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•Karol point of the view•

Ruggero está jogado no tapete do chão, é uma mulher ruiva está cavalgando nele, ela se assusta quando acendo a luz, mas sorri quando vê quem sou eu e a reconheço, é a tal Ana, amiguinha do Estaban.

Ruggero me olha e abre um sorriso, o olhar dele está desfocado e sei que ele está bêbado

Ruggero: - Karol, oi meu amor (ele fala com a voz arrastada)

Eu sinto tanta raiva, mas tanta raiva, que sei que as lágrimas vão correr a qualquer momento. Eu apago a luz de novo e saio do quarto, fecho a porta atrás de mim e seguro para não chorar, não posso chorar, não vou chorar! Nem me lembro que estou apenas de roupão ao descer de elevador, mas quando chego ao saguão do hotel, não quero descer, então subo de elevador novamente, não quero ir até o vigésimo terceiro andar, então desco no vigesimo. Resolvo descer de escadas, vou descendo enquanto as lágrimas rolam e aos poucos me sinto acalmar, qual o meu problema? Porque estou sentindo essa dor no peito se eu smp soube que ele não é nada meu? eu sempre soube que oque tínhamos era só sexo e nada mais.

Ele me disse de manhã, que entenderia se eu nem quisesse mais transar com ele, então porque estou assim? De repente me vem a cabeça que quando estava confusa sobre oque sentia por ele, eu tive que sair um pouco, dar uma volta para esfriar a cabeça, mas se é isso oque o motivou, ele foi longe demais. Não, é mais fácil aceitar que ele quis esfregar aquilo na minha cara, porque não leva-la para um motel? Tinha mesmo que ir para o nosso quarto?

Nosso quarto, oque estou falando? Seco as lágrimas quando chego ao saguão de novo e dessa vez resolvo ir à rua, não me importa de estou de roupão, que se dane. Assim que saio, topo com Gastón

Gastón: - Karol! Está tudo bem?

faço que sim com a cabeça, mas sei que não posso convencer ninguém dessa mentira, ele se aproxima de mim

Gastón: - Porque não vamos dar uma volta? Vem comigo ao bar do hotel, vamos beber alguma coisa?

- acho melhor não! Estou de roupão

Gastón: - oque importa? É o bar do hotel, é como se fosse a cozinha da sua casa, vem, vamos beber um pouco aí você me conta oque aconteceu!

- acho melhor não, desculpe! (respondo e viro pra subir de novo pelas escadas)

Merda, merda, merda! Porque estou tentando me desculpar, quando na verdade eu devia sair mesmo com ele? Isso! Eu devia ir com ele, dar pra ele e esquecer aquele imbecil do Ruggero! Me viro novamente e ele ainda está parado olhando pra mim

- pensando bem, vamos, vamos beber

Ele passa o braço pela minha cintura e me acompanha até o bar, claro que quando entro todos olham pra mim, uns caras até tentam fazer gracinha, mas Gastón é firme ao meu lado e logo deixo de ser o centro das atenções.

Ele fala gentilmente sobre uns negócios que está pretendendo fechar, mas reparo que ele não fala nada da R.M.A., que se dane! Que Ruggero e os sócios dele se danem também! Quando o assunto morre, ele pergunta

Gastón: - pode me dizer agora porque estava chorando?

- não estava chorando, estou meio gripada

Gastón: - sei, é porque está chateada? Porque isso você não pode negar

- nada demais

Gastón: - então porque estava no saguão do hotel de roupão em vez de estar no seu quarto?

- é porque...

O PEGADOR • RUGGAROLWhere stories live. Discover now