Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]

Capitulo 52 - Escapulario

- Como você ta, aqui? - Ele pergunta, passando seus olhos pelo lugar. - Tem um quarto pra você?

Sorrio, achando graça dos seus ciúmes disfarçados.

- Claro que sim.

- E o Leo? Não ta tentando se aproveitar da situação, está?

- Não... - Puxo-o para cima, pelos ombros, indicando que se sentasse ao meu lado. - O Leo ta sendo gentil.

- Sabe que eu não gosto dele. - Passa seus braços ao redor do meu corpo, me puxando para recostar em seu peito.

- E pra onde quer que eu vá? - Tento olhar sobre os ombros, para encontrar os seus olhos.

- Eu posso te pagar um hotel. - Um riso fraco me escapa, obvio que me pagaria um hotel, já que jamais poderia me levar para sua casa, ou ser visto comigo em qualquer lugar que fosse. No fim, Leonardo estava certo, ele não planejava largar a Alejandra por mim. - Se eu pudesse, eu te levaria para o meu apartamento, sabe que é tudo o que eu mais quero. - Responde como se acabasse de ler meus pensamentos.

- E o que te impede? - Digo, por um impulso, mas imediatamente me arrependo.

Aperto meus olhos, temendo sua resposta.

- Como o que? - Ouço-o rir - Conversamos sobre isso, Paris, e você disse que não estava pronta.

- As coisas mudaram. - Viro-me de frente para o seu rosto, apoiando o peso do corpo com as mãos sobre suas coxas. - Aconteceram uma serie de coisas em menos de 24 horas, Sebastian. E de todas essas coisas, você é a minha única certeza. Eu não tenho dúvida alguma de que quero estar com você.

Me observa em silêncio, dividindo seus olhos entre os meus. Um frio sobe por minha espinha e eu temo ter dito algo errado. Mais uma vez eu me arrependo. Seu rosto inexpressivo não parecia de alguém feliz com a notícia, pelo contrário, parecia sem saber o que fazer com a informação, como se jamais tivesse se imaginado nesse momento, nessa situação. No fundo, ele sempre esteve certo de que eu recuaria. Dizer que não ficava comigo por mim, pelo meu nome, pela minha agencia, sempre foi uma forma de me rejeitar e me responsabilizar por isso.

- Esquece... - Digo, por fim, me afastando do seu corpo.

- Não, Paris! - Segura meus braços, antes que eu ganhe distância. - Vem cá. - Suspira - É que você me pegou de surpresa... Eu confesso que não esperava por isso agora.

- Deu pra perceber. - Ironizo, fugindo de olha- lo. - Não consegue disfarçar sua insatisfação.

- Não faz isso, meu amor, você sabe que eu não to insatisfeito. Eu esperei por isso, eu sonhei com esse momento...

- Então qual é o problema?

- Nenhum! - Sorrir, finalmente - Só é uma grande mudança, e mudanças sempre assustam. Por melhor que elas sejam, por mais desejadas, esperadas... é normal sentir medo. Minha vida mudou completamente o rumo, Paris. Mas estou totalmente certo da minha decisão.

Puxa meu rosto para perto do seu, entrelaçando seus lábios nos meus. Não ofereço resistência, ter ele junto a mim sempre parecia a melhor parte da vida. Mesmo estando tudo errado, eu sentia que a gente estava certo.

- Por favor, não me faz desacreditar que o amor é real... - Sussurro entre os beijos.

- Desacredita nisso? - Leva minhas mãos até seu peito, para que eu sentisse o palpitar acelerado do seu coração. Nego com a cabeça, sem esconder o sorriso bobo que surge em meus lábios, e como resposta, seus dedos tocam em meu queixo, me puxando ainda para mais perto. - Meu coração só bate assim por você. - Sussurra, passando seus lábios pelos meus e fazendo meus olhos se fecharem completamente.