9 | Não... Nunca.

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Lisa está mais vermelha que um pimentão enquanto desliza de um lado para o outro graciosamente, como um anjo esculpido por milhares de estrelas muitíssimo brilhantes, as mais brilhantes do céu

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Lisa está mais vermelha que um pimentão enquanto desliza de um lado para o outro graciosamente, como um anjo esculpido por milhares de estrelas muitíssimo brilhantes, as mais brilhantes do céu. Ela está linda jogando, mais linda do que nunca. Eu estou no meio do pessoal assistindo o jogo, tentando não tirar os olhos dela, mas o barulho está me deixando irritada, principalmente das duas meninas ao meu lado falando sobre Lisa.

Ela é muito gostosa.

— Ela é do time de Seattle, eu acho.

Idiota. Mantenho meu silêncio e continuo olhando para Lisa enquanto ela graciosamente desliza pelo gelo com sua expressão séria. É o único momento que Lisa fica séria, acho interessante sua mudança de humor quando está em campo, é legal, mas detesto quando garotas como essas ficam reparando tanto quanto eu. Sinto vontade de olhar pra elas com cara feia, mas sei que não adiantaria de nada, eu só arrumaria confusão.

— As meninas de Seattle são gostosas, mas essa em especial é mais do que o comum — ela imita um grunhido e faz um sinal com a mão que eu não consigo identificar, apenas finjo indiferença e me levanto, sentindo o ódio tomar conta de todo meu ser lentamente — eu beijaria aquela boquinha vermelha sem pensar duas vezes... será que ela vai sair daqui e ir pra algum outro lugar hoje? Ontem ela estava no bar.

Levanto-me e, sabendo que já está próximo do fim do jogo e que o time de Seattle está ganhando, saio da quadra e volto para o hotel. A quadra de gelo fica apenas a dois quarteirões do hotel, ainda bem, eu não ia conseguir ficar lá por muito mais tempo. Meu estômago está pedindo arrego de tanta fome, só tomei café da manhã e um sorvete hoje, não comi na hora do almoço, fiquei enrolando tanto e acabei desistindo por já estar em cima da hora de vir pro jogo das meninas.

Ao chegar no quarto, me jogo na cama e fico parada olhando a parede, me sentindo confortável assim. Gosto de ficar de barriga pra baixo de vez em quando.

Uma hora depois, Lisa está no meu quarto contando sobre a entrevista que acabara de dar para um jornal esportivo. Fiquei feliz quando ela chegou toda agitada falando isso, mas quase não conseguia entender sua fala perante tanta animação. Minha cabeça deu um nó quando ela começou a andar de um lado para o outro explicando tanto sobre o jogo, tanto sobre a tal entrevista e comecei a ficar tão desconfortável com as incertezas que comecei a cutucar os dedos e agora estou com a mão debaixo da água fria para me livrar do sangue. Lisa não viu, estou fingindo que nada aconteceu, não quero que ela brigue comigo assim como Maria costuma fazer. Lisa é sempre compreensiva comigo, mas prefiro evitar que ela veja esse tipo de coisa ou ela entra em parafuso.

— Por que está com a torneira aberta a tanto tempo? — quando finalmente termina de falar sobre seja lá o que, ela percebe minha enrolação aqui. Fecho a torneira e seco o dedo na toalhinha de rosto, deixando a mão dentro do bolso da calça — o que foi?

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