5 | Drive-In.

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Quase todos os olhos da sala estão direcionados a Lisa agora que ela está repetindo uma série de exercícios complicados, pulando, se abaixando, correndo no lugar

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Quase todos os olhos da sala estão direcionados a Lisa agora que ela está repetindo uma série de exercícios complicados, pulando, se abaixando, correndo no lugar. Eu estou sentadinha na frente dela como um pet normalmente faria, e é assim que me sinto. Nem pra "namorado" eu serviria, até porque pelo que estou vendo os namorados das meninas são tão musculosos quanto as mesmas, então estão as ajudando nos exercícios. Eu sou única sentada com cara de tacho enquanto Lisa se esforça horrores para se aquecer pro jogo. Um sorrisinho risonho me escapa quando ela erra o movimento da perna e bate sem querer a mão no próprio rosto, rindo de sua própria tragédia. A risada dela se espalha na sala, mas logo as pessoas voltam a se atentarem a suas próprias tarefas e deixam de olhar pra ela. Todos parecem a querer, até mesmo as meninas. O que não é de se estanhar, Lisa é mesmo linda. A garota mais bonita de Seattle, pelo menos pra mim.

— Vem cá, você vai ver que é legal — Lisa me puxa novamente até a barra de ferro onde estava se pendurando e faço careta pra ela, mas isto não a impede de me puxar para perto pela cintura e sorrir de maneira espevitada, como quem está prestes a aprontar, e eu sei que ela está planejando algo — eu vou te erguer, aí você segura a barra, tá bom?

— O que? Não, eu vou cair desse lugar e...

— Não vou te deixar cair, Hanna. — ela faz um movimento com a mão e de repente sinto meu corpo erguer, então meus pés já estão fora do chão e me vejo na posição obrigatória de agarrar a tal barra para não cair do colo dela. Lisa sorri quando me vê segurando e sinto muitos olhares na minha direção neste momento, então continuo olhando apenas para ela, tentando ignora-los — Tenta se erguer, eu vou te dar apoio aqui de baixo.

— Eu não consigo nem segurar meu irmão direito, Lisa, que dirá meu próprio peso.

— Anda, estrelinha. Não seja medrosa — ela está agarrada as minhas pernas, me mantendo erguida. Sabendo que ela não irá desistir tão fácil, me esforço um pouco para erguer meu corpo e uma risada me escapa quando consigo um avanço breve, mesmo sabendo que é Lisa me empurrando em baixo. Continuo com os olhos fixos nela, me divertindo com isto — isso, continue.

Vou até onde consigo, e quando me apoio bem acima, sinto Lisa se afastar e o desespero toma conta de mim.

— Lisa — eu praticamente grito quando meus braços perdem a força e, quando penso que vou me esborrachar no chão feito um saco de batata, Lisa agarra meu quadril e firma os joelhos para me segurar. É inevitável quando minhas pernas a enlaçam e se prendem em volta dela como um cadeado — Lisa...

— Eu estou te segurando, hum? Calma — ela está rindo, mas meu coração está quase parado neste momento. Continuo agarrada a ela, o rosto enfiado em seu pescoço em busca de um pouco de segurança — viu só como é divertido?

— Divertido? Eu quase tive um ataque cardíaco — quando me dou conta que ainda estou pendurada nela, afrouxo as pernas e me permito voltar para o chão, sentindo minhas pernas moles feito gelatina. Lisa arruma meu cabelo e continua rindo — para de rir.

Remember That Night?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora