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Legalização do canibalismo era isso o fim do tempo? A cabeça do Enid Sinclair está cheia, ela sabe que não irá ser morta ou qualquer outra coisa do tipo. Mas outras pessoas estão sendo mortas e sendo vendidas como animais, carnes especiais, são assim que os chamam, algo que ela não consegue entender, como as pessoas conseguem comer aquilo? Sendo que eles são da mesma espécie.

Ela é dona de uma empresa famosa de carnes especiais, ela não tem culpa. Além do mais herdou de sua família isso tudo, ela tentou recusar, mas era isso ou então o governo ia pegar já que ela é o única herdeira.

Então ela aceitou as condições de trabalhar ali, mas era tanto estresse que três carteiras de cigarro para ela no expediente de trabalho era brincadeira.

- Chefe? - A porta de seu escritório é aberta e ela escuta sua secretária a chamando.- Você tem reunião a dez minutos.

- Ok Carla, por favor prepare um café bem forte para mim e uma cartela de remédio.- Ela a responde.

coloca o seu cotovelo apoiado na mesa, e começa a massagear sua testa, está  estressada com esse mundo e empresa.

- Tudo bem senhora? Está tomando muito remédio esses últimos dias.- Pergunta um pouco preocupada.

- Não querendo ser rude com você carla, mas isso não é da sua conta. Faça o que eu mandei, os remédios e o café.- Ela diz ficando irritada e fecha o seus olhos.

Carla sabia que Sinclair está de mal humor como sempre, ela só se curvou e saiu do escritório da sua chefe.

Quando a Enid foi abrir os olhos novamente ela estava no corredor da sala de sua casa, olhou para os lados e viu como as paredes estavam maiores e como os quadros estavam altos, ela tinha que dar três passos para trás e levantar muito a cabeça para enxergar algum.

Ela escutou barulhos vindo do escritório de seu pai, então andou lentamente até ele. Abre um pouco a porta e ver ele conversando com dois homens, um negro e um branco. Pareciam de outro país.

- Então, vai querer comprar? Ela é a mais cara no momento.- O homem empurrou uma garota sem braço e perna em direção ao pai da loira - Quem comeu da carne dela falou que é melhor que picanha.

Então Sinclair arregalou os olhos ao ouvir aquilo e deu vários passos pra trás rapidamente e bateu as costas com tudo na parede fazendo o quadro cair em sua cabeça, ela gemeu de dor e passo a mão em sua testa que está sangrando.

- o que está fazendo aqui? - O seu pai corre até ela pegando a no colo.

Ela abre os olhos rapidamente ao escutar o toque do seu celular e se levanta indo para a reunião, ao chegar lá ela ver um homem engravatado, barrigudo e ruivo. Chutaria que ele tem uns 1,56 de altura e tem uma barba quase parecida com um papai Noel.

- Olá, senhorita Sinclair, poderia dar seu precioso tempo para ver as novidades no mercado? - Ele pergunta com um sorriso no rosto

A Enid não o responde e se senta em sua cadeira, pega o seu café e toma um gole grande. Pega a cartela de remédio tirando três de uma vez só e engolindo sem líquido algum.

- Que eu saiba eu tenho especialistas para essa área, o que eu estou fazendo aqui?- Perguntou Sinclair sem interesse algum.

- Senhorita Sinclair eu conversei com todos os seus especialistas, mas nenhum quis tomar uma decisão já que somos de porcentagens.- Ele disse em um fôlego só e engoliu a seco.

Na cabeça de Enid porcentagens pode ser até bom, mas as empresas saíram perdendo quando o seu pai estava comandando com isso. Se ela vendesse 20 mil por semana com a mercadoria nova, alguns porcento iria para o papai Noel ruivo. Então era isso que eles vão descutir hoje, quantas porcentagens ele vai ganhar.

Saborosa Cadáver Onde as histórias ganham vida. Descobre agora