e frango só de vez em quando, ela não come sempre. E antes que insista, ela acabou de almoçar, não vai querer comer mais.

Hanna me olha de rabo de olho, mas não diz nada, só respira fundo. Sei que ela detesta quando tomo a frente nesses momentos, mas Yas está muito atirada pra cima de Hanna ultimamente, não gosto nem um pouco do que vem acontecendo e sei que Yas é capaz de dar em cima dela de verdade, mas não vou deixar isto acontecer de jeito nenhum. Detesto quando as pessoas falam com Hanna com segundas intenções, mesmo que isto seja normal já que ela é solteira e muito bonita, mas... ah, isto me incomoda de uma forma que eu não sei bem como explicar.

Remember That Night?Where stories live. Discover now