CIÚMES? - PARTE I

786 88 60
                                    

"...Você sabe que eu não gosto de Daniel e nem ele de mim. Ele sempre diz aos quatro ventos que sou insuportável e que a minha personalidade é falsa por causa da maneira que eu ajo. Claro que ele me odeia por ser seu melhor amigo, eu nunca levei pelo lado pessoal as suas críticas por saber que era ciúmes. Você gosta dele? Porque é óbvio que ele gosta de você. E tem como não gostar? Você é incrível."

Isabelle pensou por um tempo antes de responder.

"Não, eu não gosto dele. Mas talvez possa aprender a gostar, não é?"

— Mensagens trocadas por Thomas e Isabelle um dia após ele descobrir que ela estava oficialmente ficando com Daniel.

— Mensagens trocadas por Thomas e Isabelle um dia após ele descobrir que ela estava oficialmente ficando com Daniel

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

PRESENTE

— Então — Dra. Janine analisou e me interrompeu por um instante —, namorou Daniel primeiro? Sua história com ele é tão antiga quanto Thomas, aparentemente.

— Não foi namoro — esclareci amassando o copo de plástico naquele sinal claro de ansiedade. — Só umas ficadas. Saímos algumas vezes, demos alguns beijos, mas nada além disso.

A psicóloga me encarava interrogativa. Cruzou as pernas e se ajeitou na poltrona. Naquele dia, ela me parecia mais uma amiga do que profissional, e eu sabia de que a maneira que estava lidando com as sessões até ali, os desabafos e o carinho eram praticamente de uma.

— Você disse que atualmente namora com ele, correto? 

— Sim. Namoramos há mais de dois anos. Nos aproximamos bastante nos últimos cinco anos e ele sempre foi muito claro em seus objetivos.

— Isso é bom. Mas, me faz perceber uma coisa que pode ser um pouco triste para ambas as partes — ponderou e me fitou com ar sério. — Você não fala de Daniel com a mesma emoção e carinho que fala de Thomas. Levando em consideração o tempo que o conhece e o namoro, seria natural se tivesse um pouco mais de sentimentalismo.

Me senti paralisar na posição que estava e fora como se um manto descobrisse o meu corpo e me revelasse ali.

— Eu... — Engasguei antes de conseguir formular uma frase. Ela se perdeu entre meus pensamentos e minha voz logo após isso e me senti envergonhada e um tanto perdida.

— Não precisa ficar com medo de falar nada, lembre-se que todos os seus segredos estão bem guardados comigo — garantiu e eu assenti. — Mas vamos explorar mais isso. Atualmente, você ama Daniel?

— Amo. Muito — assegurei e me senti intimamente bem com isso. — Ele é um homem maravilhoso e o mais lindo que conheço.

— Então, por que acha que ele acaba ficando de fora do protagonismo?

— Acho que é pelo fato de Thomas ter sido mais intenso em minha vida do que Daniel. Mas isso não significa que eu ame um menos do que o outro — confessei e engoli em seco. — Perdão, ame, amei, não sei como essa frase pode fazer sentido do que é real.

𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora