Capitulo 53 - Desfazendo Alianças

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Sebastian Stan

Eu vivia uma montanha russa de emoções, mas nunca estive tão baixo e de cabeça para baixo em meus sentimentos como agora. Talvez o melhor sempre fora eu me casar com a Alejandra, apesar de tudo, nenhuma briga chegou perto de doer dessa forma. Isso porque eu nunca estive perto de ama-la como descobrir ser capaz de amar Paris Price. Me sinto enlouquecendo, guardei todo sentimento que nunca fui capaz de entregar a alguém, e o dei completamente aquela mulher, que entrou na minha vida de maneira tão torta...

Ainda me lembrava do brilho em seus olhos, no dia que nos conhecemos. Eu soube que a amaria desde o primeiro dia, só era difícil aceitar, porque esse sentimento me enfraquecia. Eu devia ter confiado na minha intuição, não tinha como, algo que começou tão errado, dar certo. Mas era tão mais forte que eu... pensar em perde-la me enlouquecia. Estava cansado de dividi-la, cansado de temer que ela o escolhesse, porque Chace era infinitamente melhor que eu, em absolutamente tudo.

E agora, provavelmente, eu realmente a havia perdido. E se ela pensasse que falei sério ao dizer que não deveríamos ficar juntos?

Eu sou tao estupido!

Ela estava me escolhendo, estava implorando por mim, me pedindo uma relação sólida, e eu estraguei tudo por causa da porra de um colar. - Óbvio que o idiota do Chace ia demarcar território, ele pode ser bem irritante quando quer. - E por causa desse maldito objeto, eu a joguei nos braços dele. Bastava ter dito que largaria a Alejandra e depois pedido que não usasse o colar. Mas não... eu precisava ser imbecil e surtar de ciúmes, como se ela não quisesse ficar comigo, quando era exatamente o que ela estava tentando fazer desde o início.

(...)

Abro a porta do meu quarto e, para minha surpresa, Alejandra já estava na cama. Observo-a de longe, pensando quando, exatamente, eu me tornei indiferente aquela mulher. Sua presença não me dizia absolutamente nada, como beber água sem sede, pode até enjoar o estômago.

Me aproximo na ponta dos pés para não acorda-la e puxo um travesseiro debaixo do cobertor, que eu levaria para sala, onde eu planejava dormir.

Paris estava certa, eu precisava acabar com essa mentira. No fundo, acho que tenho medo. Admitir que traí Alejandra é quase um atestado de mal caratismo. Para ela, não importa se meus sentimentos são honestos, mas que o simples fato de eu me permitir amar outra pessoa, praticamente na véspera do nosso casamento, era a maior canalhice que alguém poderia ter feito na vida. O pior disso tudo, é que mesmo assustado, envergonhado... eu não conseguia me arrepender. Sabia que teria repetido todo processo, quantas vezes fosse preciso. Nem mesmo sou capaz de desejar nunca ter me noivado, porque fora exatamente esse casamento que me levara até a Paris.

- Sebastian? - Ela se assusta ao me ver, acendendo o abajur ao seu lado. - Onde você estava? - Esfrega os olhos, sonolenta.

- Fui dar uma volta, te deixei uma mensagem...

- Eu sei, eu vi, mas... - Puxa o lençol para perto do corpo, enquanto se senta. - Onde vai com esse travesseiro?

- Me deitar na sala. - Confesso, desviando os olhos para fugir dos seus.

- Por que? E-eu... ham... aconteceu alguma coisa? Foi por que eu sai com o Jon pra procurar hotel para as meninas? - Estala sua língua - Quando vai desencanar do Jon, Sebast...

- Nao! - Interrompo-a, antes que desse inicio aos seus sermões - Não tem nada a ver com o Jon, Ale... - Inspiro profundamente o ar, como se me alimentasse de coragem. Fecho meus olhos, me sentando na beirada da cama, e automaticamente os olhos castanhos me invadem a mente. Mesmo se eu nunca mais pudesse estar com ela, depois de hoje, eu estava decidido a acabar com toda farsa que era esse casamento. Se não fosse a Paris, então não seria mais ninguém. - A gente precisa conversar.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Where stories live. Discover now