Capítulo 7

245 29 118
                                    

Hugh observava o corpo a sua frente.

— David, pobre David. — Murmurou enquanto colocava as luvas para tocar o corpo. Ele ficara responsável pelo corpo até a hora do enterro.

— Hugh? — ele ouviu a voz de Emma chamar e se virou para a porta.

— Ei, Emma — ele deu um meio sorriso e a mulher entrou na sala, soltando um suspiro pesado.

— Depois do enterro... Charlie quer conversar com a gente — ela deu de ombros. — Você sabe que ele cismou de criar a tal "equipe especial" — ela fez aspas com as mãos — E nós estaremos nela, como já era de se esperar e... Ele quer todos nós lá, ele vai apresentar o resto do pessoal e pediu para eu avisar a todos — ela revirou os olhos. Estava cansada.

— Certo — Hugh suspirou. — Vou terminar de checar o corpo e já libero, ok?

— Ok. Faça isso com calma — ela pediu dando uma risada fraca.

Hugh balançou a cabeça negativamente com um sorriso torto nos lábios.

Soltou um suspiro pesado e começou, tinha muito trabalho para fazer.

(*)

— Não podemos ir no policial de novo — disse a mulher, soltando a fumaça do cigarro. — Eles vão desconfiar e vão nos pegar.

— Nos pegar eles não vão — o mais velho disse dando um meio sorriso. — Nosso rapaz é inteligente. Ele pensou em tudo.

— Pensou, claro que pensou! — a mulher revirou os olhos. — Pensou em tudo o que será bom para ele! Não para nós! — ela se levantou e apagou o cigarro de qualquer jeito na mesa antiga. — Vocês sabem porque ele está fazendo isso tudo e porque está nos ajudando. Ele pensou somente nele. Não vamos em cima do policial de novo. Não podemos!

— Concordo com ela — um dos outros homens se manifestou. — Estamos nessa pelo dinheiro. E, para ele, é fácil se livrar de qualquer tipo de ameaça ou coisa do tipo. E para nós? Se formos no policial de novo vamos ser pegos. Se formos direto para a outra vítima, será mais fácil de correr. Todos ficarão tontos. Principalmente se formos amanhã mesmo. Estão todos perdidos devido a morte do filho do Raymond.

Ficaram cerca de uma hora debatendo e vendo a pequena "lista de vítimas" que tinham. Porém precisavam do velho Robert Castellamare, ele comandava ali na ausência de seu sobrinho.

Mas nenhum dos dois apareciam, provavelmente o sobrinho de Castellamare estava no trabalho e se ele realmente estava trabalhando, não sairia de lá sem nenhuma pista... Mas... Castellamare. Ninguém fazia a menor ideia de onde ele poderia estar.

Talvez investigando mais ou se fazendo de velho inocente e bonzinho... Ah, eram hipóteses demais para eles ficarem se martelando com aquilo.

— Tenta falar com um deles, Lucy — um dos homens disse para a única mulher do grupo.

— Se eu ligar para o pequeno Castellamare agora, do celular que eu estou aqui, ele me mata, Jesse — ela respondeu mordendo o lábio e encarando o teto, como se estivesse pensando.

— Então, certo, fiquem se matando. Eu tenho mais o que fazer — disse o outro homem.

— Você não vai a lugar nenhum! — Lucy disse em um tom mais alto.

— Lucy, pelo amor de Deus, eu não aguento mais ficar trancafiado nisso aqui — ele revirou os olhos. — E, de qualquer forma, eu não tenho que obedecer você, bonitinha — ele deu um sorriso debochado e se virou em direção a porta.

— James! — ela gritou e recebeu apenas o famoso "dedo do meio" em resposta.

Tinham coisas importantes para resolver e esse tal James sempre fugindo das "responsabilidades" dele. Ele tinha que ir embora dali. Estava dando trabalho... Muito trabalho.

Pull Me In - Liskook (Livro 1)Where stories live. Discover now