O PEGADOR • RUGGAROL

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•Ruggero point of the view•

Karol: - hoje é sábado e não temos compromisso, imagino que esteja de folga hoje

- sim (respondo já não gostando do rumo que as coisas estão tomando)

Karol: - estava pensando em dar uma volta, sei que já deve estar cansado da minha companhia, então quero sair um pouco sozinha, sei que você entende

Eu entendo e fico com raiva! Ela quer sair de perto de mim justo hoje? Justo no dia em que mais quero que ela esteja comigo?! Mas não posso prendê-la a mim, ela não é minha, né?

- claro, pode sair sim, precisa de algum dinheiro?

Karol: - não obrigada, só vou dar uma volta pela cidade

Fico mal humorado depois disso, eu tinha planos para nós dois hoje, ia sair com ela, leva-la aos pontos turísticos da cidade, almoçar com ela ou talvez pegar uma praia, mas agora vou passar justo esse dia sozinho.

Alguem bate na porta e Karol vai atender, Jorge, o gerente do hotel, entra trazendo uma cesta de frutas e uma garrafa de champanhe

Jorge: - me desculpe incomodar senhor Pasquarelli, mas queria te desejar os parabéns (ele estende a cesta meio sem graça)

Eu me aproximo e pego a cesta, ja esperava por alguma coisa do tipo. Cumprimento Jorge e agradeço pelo presente, entao ele se retira, fico mexendo no que tem na cesta, mas Karol continua parada na porta, feito uma estatua, por fim ela fala

Karol: - porque não me disse que hoje é seu aniversário?

- você não perguntou

Ela se aproxima de mim sem graça, eu me viro ficando de frente para ela, para facilitar, então ela passa os braços pela minha cintura e eu a envolvo em meus braços, ela encosta a cabeça no meu ombro e fica assim um tempo, depois fala

Karol: - feliz aniversário, eu não comprei nada pra você, se tivesse me avisado teria feito alguma coisa (ela se afasta cedo demais e fica olhando pra mim)

- tudo bem, não achei nem que me daria parabéns, levando em conta que me queria morto ontem a noite (ela sorri sem graça)

Karol: - esqueça isso por favor, tem alguma coisa que eu possa fazer por você?

Sim, claro, você poderia deitar em cima dessa mesa e abrir às pernas, o resto eu mesmo faço

- não se preocupe Sevilla! Vá dar o seu passeio

Ela parece indecisa, mas anda até a porta, porém, para antes de abri-la e olha pra mim

Karol: - você vai passar o seu aniversário sozinho?

É a minha chance, preciso fazê-la ficar comigo por vontade própria, não posso ser ridículo ao ponto dela perceber que quero a companhia dela

- não se preocupa, já estou acostumado (ela assente e ainda indecisa se vira para sair, merda!) desde que minha mãe morreu sempre fico sozinho

Da certo, ela para denovo, olha pra mim e...