ANJO CAÍDO (Em Revisão)

O Romeo da Juliet - Capítulo Final

Três dias depois da Guerra Final

Levantei-me de manhã com o mesmo pesadelo de sempre. Mas não deixei o pesadelo estragar - me o dia. Hoje era um dia especial: iria visitar James pela primeira vez desde que saira da terra. O que seria apenas uns dias, tornou - se em oito meses...oito meses sem ver James. Ainda não tinha decidido se ficaria humana ou anjo. Na verdade, isso também não me interessava por agora...apenas queria saber como estava James.
Para a terra foram também comigo Tomás e Chase. Estávamos todos desejosos de descer.
Preparei - me rápido e fui para o portal. Já lá estavam à minha espera Tomás e Chase. Entrámos no portal e descemos.

Mais uma vez, fomos ter ao lago onde caímos da primeira vez. Assim que cheguei fui logo para casa de James.
A porta estava fechada, bati três vezes e James abriu a porta.
- Juliet! - disse ele abraçando - me.
- James...- disse eu.
James cumprimentou os restantes membros, Tomás e Chase, e convidou - nos a entrar. Sentamo-nos no sofá e começámos a falar.
-Então, como correu tudo?- disse James.
- Bem. - respondi- Ganhamos ao demónios. Agora estou aqui para decidir o que faço a seguir...
- Acho que fazes bem e...eu gostava que ficasse humana mas isso é contigo, tens de ser tu a decidir.- disse James.
- Sim, eu sei. - disse eu.

Dois meses depois
O prazo estava a chegar ao fim: eu tinha de decidir o que fazer. Nos oito meses que estive fora muita coisa tinha mudado: James tinha uma namorada, tinha arranjado um bom trabalho como manager e tinha uma boa carreira...tinha a vida bem encaminhada. Não sabia o que fazer...Esta era a última semana que eu tinha para decidir.

Chase convidara-me para comer um gelado. Aceitei e passamos o dia todo fora de casa: comemos um gelado, passeamos pelo jardim e Chase levou - me até ao lago. Chase, como tinha calor, atirou - se para o lago. Eu não quis entrar...
Chase pediu-me que o ajudasse a sair do lago. Pensando que era isso que iria acontecer, dei - lhe a mão para o puxar...Mas quem me puxou foi ele. Chase puxou - me para dentro do lago. Passámos lá um bom bocado a atirar água um ao outro e a brincar. Pareciamos duas crianças do infantário a brincar com a água, mas a verdade era que isso não me importava: Eu sentia - me bem ao pé de Chase.
A certo momento, Chase olhou para mim durante muito tempo e aproximou - se de mim:
- O que se passa?- perguntei eu.
- Eu tenho de te dizer uma coisa.- disse Chase.
- O quê? - disse eu.
- Eu...
Chase colocou uma mão na minha cintura molhada e outra na minha cara. Puxou - me contra o seu corpo molhado e beijou - me.
Não neguei o beijo mas também não me senti à vontade: eu sabia que também sentia algo por Tomás e James...e tinha de saber por quem é que tu sentia mais paixão...

Dois dias depois
James levou - me ao seu local de trabalho. Era um escritório grande onde ele mandava. Senti - me orgulhosa do meu menino. Aproveitei aquela "saída" para saber se sentia alguma coisa por James. O plano era simples: eu beijá - lo-ia e assim iria saber o que sentia por ele. Estaca pronta para colocar o meu plano em acção quando a namorada de James chegou. Cumprimentou - me e depois beijou James: Não senti raiva, nem tristeza...nada. percebo que, uma vez que não senti ciúmes dele, não o amava.

Dois dias depois (penúltimo dia antes da decisão)
Tomás convidara-me a ir ao cinema ver um filme que tinha saído. Aceitei.
O filme foi bom...Um daqueles romances em que, no fim, a rapariga tem que escolher entre os dois rapazes. Depois do filme, Tomás levou - me a jantar.
Já era tarde quando chegámos a casa e por isso já estavam todos na cama. Tomás levou - me a porta do quarto.
- Obrigado. - disse eu.
- De nada. - disse Tomás.
Abri a porta do quarto e estava para entrar quando Tomás me puxa o braço, meigamente, e diz:
- Espera.
- Claro. Diz.- disse eu.
Tomás aproximou - se de mim e beijou - me.
- Boa noite.-disse ele.
- Boa noite. - disse eu.
Deitei-me em cima da cama e comecei a pensar: eu sentia sentimentos por Tomás e Chase e ambas as saídas, embora fossem completamente diferentes, foram perfeitas. Mas o meu coração dizia - me que eu há tinha decidido à muito tempo...que só não tinha coragem de o dizer.

Ao outro dia (dia da decisão)
Quando desci já lá estavam os rapazes. James tinha tirado folga e estavam todos à espera das minhas decisões.
- Bom dia. - disse eu.
- Bom dia. - responderam todos.
Alguém bateu a porta e eu vi Clarity:
- Olá Juliet. - disse ela.- Já tomaste a tua decisão?
- Sim.
Fez - se silêncio. Após algum tempo eu decidi:
- Eu quero voltar a ser anjo, parto hoje.
- O quê? - disse James. - Vais abandonarme?
- Não. Tu tens uma boa vida é não precisas de mim James. Os anjos precisam.- disse eu.
-Compreendo, mas e quando eu me sentir só é tu da não estiveres? E quando precisar de falar contigo?- disse James.
- Quando isso acontecer, olha para o céu. A estrela mais brilhante que lá estiver sou eu. Diz tudo o que tiveres a dizer é eu ouvir - te - ei.- disse eu.
James sorriu. No meio de lágrimas e risos, dei um abraço a James e disse:
- Até um dia.
- Até um dia.- disse ele.
Regressei ao céu. Sabia que ainda me faltava anunciar uma decisão, mas não o que tu fazer pois sabia que um deles ficaria magoado.
Era noite eu estava no meu quarto quando Chase e James batem à porta.
- Juliet, nos queremos saber a tua decisão. - disse Chase.
- Nenhum de nós vai ficar magoado.- disse Tomás.
Apesar daquelas palavras seres de consolo, não eram sinceras.
- Ok. Dar - vos - ei a resposta. Chase: eu passei agradáveis momentos contigo que nunca passei com ninguém... mas também passei os mais terríveis desesperos. Tomas: contigo passou - se o mesmo. E, se tenho que decidir, vou seguir o meu coração. Chase...Lamento muito mas eu escolho o Tomás.
Uma lágrima caiu - me do rosto. Chase limpou com o dedo e disse:
- Tu mereces ser feliz Juliet.
Depois saiu do quarto. Tomás aproximou - se de mim e eu beijei - o ele disse:
- Eu amo-te.
Eu tespondi:
- Também te amo.

1 ano depois
Aquele pesadelo horrível, tinha agora sido transformado num belo sonho: Chase era meu amigo, Tomás amava-me e James era feliz e todas as noites falava à sua estrela. Foi assim que passou o último ano. E agora, cá estava eu a vestir o meu vestido branco, não por ser anjo, mas por ser o meu casamento. Hoje era o dia mais feliz do reino celestial: havia dois casamentos: o meu com o Tomás e o de Chase com Anna, a sua namora há já um ano.
E foi assim que terminou esta guerra entre dois povos, anjos e demónios, que já durava à séculos.
A paz manteve - se sempre. Quanto aos casais...pode dizer-se que viveram felizes para todo o sempre...

FIM