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Atenção: Este capítulo contém conteúdo +18, siga por sua própria conta e risco.

(aviso q o cap vai ser beeeeem longo, mas por uma razão)

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Depois do jantar demorado, a insônia permitiu que eu rodasse a igreja, analisando detalhes que eu nunca havia percebido antes, como as esculturas pequenas de gárgulas ao redor do vitral circular maior. Eu andava silenciosamente na catedral, atenta a qualquer barulho, já que não era permitido estar acordada depois das nove, mas eu precisava fazer alguma coisa para que pudesse pegar no sono.

Na passarela da igreja, todas aquelas imagens dos santos pareciam me julgar por causa dos meus atos recentes que tive com Terzo, como se eles soubessem disso. Eu não me sentia culpada por isso, eu mesma sabia que eu não era uma verdadeira santa. Nunca fui, nunca quis ser. Parei em frente ao altar e fixei o olhar em Cristo crucificado, que olhava pra baixo tristemente enquanto pedia por piedade. A imagem era consideravelmente grande, o tecido que envolvia sua cintura era branca com pequenos detalhes em dourado, manchado levemente com o sangue que derramava sob seu corpo. Seu cabelo grudava em sua face devido ao sangue e suor, uma tiara de espinhos apertavam ao redor de seu crânio.

Eu não era muito ligada ao catolicismo mas refleti sobre o fato d'Ele ter morrido para me salvar e me colocar onde eu estava no momento. 

-Acordada á essa hora, mia dolce? - Suspirei quando reconheci a voz de Emeritus.

-Estou sem sono. - Respondi baixinho.

Sua mão passeou por minha cintura, seu corpo quente sendo pressionado contra minhas costas, me fazendo arrepiar instantaneamente.

-Não está com medo de que Ângela irá de punir por andar pela igreja á essa hora, mesmo depois daquela briga?

-Na verdade não. Estou pouco me fodendo para o que aquela vagabunda diz.

-Está teimosa hoje, hein? - Ao pé de meu ouvido, senti o homem sorrir. - Que tal aproveitar dessa teimosia na minha cama?

Meu coração errou uma batida ao ouvir aquilo, mas não deixei de dar um sorriso malicioso.

-Então você quer ousadia, Terzo? - Me virei lentamente para ele, me encontrando diretamente com seu belo rosto.

-O que você acha? - Entreabri minha boca quando suas mãos se apertaram ao redor de minha cintura.

-Não sei. Não sou vidente. - Comentei em um tom irônico.

O Papa revirou os olhos com um sorriso no rosto.

-Venha, mia dolce, quero te mostrar algo. - Peguei em sua mão e deixei que ele me guiasse.

Em passos lentos e silenciosos, seguimos até o dormitório dos padres, que estava totalmente escuro, nenhuma luz era vista na nossa frente. Meu ventre estava coberto por borboletas que faziam a festa naquele momento, eu já sabia o que estava me esperando. Não demorando muito para chegarmos no quarto aconchegante de Terzo, ele tranca a porta e retira seu blazer preto, ficando apenas com a blusa social.

-Imagino que você goste de bondage, hm? - O homem pergunta.

-Qualquer coisa que vá além dos meus limites, eu amo.

-Então você ama isso? - Em um quarto camuflado perfeitamente atrás de uma parede, prendi a respiração com o que eu havia visto.

O quarto era acionado com um botão embutido na parede, mas era um tanto quanto... peculiar. O mesmo era um quarto típico para fantasias sadomasoquistas, mas era clichê: com luzes vermelhas, brinquedos espalhados pela parede, Um 'X' de madeira com dois braceletes de couro te deixariam suspensos no ar. Uma cama ridiculamente enorme do mesmo tom, se encontrara devidamente arrumada, com estantes ao seu redor que guardava vários brinquedos sexuais.

Pecado DesejadoWhere stories live. Discover now