Anjo Negro

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Reparei que junto do dinheiro estava um pequeno bilhete. Abri-o e li-o:

"Querida Juliet, espero que te adaptes bem a essa nova vida. Aqui está a morada do teu arqui-humano: 295 Backstreet. Espero ver - te em breve, Clarity."

Como me haveria de dirigir àquela morada? Ainda tinha o vestido branco e presumi que ia dar nas vistas andar por aí com um vestido branco até aos pés. Passei por uma loja ali perto e comprei uns calções de ganga e uma t-shirt. Depois perguntei a um senhor que vi a porta da loja:

-Desculpe, poderia - me dizer onde fica a 295 Backstreet?

- Sim, menina. É aquela rua ali ao fundo. Basta descer a avenida e já lá está.- respondeu o senhor de bigode.

- Obrigado.

Segui para a direção que o senhor me tinha apontado. Quando lá cheguei procurei a vivenda com o número 295. Fiquei ali, especada à porta. Não sabia o que fazer ou o que dizer. Eu não conhecia o meu arqui-humano, apenas sabia o seu nome: James Roosevelt. Era tudo o que sabia. O que lhe diria? Talvez "Olá eu sou o teu anjo e estou aqui para te levar para a luz", ou talvez "Olá, sei que não me conheces mas eu estou aqui para completar a minha missão. P.s: sou um anjo". Como reagiria ele àquela notícia. E como seria ele? Aposto que é um rapaz feio, baixo, gordo e com sardas e óculos... Isso também não importava... Fosse quem fosse desataria a correr na direção oposta assim que me visse.

Estava a pensar na melhor maneira de lhe dizer quem era quando chegou um rapaz alto, bonito e com um sorriso na cara:

-Posso ajudar te? - perguntou.

- Sim. É o James Roosevelt?- disse eu.

- Sim. E a menina?

- Eu...eu...

Não sabia o que dizer. Fiquei ali a tentar inventar uma desculpa quando James disse:

- Já sei. Veio por causa do anúncio da casa?

- Do anúncio da casa?

- Sim. Não lês - te o cartaz que dizia que eu precisava de um colega de casa? Olha que a renda é muito baixa...

Olhei para o cartaz pendurado na janela de casa: "colega de casa procura-se. Por favor, contacte James Roosevelt para o número: 999 564 543". Aquela era a desculpa perfeita. Pus um sorriso na cara e disse:

- Sim. Vinha por causa disso.

-Pois, entra. Vamos ver a casa.

James e eu entramos e fomos ver a casa. A casa era perfeita. Depois de ver a casa, eu e James acertamos o valor da renda e de seguida ele disse:

- E quando é que vens para casa?

- Pois, o mais depressa possível. Sou nova nestas coisas e ainda não tenho casa.

- Ah, mudaste - te de cidade?

-Sim, pode dizer- se que sim.

-Por mim, podes vir já hoje.

-Obrigado.

-De nada. E já arranjaste trabalho?

- Trabalho?

-Sim, trabalho...Para ganhares dinheiro.

-Ah...não, ainda estou à procura.

- Se quiseres eu sei de um sítio onde estão a precisar de empregados. O café onde eu trabalho está a pedir gente e se quiseres posso falar com o meu patrão.

- Não te importas?

- Não, não te preocupes.

- Obrigado.

Dois dias depois

Saí de manhã com James para o meu primeiro dia de trabalho. Até agora, estava tudo a correr bem. Quando cheguei ao café falei com Robert, o patrão. Ele deu-me a farda e comecei logo a trabalhar. Estava tudo a correr bem. Como o turno do James acabou quando o meu, fomos juntos para casa. Fizemos um pequeno desvio porque James queria entregar um caderno a um amigo que conheceu à duas semanas.

Fomos ter com o amigo de James a um parque. Quando vi o amigo de James não pude acreditar. James podia não ver, mas eu via. Aquele amigo não era normal, tinha algo que não deveria ter: asas negras. Aquele era o anjo negro responsável por levar James para as trevas...

ANJO CAÍDO (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora