Hospital

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Sn pov:

Merda! Merda! Merda!

Jennie tinha desmaiado, e eu estava a ponto de surtar dentro do carro, observei seu braço, estava meio torto, e em uma coloração avermelhada.

Eu passava pelos sinais a milhão, preocupada apenas em levá-la ao hospital a tempo, para que ficasse tudo bem.

Eu iria fazer cada um daqueles que fizeram bullying com Jennie sofrer, mas principalmente... Momo.

Assim que cheguei no estacionamento do hospital, desliguei o carro e desci rapidamente, indo para o outro lado para pegar Jennie, tive um pouco de dificuldade, já que o carro era enorme, mas assim que o fiz, fui correndo com ela até a recepção.

-Ajuda! Por favor.

Disse em súplica, logo uma enfermeira apareceu no meio de toda aquela gente que me olhava com pena, enquanto tinha a coreana nos braços.

-O que aconteceu aqui?

-Ela caiu e bateu o braço em uma caixa de madeira, começou a gemer de dor, trouxe ela rapidamente, mas ela desmaiou na metade do caminho.

Vi o momento em que ela se inclinou sobre o ombro e falou no pequeno walk talk para alguém trazer uma maca até a recepção.

Não demorou nem um minuto, e um enfermeiro apareceu com a maca, os dois me ajudaram a colocá-la encima da mesma, e então viraram sua cabeça de lado e abriram um pouco os botões de sua camisa.

-Precisamos levar ela para uma radiografia, acredito que o braço esteja fraturado.

A mulher disse enquanto começava a adentrar o hospital, levanto Jennie.

Vi o enfermeiro pegar as duas pernas de Jennie, e levanta-las para cima, fazendo uma espécie de ângulo de 90° graus com o corpo dela.

Alguns poucos segundos depois, Jennie começou a despertar, e eu tentei acompanhar, vi o momento em que ela estava desnorteada e começou a resmungar, chamando por alguém.

-JENNIE!

Chamei um pouco mais alto e ela olhou para trás, me encontrando, enquanto os enfermeiros a levavam até o centro cirúrgico.

-Sn!

Tentei acompanhar, mas dois seguranças me barraram, dizendo que era acesso proibido, e então tive um último vislumbre dela, antes das portas se fecharem.

-O que... O que eu tenho que fazer agora?

Estava perdida, sabia que tinha que cuidar da papelada, mas estava tão preocupada que nem sabia por onde começar.

-Vá até a recepção e fale com uma das mulheres de lá, ela irá lhe dizer o que deve ser feito.

Assenti para o homem de quase dois metros de altura, que estava vestido com um terno preto e fones na orelha.

Estava voltando para a entrada do hospital, quando a mesma enfermeira de antes apareceu, e me pediu para acompanhá-la, para iniciar a identificação do paciente.

Já na recepção, a mulher começou a pedir pelos meus documentos e os de Jennie, mas eu não estava com eles.

-Moça, viemos as pressas, não tivemos cabeça para pegar os documentos dela, mas eu estou com um dos meus aqui.

Tirei o RG da carteira e peguei meu celular, mostrando para a mulher minha certidão imigratória e o atestado de residente, para que não reste dúvidas.

-O que a paciente é sua?

Travei naquele momento, e por um segundo, pude ouvir a conversa do lado, havia um garoto, mais ou menos da minha idade, dando seus documentos para a mulher, aparentemente uma mulher estava entrando em trabalho de parto, quando o garoto disse que era apenas o namorado da jovem, a recepcionista não aceitou a declaração, dizendo que tinham que ser no mínimo noivos para que ela pudesse colocá-lo como acompanhante, e pediu para o garoto voltar com alguém responsável da família dela.

-Senhorita? O que a paciente é sua?

Voltei a realidade com a mulher do outro lado do balcão me chamando.

-Ahn... Desculpa, estou muito preocupada com ela, fiquei avoada, eu sou a noiva dela.

Disse com as mãos suando, e a mulher me olhou de forma desconfiada.

Tirei um dos meus cartões de débito da carteira, e deixei com ela, pare que pagasse por todo atendimento.

-Eu vou pedir para que algum dos nossos amigos tragam os documentos dela.

Disse já pegando o celular do bolso, e ela me entregou o crachá de acompanhante a contra gosto.

Coloquei o mesmo sobre o peito e fiz uma ligação para Rose, expliquei tudo o que tinha acontecido e pedi para que ela trouxesse a bolsa de Jennie para o hospital, junto com os documentos da mesma, nos despedimos e então eu enfim pude respirar um pouco melhor.

[...]

No fim, fiquei em pé, na recepção do hospital, andava de um lado para o outro, enquanto via no grande telão ali, o nome de Jennie passar, uma hora ou outra, mostrando que ela ainda estava em cirurgia.

Tenho certeza de que muitos ali já estavam de saco cheio de me ver uma pilha de nervoso, e eu pudia jurar que estava quase fazendo um buraco no chão, de tanto que eu andava.

Observei quando o nome dela apareceu de novo, mas agora estava dizendo que ela havia mudado para um quarto, tratei de pegar logo o número e adentrei o hospital procurando pelo bendito quarto.

Quando achei, o médico estava terminando de arrumar o gesso em seu braço, foi quando ele percebeu minha presença e então se pois de pé.

-Boa noite!

Saudei e fiz reverência, que também me acompanhou.

-Você que é a noiva?

Perguntou checando no prontuário e eu assenti mesmo suando frio.

-Bem... a paciente acabou quebrando o maior osso do antebraço, nós o chamamos de "rádio", conseguimos indentificar essa fratura na radiografia que a paciente fez, o braço da jovem pode ficar dolorido, inchado e sensível ao toque e constantemente dolorido.

Assenti e olhei para Jennie, que estava dormindo.

-Tivemos que fazer uma pequena cirurgia para conseguir colocá-lo no lugar, já que a técnica manual não seria tão eficaz, colocamos um pequeno fio de metal no braço dela, que é um dispositivo interno usado na osteossíntese para manter a posição da fratura no alinhamento apropriado
e fizemos e engessamento antebraquiopalmar, que pega até antes do cotovelo, não deixando restrito a articulação da garota.

Cheguei mais perto dela e segurei sua mão, enquanto ouvia atentamente o que o médico dizia.

-Faremos um encaminhamento para um cirurgião ortopedista para acompanhamento, ele irá monitorar a cicatrização do osso e lhes auxiliar com o que precisar referente a isso, o gesso é usado durante cerca de 4 a 6 semanas e logo ela ficará bem.

Levantei levemente a mão e então ele esperou por minha pergunta.

-Quando ela terá alta senhor?

-Eu não posso libera-lá ainda, pois preciso fazer uma avaliação com a paciente acordada, para saber se ela ainda sente muita dor ou se está se adaptando ao gesso, vocês podem serem liberados daqui 3 horas, ou 20 horas, tudo dependerá de como ela reagir a tudo isso.

Ele suspirou, parecia cansado, e então andou até a saída do quarto.

-Por hora, apenas fique do lado dela, meu trabalho está feito, se me der licença, eu preciso tratar de outros pacientes, boa noite.

-Boa noite, obrigada!

Reverencio o médico, que logo se vai para dentro do hospital, agora só resta nós duas.

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