Capítulo 10

1.2K 101 35
                                    


*Castelo de Leeds – 7 de julho*

Harry observou, pela janela do escritório que estava, o grande castelo e seus jardins. Ele, Remo e Héstia Jones (Uma mulher muito simpática que fazia parte da ordem e que Remo havia pedido para acompanhá-los) tinham pegado o Noitebus disfarçados (não queriam que soubessem que Harry tinha deixado a casa dos Dursley e o ministério e o profeta diário o estavam transformando em chacota), mas agora estavam de volta a sua aparência real, muito embora Remo tenha transfigurado as suas roupas em ternos e Héstia transfigurou as suas para roupas formais.

O motivo dessa transfiguração era simples: Sua família era dona do Castelo de Leeds no mundo trouxa também, usando o sobrenome Paget, porém, depois da morte dos pais de Harry e a retirada do órfão das vistas da sociedade, a administração do lugar ficou nas mãos de terceiros, eis o motivo de Héstia os estar acompanhando. Por isso, Harry e Remo haviam passado em Gringotes, para acessar o cofre principal da família Potter (que Harry nem sabia que existia, aparentemente o cofre que ele vinha usando era um cofre separado que seus pais criaram para ele quando nasceu) e pegar os documentos da propriedade, provando que Harry é o herdeiro do lugar.

A ação se mostrou sábia, pois assim que Harry anunciou seu nome (usando, é claro, o sobrenome Paget), os funcionários do castelo entraram em polvorosa e o administrador, um homenzinho gorducho e cabelos grisalhos, foi chamado. Seu nome é George Duncan.

Para a surpresa de Harry, assim que foi comprovada a veracidade dos documentos, o homem ficou encantado com a presença deles no castelo e se ofereceu para mostrar o lugar para eles. O castelo é enorme com vários cômodos e um balneário no subsolo. Tudo é muito bonito e Harry está verdadeiramente impressionado. Depois que o tour acabou, Duncan os guiou para o escritório, para conversarem sobre assuntos legais e das atividades do castelo e a administração.

Como Harry ainda é menor de idade e não entende muito dessas coisas, ele resolveu deixar a conversa para os adultos e se distraiu olhando pela janela e admirando a paisagem. Havia muitos jardins e depois deles, o jovem podia ver um lago e algumas árvores. Harry tinha certeza de que Percy Jackson iria adorar o lago. Ele e o filho de Poseidon tinham ficado amigos rapidamente e Harry descobriu que ele também teve que lidar com gente parecida com os Dursley.

O jovem sacudiu a cabeça. Não pensaria nos tios e primo. Estava longe deles agora e não volataria para aquela casa. Ele pensou em várias maneiras em que poderia se vingar deles. Talvez devesse pedir ajuda aos gêmeos e talvez Leo também pudesse sugerir algo. Ele sorriu, os Dursley não sabem o que os aguarda.

Harry, então, deixa sua mente vagar e, para sua surpresa, sua mente se voltou para Gina. A irmã de seu melhor amigo. Mas muito mais do que isso. Era difícil associar a menina que não conseguia dizer duas palavras em sua frente sem se atrapalhar com a jovem decidida que o apoiara durante a conversa com o espírito de sua mãe.

Mas não era só isso, percebeu Harry, ela é muito bonita, inteligente e com um ótimo senso de humor. Mas mais importante: ela realmente vê Harry como Harry e não como o-menino-que-sobreviveu. Talvez seja isso o que mais o atraia para ela.

Harry corou.

O que ele estava pensando?

Gina era sua amiga. E irmã de seu melhor amigo.

Além disso, pensou ele cansado, não é hora para romances. Não com Voldemort a solta.

Mas se tivesse que ter alguém, então teria que ser alguém forte o suficiente para estar ao seu lado.

Alguém que não fosse Rony ou Hermione, que o rapaz tinha certeza de que um dia se tocariam que se amam e o deixariam de vela.

Alguém em que poderia se apoiar em algo mais do que apenas amizade.

União de Dois MundosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora