FESTA NA MONTANHA

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Thomas:

— Acorde — peço a Isabelle bem ao pé do seu ouvido após dar-lhe um beijo no pescoço. — Feliz aniversário, meu amor.

Ela suspira e demora um pouco até abrir os olhos.

Dá um gemido preguiçoso quando percebe que a luz do sol já entrava pela cortina. Me encara nem um pouco feliz, seus olhos estão avermelhados e absurdamente sonolentos.

Olha para o relógio ao lado da cama que bate as oito horas. Depois, se vira novamente para mim.

— Nós não dormimos nem cinco horas — reclama. — Por que precisamos acordar agora?

— Porque é seu aniversário e eu tenho mil planos para hoje — lembro-a com expectativa. — E, além do mais, quem quis ficar boa parte da madrugada fingindo que eu sou um touro mecânico e tentando ver quem consegue ficar mais tempo em cima um do outro foi você.

Ela ri escandalosamente.

— Não foi assim que aconteceu — protestou. — Parece muito vulgar a maneira que você fala.

— Amor, foi muito vulgar! O vídeo está ali, quer ver?

Percebo seu rosto ficar vermelho à medida que ela se lembra.

— Depois — adia, mas concorda. — Tudo bem, o que você planejou para tão cedo?

Olho para o lado da cama e aponto a mala que estava ao seu pé.

— Quero que você arrume algumas roupas ali. Nós vamos viajar.

— De novo? — Ela franze o cenho quando digo isso. — Mas, nós acabamos de chegar na cidade e precisamos voltar para Nova Iorque em menos de uma semana!

— Eu sei, eu sei, mas, confie em mim.

— Se viajarmos, passarei meu aniversário longe dos meus pais — raciocina.

— Sim, eles já estão sabendo disso. Está tudo bem — esclareço sabendo que ela iria protestar mais. — Porém, eu gostaria que você apenas, de todo o coração, confiasse no que estou planejando para hoje.

Bel estica os braços para cima e se espreguiça.

— Tudo bem. Precisa ser agora?

— Depois do nosso café — digo. — Mas, não se preocupe, não me dignei a cozinhar hoje, pedi tudo o que está à mesa. Não quero que tenha outra infecção alimentar por minha causa. A última vez que vomitou me deixou de cabelos em pé.

Ela ri e se levanta, acompanhando-me calmamente.

Quando chega na sala de estar, percebe todo o meu exagero. Claro, se tivesse menos coisas, poderia levar até a cama, mas tinha comprado muitos dos seus doces e bolos favoritos apenas para vê-la feliz.

— Quanto tempo de viagem? — Isabelle questiona quando encara a mala sem saber o que deveria colocar.

— Apenas dois dias — informo. — Leve biquínis.

Ela assente sem mais perguntas.

Quando abre o guarda-roupas, percebe um embrulho gigantesco pendurado em uma arara. Me encara sem entender, mas o pega curiosa, vendo que havia um bilhete ali.

— Vista-o para hoje? — questiona. — O que é...?

Quando ela o abre, vê um vestido cor de creme muito delicado, feito de renda e tule, com um caimento longo e muito sofisticado.

— Para mim? — pergunta totalmente encantada.

Assinto com um sorriso nos lábios ao perceber que acertei na escolha.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora