A Traição

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Duas semanas depois
Acordei cheia de dores. Não sabia bem o que me doía...na verdade, doíam é tudo. Desci as escadas e já lá estava Chase. Chase ficou a viver connosco um tempo. Esta mudança para humano tinha sido difícil para todos e estávamos todos à habituar - nos à ideia.
-Bom dia.- disse eu a Chase.
Chase veio logo ter comigo e beijou - me. Foi um beijo demorado. Eu perguntei:
- Para que foi isto?
- Para que saibas que te amo.- respondeu Chase.
- Eu já sabia isso, mas se calhar ainda não percebi bem...
Chase sorriu e deu-me outro beijo. Entretanto, James chegou, fingiu que tossia e disse:
-Bom dia pombinhos.
- Bom dia.- respondemos eu e Chase.
- Bem, eu tenho de ir trabalhar. Há torradas no microondas e ovos no frigorífico. - disse Chase.
-Adeus amor.- disse eu.
Chase deu-me um beijo e saiu.
- Pelo que vejo, vocês estão melhor do que nunca.- disse James.
- Sim.- respondi eu não evitando o ar de preocupação.
- O que se passa?- disse James.
- Não sei...O Chase tem andado estranho desde a conversa com o Jared.
- Estranho como?
- Não sei...tem estado demasiado preocupado comigo.
- Isso é bom certo?
- Não sei...ontem faltou ao trabalho e não me disse aonde tinha ido. E à dois dias ficou comigo em casa e tivemos uma conversa estranha.
- Estranha como?
-Não sei. Ele, normalmente, nunca fala sobre o Jared. Mas nesse dia esteve sempre a falar dele e a dizer que devia ter cuidado.
- Isso é normal. Tu quase foste morta.
- Mesmo assim...Ele anda estranho.
- Vais ver que não se passa nada.
-Espero bem que não.

No dia seguinte
Acordei de manhã com o som da porta do quarto a fechar - se. Olhei para cima da mesa e vi um bilhete: "Olá. Não te queria acordar. E só para avisar que vou trabalhar até mais tarde e que não venho jantar. Beijos, Chase."
Levantei-me, olhei pela janela e vi Chase. Corri até à porta de entrada, peguei nas chaves do carro de James (que estavam sempre no chaveiro à porta de casa) e segui Chase. Chase não foi para o trabalho, mas sim para o parque. Retirou uma pena branca e colocou a na água. De repente, uma luz muito forte fez - me fechar os olhos. Quando os abri, vi Clarity a falar com Chase. Tentei ouvir a conversa:
- Tens a certeza de que o matara de vez?- disse Chase.
- Sim...nem mesmo o Jared sobrevive a uma flecha destas.- disse Clarity.
- E quanto a maldição? - disse Chase.
- Eu aceitar - vos - ei aos dois no meu reino.- disse Clarity.
Não pude fixar ali calada. Dei uns passos em frente e gritei:
- Não acredito...não com vocês...
- Juliet eu posso explicar...- disse Chase.
- Não interessa...eu não quero ouvir as explicações. Já ouvi que chegue. Pensei que tu fosses diferente Chase. E tu Clarity, devias ter vergonha...tu mais que ninguém devias saber que nunca se tira uma vida inocente. - disse eu.
- Inocente? Ele é tudo menos inocente...Ele tentou matar - te...- disse Clarity.
- E tu tentaste matá - lo a ele. São os dois iguais...Os dois não...os três...- disse eu olhando para Chase.
- Juliet, amor...-disse Chase.
- Amor não... tu mentiste-me... chega... Nenhum dos dois volte a falar comigo.- disse eu.
-Se eu não o matar...se nós não voltarmos ao céu vamos morrer...- disse Chase.
- Eu sei...- respondi, deixando Chase surpreso.
- Tu sabias?- disse ele.
- Sim.- disse eu.
- Então também sabes que vais morrer muito antes te mim...- disse ele.
- Sim. Mas não é por isso que eu vou matar o Jared. E se vocês fossem quem eu pensei que eram...Também não o fariam...- disse eu.
Sai dali e fui para casa. Chase seguiu-me e entrou em casa uns segundos depois de mim. Peguei numa mala e aguentei para lá umas roupas minhas. James viu-me:
- Vais sair de casa?- perguntou James.
- Sim. Mas não tem nada a ver contigo. Telefono - te logo. Até logo - disse eu, dando um beijo na cara de James.
-Juliet, vamos falar. Não vás. - suplicou Chase.
Eu ignorei-o e sai pela porta. Fui embora e passei a noite num hotel. Como teria sido ele capaz de fazer isto?

ANJO CAÍDO (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora