-É que vomitei. Mas não é nada demais, eu só estava nervosa com tudo isso.

-Sei que desmaia quando fica nervosa, mas nunca soube que vomitou por isso!- Diz erguendo uma sobrancelha.

-Ah! Cala a boca. Você não sabe a raiva que fiquei ao ver as mensagens da Sophia no celular dele, muito menos o desespero que fiquei quando soube que o Mat estava preso!

-Certo... Mudando de assunto, deixa eu te mostrar as roupinhas que comprei para nosso bebê!

Fomos para o quarto dela, e seu guarda roupas já estava cheia de roupinhas e coisas de bebê, tudo branco e amarelo.

-Tive que comprar cores neutras, já que não sei ainda o sexo do bebê.

-Se for mulher ela vai ser compulsiva por roupas, você já está colocando-a num péssimo caminho!- Gargalhamos.

-Veja esse macacãozinho de leão!- Diz fazendo bico.

Conversamos sobre nomes de bebês, mas esquecemos do pai, ele também tem direito a opinar. Cochilamos até a hora do almoço. Como dormimos ao invés de cozinhar nosso almoço, resolvemos ir para o shopping almoçar e comprar mais coisas para o bebê.

-Amiga você precisa fazer um exame.- Ela me diz enquanto vomito no banheiro do shooping.

-Exame de que? Estou bem, acho que o cogumelo do strogonoff deveria estar ruim.

-Será?

-Você não comeu então não pode saber.

-Verdade.- Ela desiste.

Voltamos para o apartamento, o porteiro diz que Benjamin já veio aqui duas vezes e não nos encontrou. Não levei o Celular então ele também não poderia me ligar. Tinha chamadas perdidas de um número desconhecido no celular de Care, mas nem notamos quando tocou, estrávamos e saíamos de loja em loja, procurando artigos para o quarto do bebê, já que ela agora pode comprar.

Fizemos um sanduíche, pegamos o pote de sorvete, colocamos nossos pijamas preferidos e nossas pantufas. Comemos enquanto assistíamos a um filme romântico, choramos à beça até que dormimos ali mesmo.

Tomamos café da manhã juntas, nos arrumamos e fomos com o Fernando fazer a ultra da Care. Foi tão lindo que ela chorou, ouvimos as batidas do coraçãozinho do bebê. A médica disse que ainda não dá para ter certeza do sexo, então marcou uma nova data. Minha aposta é que seja um homem masculino. Fernando também quer que seja homem, só a Care que deseja uma menina para enchê-la de adereços e fazê-la perua!

-Que venha com saúde!- Diz Fernando rindo de felicidade por ouvir as batidas do coração do seu bebê. Uma pena eles não terem dado certo.

Faço uma massa para nós duas já que o Fernando não pôde ficar. Care parece um furacão comendo tudo que vê pela frente. Comeu uma maçã, uma banana, uns sequilhos, ela está impaciente.

-Já está pronto, vamos comer.- Digo aliviada.

-Até que enfim!- Suspira.

Meu celular toca, é Benjamin. Suspiro forte e atendo.

-Você está bem? Está se alimentando direito? Passou mal novamente?...

-Estou perfeitamente bem.- O corto.

-Não aguento mais essa distância, volta para casa... volta para mim Emily! Please!- Sussurra e eu sinto meu coração ser apertado em meu tórax, fecho os olhos.

-Não Benjamin. Tomei minha decisão. Você sabe o que tem que fazer.- Falo e desligo. Sei que estou sendo dura com ele, mas não posso aceitar essa situação.

-Nossa! Quem te viu e quem te vê em amiga!- Care desdenha de mim. Dou um sorrisinho fraco, estou morrendo por dentro. Também sinto saudade apesar de estar gostando de ficar um pouco com minha amiga.

-Tenho que trabalhar agora. Fique à vontade.

-Certo! Você se importaria se eu fosse falar com o Mat sem...

-Mim? Claro que não, ele salvou sua vida amiga. Vá. Depois eu vou lá! Diga que mandei mil beijos!- Completa minha frase como sempre e sai pelo corredor até seu quarto que ela faz também de estúdio para desenhar.

Tomo um banho e troco de roupa. Visto uma calça jeans justa, uma camiseta listrada azul e branca e um blazer azul caneta. Calço meus pés com um scarpin preto de salto baixo, faço um coque no cabelo e coloco uma argola grande, borrifo perfume, pego minha bolsa de mão e desço. Vejo um rapaz de pé próximo ao portão, tento passar por ele, mas ele me aborda.

-Senhora Emily, por favor! Fui designado a leva-la onde desejar. Sou seu motorista e segurança. Seu marido me enviou! O meu nome é Carlos.

-Não será necessário!

-Ele disse que falaria assim, e que nesse caso eu a seguisse.

Aff... Que chatice. Pensei comigo.

-Tudo bem, mas acho que ele não vai gostar para onde irei!- Digo e ele assente.

Entro num carro preto, parece importado. Digo o endereço do Mat. 

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