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TROCA DE POVS OFF

.Marianna.

Acordei extremamente feliz sobre os acontecimentos de ontem á noite, Papa parecia ter me deixado satisfeita e de barriga cheia. A sensação de suas veias pulsando sobre minha língua era ridiculamente incrível, eu daria absolutamente de tudo para viver aquilo. Como nós dois estávamos batalhando por um jogo besta, dar uma de desentendida era a melhor coisa que já pude fazer, para transparecer inocência. Me levantei e fui diretamente tomar meu café, sem ao menos ter escovado os dentes.

-Marianna, você ainda tem aquela caixinha de costura? - Irmã Carmine, de uns 60 e poucos anos, veio em minha direção com a ajuda de sua bengala.

-Posso dar uma olhadinha depois. Vai precisar pra hoje?

-Meu hábito branco rasgou, acha que consegue costurar pra mim? - Ela perguntou gentilmente, mas sabia que era apenas um disfarce, já que Carmine era mais uma das Irmãs que também me odiava.

-Posso tentar. Peça pra Cecília deixar ele na minha porta que mais tarde começarei a trabalhar nele. - Dei um sorriso sem mostrar os dentes e segui em direção á mesa que se encontrava o banquete do café da manhã.

Peguei um brioche e mais algumas coisas, já minha fome não era tanta devido á noite anterior.

-Algum bicho te mordeu hoje? - Cecília surgiu atrás de mim e me deu um sorriso. - Pela primeira vez te vejo animada em uma manhã, e isso não é comum de acontecer.

-Só estou feliz, nada de mais.

-E posso saber o por quê?

-Fico feliz que Papa esteja gostando da minha companhia.

-Me desculpe, o quê? - Ela parou e abriu seu sorriso, totalmente perplexa. - Você tem algo que eu não estou sabendo.

-Segui seu conselho e criei coragem pra me aproximar dele. - Me aproximei até demais, pensei. Automaticamente meu sorriso se expandiu. - Acredito que deu certo.

Nos sentamos e comecei a dar corda para mais uma mentirinha sobre Terzo, apenas para gerar mais assunto. No fim, Cecília estava com um brilho nos olhos e um sorriso pimpão no rosto.

-Eu sabia que ele iria gostar de você, Mari. Valeu alguma coisa pensar negativo?

-Você sabe como eu sou, parece que nada dá certo comigo aqui dentro. - Indaguei de boca cheia.

Ela ia falar algo mas Ângela veio em nossa mesa e nos interrompeu.

-Me desculpe interromper o almoço de vocês, Irmãs, mas preciso pedir um favor á você, Marianna.

Acenei com a cabeça indicando para que ela continuasse a falar.

-Consegue entregar isso para o Papa?

-Posso tentar.

-Sabe onde é o dormitório dele? - A Irmã-maior me entregou a cesta, que era levemente pesada. Acenei com a cabeça, mesmo não sabendo onde era.

-Já volto. - Indiquei para Cecília e me levantei para fazer a tal tarefa.

Analisando a cesta, estava apenas recheada de guloseimas e doces tipicamente franceses, tendo até mesmo um pote de gelato que derreteria muito facilmente. Estranhamente o dormitório dos padres era mais gelado que o nosso, talvez para preservar os vinhos, já que ficavam na parte subterrânea de seus aposentos.

Cada porta tinha um crachá dourado indicando o nome de cada um, foi difícil encontrar o de Terzo, já que o dele era o último do corredor. Hesitante, bati na porta três vezes. Um 'entre' suave me respondeu, então eu o fiz.

-Ângela me pediu para que eu lhe desse isso...- Abri a boca assim que vi a imagem mais bela de todas.

Terzo estava vestido num pijama preto e vermelho, com sua camisa de abotoar e um short de seda que lhe caía perfeitamente, e o homem abria sutilmente as janelas de seu quarto, o sol da manhã iluminando o ambiente.

-Que surpresa ver você aqui, doçura. - Ele se aproximou de mim lentamente.

-Odeio quando me chama assim.

-Por que? Não gosta quando te faço derreter?

-Você sabe demais sobre mim. - Dei um sorriso malicioso.

-Saber nunca ocupa espaço. - Ele posou suas mãos quentes em minha cintura, me puxando para perto dele. - Ângela preparou isso pra mim?

-Ela não me deu muitos detalhes, então suponho que sim.

-Não se esqueça da porta aberta, podem pegar nós dois aqui. - Me movimentando para trás, Emeritus me pressiona contra a porta e a fecha automaticamente.

Está ficando quente aqui, não? Seria melhor se ele abrisse a janela para entrar uma brisa fresca.

-Essas guloseimas não irão satisfazer minha vontade, mia dolce. - Ele pegou na alça da cesta e a botou gentilmente no chão.

Havia uma grande diferença de quando Papa Emeritus III me chamava de mia dolce e doçura. O primeiro, significava que a coisa realmente estava começando a esquentar, era um Terzo feroz e ousado - e eu gostava muito desse Terzo. Já o doçura, era o Terzo gentil e carinhoso, que se importava comigo; Eu também gostava desse porém eu já havia conseguido um preferido.

-Uma pena, já que ontem á noite você pareceu estar satisfeito até demais. - Levantei a perna levemente e a ponta de meu joelho se encontrou com sua virilha.

-Eu faria de novo, sem sombra de dúvidas. - Ele sorriu e se aproximou de meu rosto.

Papa parecia ter tomado um banho, já que ele estava deliciosamente cheiroso, o perfume de seu sabonete adentrava profundamente em minha alma.

-Eu adoraria. Mas não vou perder o café da manha de novo. - Envolvi meus braços em volta de seu pescoço. Ele não era tão alto assim, tínhamos praticamente quase a mesma altura.

-Uma pena. Eu adoraria vê-la de joelhos.

-Tenho dois sentidos diferentes para essa frase, Terzo. E imagino que eu teria que descartar o primeiro.

-Você é espertinha, hein? - Seu sorriso se expandiu. - Sabe como funciona meu jogo.

-Não sou idiota, meu amor. - Sorri de lado.

Terzo colou nossos lábios e deixou que se levasse pelo momento, pegando em minha nuca e apertando minha cintura mais forte ainda; A pegada daquele homem era excitante e maravilhosa, me fazia desejar por mais e mais. O gosto de sua pasta de dente deixava um hálito refrescante em minha boca.

-Preciso voltar antes que desconfiem. - Paramos por falta de ar, mas ele preferiu continuar com o momento, passando o nariz na linha de meu maxilar.

-Pode vir quantas vezes quiser, doçura. - Um selinho foi dado naquela região, me fazendo ter cócegas.

-Vou vir sim, com certeza. - Lhe dei mais um beijo e saí de seu quarto, dando um pulo assim que Terzo depositou um tapa em minha bunda.

Meu dia estava ficando cada vez melhor.

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Pecado Desejadoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن