Capitulo 51 - Apartamento do Leonardo

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Levando apenas uma mala com as roupas e os cosméticos que me deixaram carregar, eu saio pelos fundos, acompanhada de Chace e Leonardo. Enquanto isso, Sebastian foi arrastado por Alejandra que, extremamente nervosa, exigia ir embora imediatamente daquele lugar. Eu até podia entende-la, seu casamento tinha se tornado um filme de terror e, agora, nem mesmo cerimonialista ela tinha. Além disso, no minuto seguinte, seus nomes estaríam vinculado aquela confusão toda.

- Tem certeza que não quer ir comigo? - Chace pergunta, preocupado. - Pode ficar no meu hotel, sabe disso.

- Ta tudo bem. - Forço um sorriso. - Quero ficar em família agora, vou me sentir melhor com o Leo.

- Qualquer coisa me liga, ta? - Deixa um beijo no topo da minha cabeça.

- Chace..? - Suspiro, sentindo meu coração doer, quando percebo como ele era capaz de oferecer abrigo a pessoa que mais o machucou em toda vida. Talvez eu merecesse tudo o que estava me acontecendo. A unica coisa que eu não merecia, era o seu amor. Chace merecia mais, merecia alguem capaz de ama-lo intensamente.

- Ta tudo bem... - Força um sorriso, como se tivesse lido meus pensamentos - Esqueça. Eu já esqueci. - Retribuo o sorriso.

- Vamos, Paris?! - Leo abre a porta do carona, interrompendo minha conversa. - Antes que nos achem aqui atrás...

Assinto, sem olha-lo, e passo os braços ao redor do pescoço de Chace, o prendendo em um abraço de despedida. Hoje foi o dia de dar adeus às pessoas que amamos e estragamos com nossas mentiras. Talvez eu fosse mais parecida com o meu pai do que gostaria de ser.

- A gente se vê! - Ele responde, me afastando delicadamente e deixando um beijo em minha testa. Antes que eu pudesse me afastar completamente, tira seu escapulário do pescoço e passa pela minha cabeça. - Vai ficar tudo bem.

Agradeço com um sorriso e passo o objeto por dentro da gola da camisa que uso.

•◦இ•◦

Durante toda viagem, Leonardo e eu fomos no mais absoluto silêncio. Em tempos normais, a gente sempre teria algum assunto, uma provocação ou uma piadinha para fazer, mas naquele dia, nada fazia muito sentido, nem mesmo a nossa existência. Eu sabia que ele também estava sofrendo, embora não esboçasse reação alguma. Meu pai e ele eram grandes amigos e eu podia sentir que, de alguma forma, ele se culpava por nunca ter percebido como as coisas estavam se enrolando. Todo mundo queria ter feito alguma coisa, mas ninguém fez.

Assim que chegamos no apartamento, com ele carregando minhas malas, eu me encolho, abraçando o roupão do meu pai em minhas mãos, como um urso de pelúcia. Eu tinha certeza que o porteiro pensaria que eu era mais um romance breve do DiCaprio.

(...)

Sua casa era como qualquer casa de um milionário solteiro, a decoração era moderna e cheia de objetos colecionáveis de esportes, como uma estante inteira com bolas de basquete e baseball, autografadas. O sofá era grande, a TV ainda maior, ele parecia ter, também, uma coleção de video game.

Sorrio, pensando em como aquele ali devia ser o seu santuário, eu poderia chutar um número alto de mulheres que ele já devia ter levado para dormir ali, e ainda assim erraria.

- Vem, vou levar suas coisas pro quarto de hóspedes. - Ele diz, arrastando minha mala. - Dei folga pra empregada enquanto eu ficava na casa do seu pai, então... acho que vamos precisar cozinhar sozinhos. Ou posso pedir entrega, é uma opção. - Olha sobre os ombros, provavelmente pensando no desastre que ele devia ser na cozinha.

- Não estou com fome, obrigada.

- Não pode ficar sem comer. - Suspira cansado, largando os ombros e finalmente voltando seu corpo completamente para mim. - Eu sei que está preocupada, raio de sol. - Toca minha bochecha em uma leve carícia. - Mas eu prometo que nada vai te faltar.

Paris Price - "Missão St. Antonio" [ Sebastian Stan ]Where stories live. Discover now