Jantar/2

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Jennie pov:

-E então Kai... Quantos filhos quer ter?

Pergunto por perguntar mesmo, já estava ficando de saco cheio desse jantar, e tudo que eu queria fazer era ir embora.

-Hum... Talvez uns seis ou sete filhos.

Arregalo os olhos enquanto cortava o pedaço de bife.

-Nossa, você não acha que é muito? E se a sua mulher não quiser ter tudo isso?

Ele balança os ombros.

-Então eu caso com outra mulher, eu sou o homem, a mulher tem que fazer o que eu quiser, caso não aceite, tem outras que querem.

Ele diz e meu estômago revira só com o pensamento.

Assinto enjoada e então continuamos a comer.

-Sabia que eu estava olhando você há um bom tempo?

Diz casualmente e eu paro minha refeição e lhe dou atenção.

-Sério?

-Uhum, garota, essas suas curvas me encararam no mesmo instante em que coloquei meus olhos em você, quando te vi, eu disse para mim mesmo, que te teria, e olha onde estamos.

Suas palavras eram grotescas, nem um pouco românticas ou educadas, me senti apenas um objeto de prazer para ele, mas relevei, para continuarmos bem por essa noite.

[...]

-Senhores, aqui está a conta.

Kai olha a conta e então põe a comanda em cima da mesa, estico minha mão e pego eu mesma a comanda, observando a quantia.

Levo minha mão até a bolsa e tiro de lá a carteira, mas quando ia entregar para o garçom, Kai se pronuncia.

-Hey, relaxe, eu irei pagar... Afinal, eu que lhe chamei.

Nego com a cabeça.

-Ah, não tem problema, eu posso pagar também.

-Hum... Acho que não Jennie.

Ele coloca algumas notas sobre a pasta porta comanda e então se levanta.

Abro a boca desacreditada, enquanto o garçom faz reverência e se retira.

Esse mauricinho acabou de falar que eu não tenho dinheiro?

[...]

-Me dá um beijo gata.

Tento me desviar de seu aperto, mas ele segura possessivamente minha cintura.

-Qual é Jennie, te levei para sair, paguei pelo jantar, a única coisa que eu tô pedindo é um beijo, porra.

Ele diz um pouco bravo, e com medo, eu acabo cedendo.

Ele coloca uma de suas mãos dentro do meu coro cabeludo e a outra, continua apertando minha cintura, mas não de uma maneira boa.

Acabo lembrando do toque de Sn, ela foi a única que conseguiu me deixar realmente extasiada com seus toques, que são totalmente diferentes do coreano a minha frente.

Seguro devagar em seus ombros e então fecho os olhos, não por conta de ser romântico, mas sim por que não quero ver o rosto dele a minha frente.

Ele se aproxima e nossos lábios finalmente se encontram, percebi o quão dominante ele era, quando sua língua se aprofundou em minha boca de maneira bruta, me deixando incomodada com a sensação, ele chupava minha língua e mordia fortemente meus lábios, enquanto puxava meu cabelo.

Aquilo não era nada bom ou romântico.

Sua mão desceu de minha cintura, para minha bunda, onde ele apertou com vontade, e me pressionou contra si, me fazendo sentir o seu estado.

Ele separou nossas bocas por míseros segundos, apenas para respirar, mas voltou a me atacar enquanto tudo que eu queria era que terminasse logo.

-Que boquinha gostosa em baby... O que mais será que ela consegue fazer?

Ele se separa de mim, mas seu polegar passa pelo meu lábio inferior, de maneira suja, seus olhos exalavam malícia e eu engoli em seco quando ele me pressionou mais contra si.

Depois disso, o manobrista chegou com o carro, e Kai pegou a chave, entramos no mesmo e partimos, acredito eu que para minha casa.

Doce engano...

[...]

Estávamos na estrada a um pouco mais do que quinze minutos, olhando para os prédios e pensando que queria estar em outro lugar agora.

E talvez com outra pessoa...

-Vou te levar para um lugar ótimo.

Ele diz passando suas mãos ásperas pela minha coxa, saio dos meus devaneios e presto atenção na estrada, é quando consigo ver um letreiro enorme e em neon.

-Kai... Isso aqui é um-.

-Motel, isso mesmo.

Ele diz simples e um embrulho se forma em meu estômago, medo era o que eu sentia naquele momento.

Enquanto ele... Ele tinha um sorriso presunçoso sobre a face, ainda passando as mãos sobre minhas pernas, mas com um pouco mais de ousadia, quase ultrapassando o limite do meu vestido.

Ele para na portaria do motel e abaixa o vidro, olhando para a atendente enquanto sorri.

-Oi, eu gostaria de uma suíte.

Assim que ele fala isso, tomo consciência da gravidade disso e saio do meu estado de transe momentâneo.

Seguro rapidamente a alça da porta, e a destravo, pegando minha bolsa e pulando de seu carro, o deixando confuso.

-Aonde você está indo?

Ele pergunta ainda dentro do carro, mas eu só continuo a andar rápido, e com certa dificuldade por conta do salto.

-Hey sua puta, isso não vai sair barato!

Ele grita e já consigo ouvir buzinas dos carros que estavam atrás dele, pedindo para que não atrapalhar a fila.

Consigo ouvir também alguns murmúrios dos homens de dentro desses carros, enquanto ando nervosamente para fora do local, passando a mão desesperada pelo cabelo.

Pego meu celular tremendo e então passo meus dedos pelas teclas, para efetuar uma chamada.

-Alô Chu... Por favor vem me buscar...

Digo em súplica e depois de alguns segundos, desligo o telefone.

[IMAGINE] O abismo entre: Amor e AmizadeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora